A Suzuki surpreendeu o mundo das duas rodas ao revelar a Burgman Hydrogen no Japan Mobility Show 2025. Esta inovadora scooter utiliza um motor de combustão a hidrogênio, representando um importante passo nos esforços da marca japonesa rumo à neutralidade de carbono, sem abrir mão da experiência tradicional de pilotagem que os motociclistas valorizam.
Como funciona o motor a hidrogênio da Burgman
A principal inovação da Burgman Hydrogen está em seu sistema de propulsão. A fabricante japonesa desenvolveu um motor que queima hidrogênio em vez de combustíveis fósseis, mantendo o característico ronco dos motores de combustão interna, mas com emissões de carbono próximas de zero pelo escapamento.
O modelo exposto no salão japonês apresentava um corte detalhado, permitindo aos visitantes observar a disposição interna do motor a hidrogênio, a célula de combustível e toda a arquitetura do tanque. Esta transparência técnica demonstra a confiança da Suzuki na tecnologia e ajuda a desmistificar o funcionamento do sistema.
Especificações técnicas da nova Suzuki
Embora ainda seja um conceito e não uma motocicleta pronta para produção, a Suzuki divulgou as dimensões de referência da Burgman Hydrogen: 2.300 mm de comprimento, 765 mm de largura e 1.350 mm de altura. Estas medidas colocam a scooter em um patamar similar ao de outros modelos da família Burgman, conhecidos por seu conforto e praticidade.
A fabricante não revelou detalhes sobre potência, autonomia ou capacidade de armazenamento de hidrogênio, informações que devem ser divulgadas em fases posteriores do desenvolvimento. No entanto, a presença do modelo no salão japonês sinaliza o compromisso da Suzuki em avançar com esta tecnologia alternativa.
Desafios para a popularização da tecnologia
Apesar do avanço tecnológico representado pela Burgman Hydrogen, ainda existem obstáculos significativos para a adoção em massa de veículos movidos a hidrogênio. O principal deles é a infraestrutura de reabastecimento, atualmente limitada principalmente ao Japão e algumas regiões da Europa.
Enquanto as scooters elétricas podem ser recarregadas em praticamente qualquer tomada doméstica, os veículos a hidrogênio dependem de estações específicas de abastecimento, que são raras na maioria dos países. Este fator representa um desafio crucial para a Suzuki ao considerar a comercialização global deste modelo no futuro.


