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Terapeuta mostra caminhos para enfrentar este momento conturbado

A atual crise econômica não abala somente as finanças das empresas, mas também os alicerces internos dos indivíduos sejam eles pequenos médios ou grandes investidores.

A sociedade sempre fomentou a crença nas forças e na potência das instituições financeiras como forma de vencer, crescer e ser admirado. Logo, as pessoas direcionam sua energia na busca incessante pelo reconhecimento alcançado através do sucesso financeiro.

— Durante toda a vida os cidadãos do mundo foram levados a acreditar na importância do -ter- e, de uma hora para outra, as pessoas percebem que esses valores podem estar fadados ao fracasso–, explica a Dra. Dorli Kamkhagi, Psicóloga Responsável do Gender Group do Amadurecimento do serviço de Psicoterapia do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

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Segundo a terapeuta, a crise permite maiores reflexões e transformações nas pessoas despertando questões como –quem eu sou, realmente, quais os meus valores, o que eu posso e quero dar ao meu semelhante.– Neste momento em que as crenças começam a ser checadas, parece haver um lugar onde sempre e cada vez mais as pessoas podem se reinventar, onde estão locadas a amorosidade e a criatividade.

Este também é um caminho na busca de soluções que permitam reencontrar a pessoa que havíamos esquecido nos porões do nosso passado. Aquela pessoa espontânea, cheia de afeto e que precisou mudar para ser aceita.

Bem, todos podem ter rosto mudado por computadores, mas e a alma? A essência? Será que é tão fácil mudar? Talvez o símbolo deste novo momento mundial seja o famoso Dorian Gray, o corrompido personagem de Oscar Wilde, destruído por seu narcisismo.

— Esta crise oferece a oportunidade das pessoas olharem para dentro de si mesmas e verem algo que não é apavorante e perceberem a importância de fazerem pactos de amor, de crescimento e sobretudo de transformação. Talvez os novos paradigmas falem mais do ser em detrimento do ter–.

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Integrante do Board of Directores da Internacional Association of Group Psychothetapy and Group Process, a psicanalista Dorli Kamkhagi é professora doutora e atende no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de São Paulo, onde é psicóloga Responsável do Gender Group do Amadurecimento do serviço de Psicoterapia do Instituto de Psiquiatria, e em sua clínica localizada na avenida Angélica, 2530, telefone (11) 3231-3555.