Se não é a maior aventura motorizada do planeta, está bem próximo disso. Durante 14 dias 525 competidores com 59 diferentes nacionalidades, divididos em 341 veículos (carros, motos, caminhões, quadriciclos e UTVs) vão competir a partir de Assunção, no Paraguai, até a chegada em Buenos Aires (Argentina), passando pela Bolívia, percorrendo a distância de 8.818 quilômetros no total, sendo 4.089 de trechos cronometrados (especiais).
Claro, nem todos vão conseguir cumprir esta maratona de aventura. O número de competidores que costuma terminar o Rally Dakar é inferior a 50%, segundo comprovam os números ao final da competição nos últimos anos, Portanto, pelo menos metade deste contingente não subira a rampa da chegada na capital argentina no dia 14 de janeiro.
Entre os 525 competidores há oito brasileiros: a dupla Leandro Torres e Lourival Roldan (UTVs – Polaris), Marcelo Medeiros (Quadriciclos – Yamaha), Sylvio de Barros e Rafael Capoani (Carros – MINI) e três pilotos de moto, todos estreantes: Gregorio Caselani (Honda), Richard Fliter (Honda) e Ricardo Martins (Yamaha).
Segundo Étienne Lavigne, diretor do Dakar, esta é a edição mais difícil da história sul-americana da prova. A diferenças de temperatura – largada na casa dos 40°C e trechos abaixo de zero – e oscilação de altitude (do nível do mar para mais de 5.000 metros) justificam a opinião do responsável pela prova, que será realizada pela 38ª vez, a nona na América do Sul. O Rally é realizado desde 1979 e apenas em 2008 ele largou, mas não terminou por motivos de segurança. A partir de 2009 passou a ser disputado na América do Sul.
Quem pode desbancar a KTM?
A KTM domina o Rally Dakar nas últimas 15 edições (de 2001 a 2016) e o atual campeão, o australiano Toby Price, é sem dúvida o favorito para mais uma conquista. Ele terá como companheiros no time o austríaco Matthias Walkner e o britânico San Sunderland. Mas a Honda quer voltar a vencer a prova e o Monster Energy Honda Team também briga pela vitória nesta edição com a dupla euro-latina composta pelo português Paulo Gonçalves e o espanhol Joan Barreda.
A Yamaha também tem um time forte com o português Hélder Rodrigues e o francês Adrien van Beveren que aparecem com alguma chance de vencer. E por fim, a Husqvarna, com o chileno Pablo Quintanilha, também deve dar trabalho. Nos quadris, Rafael Sonik (Yamaha) é o principal nome e nos UTVs, a dupla formada pelo chinês Mao Ruijin e o francês Sebastien Delaunay (Polaris) se destaca.
Confira programação do Rally Dakar 2017:
01/Jan: Largada Promocional em Assunção (Paraguai)
02/01: 1ª etapa – Assunção (Paraguai) – Resistencia (Argentina)
Total: 454 km
Trecho cronometrado: 39 km
03/01: 2ª etapa – Resistencia – San Miguel de Tucuman (Argentina)
Total: 803 km
Trecho cronometrado: 275 km
04/01: 3ª etapa – San Miguel de Tucumán – San Salvador de Jujuy (Argentina)
Total: 780 km
Trecho cronometrado: 364 km
05/01: 4ª etapa – San Salvador de Jujuy – Tupiza (Bolívia)
Total: 521 km
Trecho cronometrado: 416 km
06/01: 5ª etapa – Tupiza – Oruro (Bolívia)
Total: 692 km
Trecho especial: 447 km
07/01: 6ª etapa – Oruro – La Paz (Bolívia)
Total: 786 km
Trecho cronometrado: 527 km
08/01: Dia de descanso – La Paz (Bolívia)
09/01: 7ª etapa – La Paz – Uyuni (Bolívia)
Total: 622 km
Trecho cronometrado: 322 km
10/01: 8ª etapa – Uyuni – Salta (Argentina)
Total: 892 km
Trecho cronometrado: 492 km
11/01: 9ª etapa – Salta – Chilecito (Argentina)
Total: 977 km
Trecho cronometrado: 406 km
12/01: 10ª etapa – Chilecito – San Juan (Argentina)
Total: 751 km
Trecho cronometrado: 449 km
13/01: 11ª etapa – San Juan – Río Cuarto (Argentina)
Total: 754 km
Trecho cronometrado: 288 km
14/01: 12ª etapa – Río Cuarto – Buenos Aires (Argentina)
Total: 786 km
Trecho cronometrado: 64 km