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Depois de quase ter que abandonar o esporte, biker chega como recordista no Rally Piocerá

O biker cearense, de Fortaleza, Zezinho Ribeiro Filho (Equipe Criciclo) é um dos participantes mais assíduos do maior rally de regularidade da América Latina, o Piocerá/Cerapió. Ele participou de todas as edições da competição, tendo deixado de competir apenas nos anos de 2006 e 2007 por causa de uma acidente que sofreu, no entanto ainda assim ele foi prestigiar o evento, mesmo estando em uma cadeira de rodas.

Porém, nesta edição de 24 anos do Rally Piocerá ele diz vir com tudo para fazer bonito na categoria Over 50, na modalidade Bike. “Pela minha experiência de mais de 34 anos de competições, se um bombear eu chego na frente”, brincou Zezinho. Apesar de nunca ter conquistado um primeiro lugar no Piocerá/Cerapió ele diz se sentir um vencedor. “Em todas as edições que participei subi ao pódio, menos em primeiro lugar, mas hoje me sinto um grande campeão, pois para mim quem participa de um rally como o Piocerá/Cerapió já é um campeão, e se vier um pódio a alegria é ainda maior”, declarou o biker.

Além de competir na equipe Criciclo, Zezinho ainda freta ônibus para fazer o translado de bikers de vários estados brasileiros e até de fora do país. “Já faço isso há vários anos. São pessoas de Brasília; Natal; Minas; Ceará; Fortaleza; São Paulo; Goiás; Pernambuco; Piaui; Pará e até um suíço, que participará pela terceira vez do Piocerá”, conta Zezinho.

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Em recente passagem por Teresina, Zezinho e o também biker César, visitaram a Radical Produções, empresa realizadora do rally. “Tivemos a honra de visitar a Radical e constatar a grande competência de todos que ali trabalham”, afirmou Zezinho, que ainda contou sobre suas expectativas para a competição. “São as melhores possíveis, os roteiros são fascinantes, muita gente nova participando. O Piocerá está se tornando muito competitivo, vários bikers do cenário brasileiro na prova. Enfim, é um rally muito duro, mas emocionante quando a prova larga”, falou o biker.

Quando perguntado sobre quais as maiores dificuldades que acha que vai encontrar pelo o caminho, o atleta responde de forma bem humorada. “Bem, não posso passar essa dica para meus adversários, mas creio que será o segundo dia de prova”. Sobre o que de mais gratificante o rally lhe proporciona ele fala da possibilidade de reencontrar amigos. “Tudo é gratificante, agora o mais gratificante é rever os amigos e fazer novas amizades entre os atletas e nos lugares por onde o rally passa”, considera.

Zezinho, por onde passa, transmite alegria e chama a atenção pelo seu jeito moleque. Para ele, que diz ter nascido novamente, só agradece por ser um atleta sobre duas rodas. Afinal, superação é a palavra que mais define este campeão. Isso porque em 2005, durante o Desafio 24 Horas, uma prova de ciclismo speed, que aconteceu nas proximidades do Beach Park, em Fortaleza, ele, outro atleta e mais três pessoas da organização do evento foram atropeladas por um motorista, supostamente embriagado. Zezinho teve várias fraturas nos pulsos e uma mais grave ainda na perna direita, a qual por pouco não foi amputada. “Eu passei dois anos difíceis me recuperando, usei por muito tempo pino na perna, mas eu queria voltar ao esporte e consegui”, recorda-se.