Sucesso na Europa há pelo menos 20 anos, enfim as scooter conquistaram seu merecido espaço no Brasil. De olho numa fração interessante do mercado duas rodas, várias marcas oferecem opções no segmento e algumas já se tornaram estrondosos sucessos de vendas. Mas nem sempre foi assim.

Relembre alguns modelos que venderam pouco, mesmo ficando um bom tempo no catálogo – ou não. Relembre 5 scooter que saíram de linha ‘à francesa’, sem causar grande comoção no mercado brasileiro.

5 scooter que saíram de linha e você nem viu

1 – Honda SH 150i (2017 – 2021)  

A scooter mais vendida do Brasil é uma Honda, a PCX 160. Entretanto, não é tarefa fácil lançar um produto que caia no gosto do brasileiro. Um exemplo é a Honda SH 150i, modelo com anos de destaque no mercado da Europa, mas que não foi bem no nosso país.

scooter SH 150
SH 150 se despediu sem alarde no Brasil

Melhor equipada que a PCX da época, a SH contava com iluminação em LED, Smart Key e ABS nas duas rodas. Além disso, tinha rodas de 16 polegadas, para minimizar o impacto das irregularidades do solo. Contudo, nada disso parece ter sido o suficiente para emplacar o modelo entre os preferidos no mercado nacional.

2 – Honda Spacy (1994 – 1996)

Falando na Honda, a marca japonesa também foi uma das pioneiras, quando o assunto é scooter. No início dos anos 1990, ela ofereceu a CH 125-R Spacy, sua primeira scooter à venda no Brasil. Uma novidade à frente de seu tempo, que apostava na praticidade, câmbio automático e visual futurista.

Honda Spacy
Spacy tinha motor 4 tempos de 124 cc, acelerava até perto dos 110 km/h e chegava a rodar 30 km com um litro de gasolina

Porém, essa novidade custava praticamente o dobro de uma CG 125. Assim, como o mercado tem o (péssimo) hábito de avaliar um produto apenas pelo tamanho de seu motor, o brasileiro achou que a Spacy não valia a compra…

3 – Yamaha Jog 50 (1993 – 1999)

Falando em pioneirismo, a Yamaha Jog 50 foi o primeira scooter ‘da era moderna’ no Brasil. O modelo existia na Ásia desde 1983, nos Estados Unidos desde 1986 e no final de 1992 chegou ao nosso país.

scooter Jog 50
Pesando cerca de 60 kg, Jog rodava fazia médias de consumo na casa dos 50 km/litro em perímetro urbano

Essa novidade japonesa era leve, ágil, tinha câmbio CVT e motor 2 tempos de 6,3 cavalos. Entretanto, ainda nos anos 1990 o público brasileiro não estava preparado para veículos como a Jog. Resultado: mesmo o modelo ficando 7 anos no mercado, raramente alguém viu ou lembra dele, com exceção dos seus fãs, é claro.

4 – Dafra Cityclass 200 (2015 – 2020)

A scooter Dafra Cityclass 200i era uma novidade com o projeto original da italiana Garelli, mas foi fabricada em Manaus, na unidade da marca nacional. O modelo chegou no país com a dura missão de rivalizar com modelos como a popular Honda PCX.

Cityclass 200i: para todas as vias urbanas
Poucos lembram da moderna Cityclass

Para isso, a Cityclass tinha como destaque o visual moderno, rodas de 16 polegadas e itens como entrada USB. Entretanto, com preço mais alto que rivais como a Honda PCX, Lead e Suzuki Burgman, a scooter Dafra logo se despediu do mercado.

5 – Yamaha Majesty 250 (1998)

Que tal falar de outro modelo à frente do seu tempo? Se hoje a Yamaha domina o segmento das scooter médias com a XMax 250, ela fez sua primeira aposta no nicho há mais de 25 anos! Foi quando a marca, que já vendia a Jog 50, trouxe o Yamaha YP 250 Majesty ao país.

O modelo tinha como destaque o design moderno – para a época, claro -, que incorporava um novo gênero de motos. Um conjunto com grandes proporções e conforto, quase que emulando os novos sedãs importados, que chegaram ao país com a abertura das importações, na década de 90.

Majesty
Majesty é hoje uma raridade dificilmente conhecida no Brasil

Assim, a scooter Majesty era capaz de manobrar com agilidade, mantendo ainda um estilo de pilotagem despojado. O modelo tinha também destaques como o assento ergonomicamente projetado, com um encosto variável. Contudo, nada disso foi suficiente para agradar um mercado que ainda não admirava as scooter e a novidade ficou apenas um ano nas lojas.

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Jornalista especializado em cultura e esporte sobre rodas. [email protected]
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