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Foto: João Tadeu Boccoli

Foto: João Tadeu Boccoli

Desde o Dia do Motociclista do ano passado, o motociclista brasileiro, conscientemente ou não, teve que participar de alterações significativas no segmento.

O PROMOT 3 foi um divisor de águas onde a consciência do ecologicamente correto foi implantada, e a percepção que os produtos enquadrados não teriam mais as mesmas características de desempenho e velocidade final tiveram que ser aceita, porem não deixou de ser questionada.

Logo após, a crise mundial, iniciada em outubro, fez uma reviravolta no mercado culminando que hoje temos o comprador em potencial, temos produto, existe o financiamento, mas não se consegue o crédito; alem evidentemente do altíssimo spread que os bancos têm cobrado pela desculpa de uma possível inadimplência.

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Os dois fatos citados, aliados a eterna vontade de questionar, aprender e ensinar natural de todo motociclista; tem demonstrado que esse comprador em potencial hoje evoluiu muito, deixando-o mais exigente, menos tolerante aos maus tratos das revendas e fabricantes, mas observador na qualidade do produto, e principalmente conhecedor de seus direitos.

Essa característica vem sendo observada sobremaneira nos nossos 3 anos do FÓRUM MOTONLINE, seja pelo efeito das matérias de nossos colunistas e colaboradores, bem como pela participação natural dos mais de 9 mil membros lá registrados.

Foto: João Tadeu Boccoli

Foto: João Tadeu Boccoli

Com orgulho vemos a colaboração que o MOTONLINE tem dado a esse processo edificante de posicionamento do cliente junto ao mercado.

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ABRACICLO e FENABRAVE que fornecem dados de fabricantes e emplacamentos, antes vistos como uma sopa de letras e números, hoje são acompanhados e com as suas informações cruzadas e interpretadas pelos motociclistas de forma a se ter um conhecimento mais aprofundado do mercado.

Hoje acompanhamos novas empresas que surgem, outras que estão gerando parecerias, sociedades e fusões, numa corrida visível de empresas chinesas ao gordo mercado brasileiro; sem nos esquecermos daquelas marcas que hoje já não estão entre nós, ou que simplesmente não se enquadraram nas normas do PROMOT 3 e ficaram com suas operações congeladas.

Poderíamos apenas dar os nossos parabéns aos motociclistas em geral, mas vamos também aproveitar para confirmar aos fabricantes, também de modo geral, que realmente o mercado mudou.

O meio propiciado pela Internet é rico e muito rápido. Diferente do papel, a interação é instantânea, e qualquer um pode fazer uma busca e colher varias referencias; mas essa velocidade também pode ser danosa como o fato da remoção de informações importantes sobre valores ligados ao combatido DPVAT que existiam no site da SUSEP, e que da noite para o dia, não mais !

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Fica o alerta: Cuidem bem dos motociclistas, pois eles já não estão aceitando qualquer coisa; eles se preocupam muito com a qualidade final do produto, e eles já têm que o valor da prestação não esta sendo a única variável de uma compra!

Da mesma forma, alerto aos políticos para também cuidarem bem de nossos motociclistas, pois dentro dos capacetes, com ou sem selos, existem cabeças pensantes com mais argumentos que ontem, mas muito menos que amanhã.

Temos muito que melhorar … temos muito mais que ser ouvidos, e temos que ter alguma voz para ouvir.

Finalizando, e como testemunha, afirmo que o motociclista brasileiro amadureceu sim, e este exige que o mercado também cresça e aceite estudar suas necessidades, e não apenas ser contemplado com soluções prontas desenvolvidas para outros mercados e bolsos oportunistas…

VIDA LONGA a todos os motociclistas do mundo.