Novos ventos sopram na categoria de elétricas do Mundial de Motovelocidade (MotoGP). A Energica não será mais a fornecedora oficial da MotoE, deixando sua vaga para a Ducati. Dessa forma, a partir de 2023 a marca italiana será a fornecedora exclusiva dos protótipos da categoria.
Desse modo, a Energica, que assumiu em 2019 o fornecimento das motos, deixará a categoria das eletrificadas da MotoGP no final da temporada de 2022 e a Ducati assume até o final de 2026. Agora, a fabricante italiana terá que mergulhar de vez no universo das elétricas.
Ducati e suas contradições
Em abril deste ano, o vice-presidente de vendas da Ducati, Francesco Milicia, fez a seguinte declaração: “Vamos produzir uma Ducati elétrica em breve? Não. Achamos que, para o tipo de máquina que produzimos agora, uma motocicleta elétrica não pode garantir o prazer, a autonomia, o peso e etc. que os pilotos da Ducati esperam.”
No entanto, você já ouviu falar do ditado popular “nunca diga que dessa não bebereis”. Pois é, a sede do mercado é tanta que a companhia teve que engolir o orgulho e seis meses depois o CEO da Ducati Claudio Domenicalli confirmou a entrada na MotoE, dizendo que a fabricante está entrando na “mobilidade elétrica de cima”.
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MotoGP e oportunidade dada a fabricante italiana
Dessa forma, a tradicional montadora refaz a leitura de mercado e vai aproveitar a MotoE como uma forma de levantar pesquisa e dados a fim de utilizar a experiência adquirida para desenvolver sua linha de motocicletas elétricas em larga escala de produção.
Assim, a aposta é de que os engenheiros da Ducati produzam uma moto elétrica de alto desempenho tanto para a categoria MotoE quanto para ser usada por motociclistas comuns no dia a dia. Esse ponto é importante porque uma superesportiva em linha de produção pode ser um grande diferencial entre a Ducati e as elétricas concorrentes.
Futuras elétricas da Ducati
Por enquanto, a fabricante ainda não revelou nenhuma ficha técnica, muito menos qual modelo entrará na MotoE. Mas a promessa que temos é de que ao longo de 2022 a marca fará diversos eventos para apresentar as novidades vinculadas as motos elétricas.
Por fim, até a divulgação da fabricante como a fornecedora oficial da MotoE, a italiana revelou apenas um conceito de elétrica, a 860-E, no segundo semestre deste ano. O projeto aliou linhas clássicas ao futuro, mas em nada nos recorda a uma superesportiva. O que nos resta é aguardar 2022 para descobrir o que a marca vai produzir para a competição.