A Fazer 250 é o modelo de maior sucesso da Yamaha no Brasil na atualidade, emplacando 25.328 unidades em 2019 (ante 24.570 da segunda colocada, XTZ 150 Crosser). E, agora, ela conquistou mais um feito: ultrapassou as vendas da principal concorrente e histórica líder do segmento, a Honda CB Twister, a Twister 250.
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Assim, ela emplacou mais unidades que a concorrente nos últimos dois meses, segundo os dados da Fenabrave. Porém, no acumulado do ano a Honda segue na frente, com 16.186 motos contra 14.107 da Yamaha, uma diferença pode mudar até o fim do ano – ou não. Em 2019 foram 36.361 novas Twister nas ruas, ante as já citadas 25.328 Fazer.
Yamaha Fazer 250 vs Honda Twister 250
A Yamaha Fazer 250 entrega em seu motor 21, 3 cv (gasolina) ou 21,5 cv (etanol) a 8.000 rpm. O torque é de 2,1 kgf.m a 6.500 rpm em ambos os combustíveis. Além disso, o modelo foi reformulado em 2018, ganhando design mais moderno e freios ABS. Entretanto, mantendo o câmbio de cinco marchas.
Por sua vez, a Honda Twister oferece 22,4 cv (gasolina) e 22,6 cv (etanol) a 7.500 rpm. Seu torque é de 2,28 kgf.m a 6.000 rpm também em ambos os combustíveis. A Twister voltou ao mercado em 2016, substituindo a CB 300R, que saiu de linha. Desta forma, a nova geração recebeu também a opção com freios combinados (CBS) e câmbio de seis marchas.
Entretanto, não se deixe enganar pelas possíveis semelhanças das motos. Por exemplo, ambos os motores – com os mesmos 249,5 cm³ – estão longe de ser parecidos. Desta forma, cada modelo tem seu ajuste fino, seja no design, no conjunto mecânico e no posicionamento de alguns componentes. Confira mais no comparativo entre Fazer 250 e Twister.
Preços no mercado
Um dos fatores que destoam entre os dois produtos das fabricantes japoneses é o preço. Assim, a Yamaha Fazer 250 ABS parte das concessionárias por R$ 17.190. Já a Honda CB 250F Twister inicia seu valor dos R$ 15.075 com freios combinados e R$ 16.114 na versão com ABS, como a concorrente. Enfim, fica a cargo dos consumidores decidir a sua melhor opção, tamanha a semelhança e diferença entre os produtos.
Justiça seja feita
Nem tudo são números. Então, ao analisarmos essa briga entre Honda e Yamaha, Twister e Fazer, precisamos ser cautelosos.
Além dos dados de emplacamentos, devemos considerar o contexto. Atendendo às recomendações sanitárias, a Honda ficou mais tempo parada durante a pandemia que a Yamaha (relembre) – e fábrica que não abre é fábrica que não produz. Isso significa que, naturalmente, há menos CB disponíveis aos concessionários da marca e, em consequência, muitos podem estar com falta deste produto.
Porém, a Yamaha aproveitou este intervalo para passar à frente da concorrente e agora as duas fábricas retomaram sua produção, restabelecendo seus estoques aos poucos. Quem será mais vendida no acumulado de janeiro a dezembro de 2020? Só o tempo (e o consumidor) dirá.