O grupo de mulheres motociclistas Filhas do Vento e da Liberdade está de malas prontas para embarcar na segunda edição da Expedição Filhas do Paraná. Neste ano, a iniciativa será alusiva ao Agosto Lilás, que relembra os 16 anos da Lei Maria da Penha (que visa combater à violência contra a mulher) e tem um roteiro especial.
Filhas do Vento percorrendo o Paraná
Desta vez, a Expedição Filhas do Paraná vai percorrer toda a divisa entre os estados do Paraná e São Paulo, visitando cada um dos municípios paranaenses. O grupo inicia a viagem em 13 de agosto, próximo sábado, partindo da capital Curitiba.
Agosto Lilás é o tema levado neste ano pela Expedição Filhas do Paraná
Serão 1.000 quilômetros de ida e volta levando neste ano a mensagem contra o feminicídio e a violência às mulheres, bandeira do Agosto Lilás. Essa missão une mulheres que se somarão ao longo do caminho e dias de jornada. Elas embarcam em suas motos para levar na bagagem essa lição de companheirismo, coragem e também muita superação.
O retorno da Expedição acontece no dia 21 de agosto – depois de um novo milhar adicionado ao hodômetro e a mensagem de combate à violência contra a mulher divulgada!
Veja também:
- Inspire-se! Conheça mais histórias aventuras de mulheres motociclistas
- Rosas do Deserto: dez mulheres viajam de moto ao Atacama
- O motoclube mais antigo do mundo é de mulheres?
Quem participa da expedição
A curitibana Telma Crummenauer, de 53 anos, se descreve como a sonhadora que deu vida ao movimento. Diga-se de passagem, realizadora também! Afinal de contas, junto de outras mulheres apaixonadas pelo motociclismo, ela deu vida às Filhas do Vento e da Liberdade.
Telma segue levando bagagens e mensagens importantes durante expedições
“Levaremos na nossa bagagem a bandeira do Agosto Lilás. Não ao feminicídio. Não a violência a mulheres. Despertando a sociedade que esta é uma luta de todos nós. E também registrando as belezas do nosso Paraná para o mundo.”
O grupo tem uma longa história – entre a criação e a sua realização – que pode ser acompanhada aqui no Motonline. Ao longo do caminho, várias colegas se juntaram a essa parceria sobre duas rodas. E nesta Expedição Filhas do Paraná não será diferente, conheça algumas delas:
Nádia Anay Rodrigues, de 64 anos, é uma das responsáveis pela roteirização do grupo de motociclistas. Ela pilota uma Suzuki V-Strom 1000.
“Desejo com essa nova etapa da expedição levar um aconchego a todas as mulheres que sofrem violência em todos os aspectos e também deixar a opção de uma nova rota de turismo aos motociclistas.”
Silvana da Costa Santiago, de 56 anos, foi uma das aventureiras que participou da Expedição do grupo ao Atacama. Em evolução constante ela comanda uma Kawasaki Vulcan 650S.
“Eu espero que essa Expedição seja tão boa quanto a outra e que consigamos atingir nossos objetivos.”
Clarice de G. Lemler, de 58 anos, é descrita pelas colegas como uma peça fundamental no grupo. Tudo isso agregando muita experiência e comandando uma Harley-Davidson Iron 883.
“Nesta Expedição quero dar meu melhor, levando palavras de incentivo para todas aquelas que de alguma forma sofrem com violência contra mulheres.”
Sulamita Morini, de 61 anos, carinhosamente chamada de ‘nona’ pelas colegas, também é uma pilota experiente e participou da missão rumo ao Atacama. Ela viaja comandando uma Kawasaki Vulcan 650S.
“Nesta segunda Expedição, além de concretizar a primeira etapa da rota turística para motociclistas, espero através da bandeira de conscientização pelo fim da violência contra a mulher, levar esperança e alento por onde passarmos.”
