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O fim está próximo – especialmente para as motos que não se adequaram à Euro5, nova legislação de emissões que passa a vigorar na Europa em breve. É o caso das icônicas Yamaha R6 e Super Ténéré 1200, além de outros modelos da japonesa como a touring FJR 1300 e a brutal VMax. Na lista também estão WR250R e SMax.

Yamaha R6, Super Ténéré 1200, V MAX, FJR 1300, SMax, WR250R. Modelos chegam ao fim da sua produção enquanto outros são renovados

A informação sobre o fim da produção de todas as motos ainda não é oficial, mas deve se confirmar em breve uma vez que elas não receberam atualizações recentes. Além disso, a Yamaha vem fazendo uma série de apresentações da sua linha global 2021 (onde mostrou as novas MT 09 e MT 07, por exemplo), sem fazer qualquer menção sobre possíveis novas R6, FJR, VMax, Super Ténéré, WR ou SMax.

Alguns modelos foram atualizados recentemente, como a MT 09

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Fim da produção da Super Ténéré 1200 já era previsto

Talvez, o segmento das big trail (ou maxxi trail, se preferir) seja o que mais recebe investimentos das fabricantes. Veja o apreço que a BMW mantém pela R 1250 GS, por exemplo, que recebeu sistema ShiftCam, controle de tração, assistente de rampa, modos de pilotagem, Ajuste Eletrônico Dinâmico da suspensão, iluminação full LED, entre outros itens.

Super Ténéré 1200 é forte e robusta, mas seu projeto carecia de atualizações

Também podemos citar a nova Triumph Tiger 900 – e, em breve, a 1200. Além disso, a Honda investiu no desenvolvimento da CRF 1100L África Twin que, ao menos por enquanto, não está disponível no Brasil. Enquanto isso a Yamaha deixou a Super Ténéré afundar lentamente na obsolência, dando indícios que descontinuaria o modelo em breve.

Yamaha Super Ténéré XTZ 1200Z 2015

Yamaha Super Ténéré XTZ 1200Z 2015

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Painel digital TFT, ABS comutável, bolha com ajuste eletrônico, assento aquecido, sistema keyless, assistente de partida em aclive, ajuste autônomo da suspensão, quick shifter, controle de pressão dos pneus. Nada disto está disponível na trail da Yamaha, atualmente vendida por R$ 72.326 (preço da FIPE, de novembro de 2020) no Brasil.

Yamaha R6: rápida, leve, extinta

Nos casos específicos da R6 e da VMax há uma nota oficial da Yamaha. No material, a japonesa afirma ter considerado ‘profundamente tendências e regulamentações do mercado global’ que as levaram para optar pela descontinuação dos modelos para 2021. Junto delas se vão WR250R e SMax. A R6, porém, seguirá em produção em versão específica para pistas, denominada R6 Race – não disponível no Brasil.

Aos poucos a Yamaha foi fechando seu mercado de esportivas no Brasil. R6 foi extinta em 2011, seguida pela R1. Atualmente, única R à venda é a R3

É bem verdade que o adeus definitivo da R6 ‘de rua’ não irá mudar drasticamente nossa vida, afinal o modelo não é oferecido pela Yamaha do Brasil desde 2011. Desta forma, nós já perdemos as atualizações que fizeram do modelo campeão de SuperSport em 2017 e de sua última geração, por exemplo.

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R6 seguiu evoluindo no exterior. A partir de 2021 modelo estará à venda apenas em versão para pista, a R6 Race

Yamaha VMax: adeus para nunca mais

O mercado global sentirá a mesma saudade que nós já conhecemos desde 2017, quando a V Max sumiu de vez por aqui. Na ocasião, a Yamaha confirmou que o fim da importação da drag bike se deu em virtude da crise que assolava o mercado nacional na ocasião. No exterior ela seguiu normalmente em produção até agora. Relembre a história deste mito de 200 cv e torque de carro 2.0 aqui.

A brutal V Max (com seus 200 cv) também deixará de ser fabricada. Deixará no mundo a mesma sensação que temos no Brasil desde 2017, quando o modelo deixou de ser vendido aqui

Encerramento de outros modelos

Sempre que novas regras de emissões entram em vigor modelos defasados ficam para trás. No Brasil isto aconteceu, por exemplo, quando iniciou o Promot4 fase 2, em meados de 2015. Na ocasião, Honda Falcon 400i, Honda Shadow, Suzuki Yes e outros modelos entraram pra o ‘corredor da morte, algo que deve ocorrer com outras motos em breve, graças ao novo Promot5.

Portanto, tirar produtos silenciosamente de sua linha de produção não é uma exclusividade da Yamaha, prática que irá acontecer também com concorrentes. Assim, iremos acompanhar as movimentações do mercado – e preparar nossos lenços de papel para chorar pelas motos que nos deixarem.

Guilherme Augusto
@guilhermeaugusto.rp>> Jornalista e formado em Relações Públicas pela Universidade Feevale. Amante de motos em todas suas formas e sons. Estabanado por natureza