Publicidade

O tuning, mais conhecido como personalização, é a onda do momento tanto lá fora como por aqui. A grande diferença entre os nossos artistas e os gringos é que, por aqui, não temos fornecedores de peças e equipamentos completos, restando à prata da casa criar e desenvolver toda a transformação. Sem comentários! A tunagem desta XR 650 ficou absurda. A moto era uma velha de guerra nas trilhas e estava em estado deplorável, porém a estrutura se mantinha de pé. Foi assim que Carlos Coimbra resolveu radicalizar sua motoca, procurando o estúdio especializado Over Drive de São Paulo para pôr em prática seus devaneios. O investimento foi alto, de aproximados R$ 11.000 da mais pura curtição. “Valeu cada centavo” – disse Carlos satisfeitíssimo com o projeto.

O trampo total demorou 3 meses, mas pelas fotos da para se ter noção do quanto foi trabalhado em cada peça. O mais difícil foi adaptar o disco dianteiro da V Max. Com diâmetro maior, toda sua fixação e, principalmente, a da pinça de freio foi refeita. O novo suporte da pinça apavorou no design, mais uma arte em alumínio entre tantas.

Falando em peças produzidas em alumínio, vocês se ligaram na lanterna e piscas? “Chique nos último”. Uma peça esculpida e cheia de “leds”. Outra trabalhosa e de visual ímpar foi a ponteira também do mesmo material, totalmente construída desde os canos até o final do silenciador.

Mudando de lado, vamos para a carroceria. As aletas de refrigeração do motor foram fundidas, a rabeta agora é de uma R6 retrabalhada, a carenagem veio da Acerbis, tal qual o pára-lama dianteiro e parte do traseiro. Essa sacada foi bem legal, usar parte de um pára-lama dianteiro para encobrir a roda traseira. Sua distância da roda é pouco espaçada pois o pneu 160 é mais largo.

Publicidade

Além das peças citadas em alumínio, como as novas pedaleiras, outros materiais nobres estão presentes, como a caixa do filtro de ar tem suas paredes laterais em fibra de carbono, deixando ainda mais radical o visual da máquina. O guidão agora é da Wirtz, marca representada pela ASW aqui no Brasil, com várias peças maneiras, como os manetes com grip.

As novas rodas são de 17 polegadas da Tree Heads, com medidas largas (na frente um 3.5 polegadas de largura e na traseira de 4.25). A única dificuldade é que, diferente da maioria das motocicletas com 36 raios na traseira, as off-roads mais antigas têm apenas 32, necessitando serem feitas apenas por encomenda à marca. A tampa do burrinho de freio foi toda trabalhada e ainda tem mangueiras de aeroquip interligadas, melhorando além da estética, a performance. No freio traseiro, o reservatório foi substituído por apenas uma pequena mangueira ligada diretamente ao cilindro mestre.

O melhor de tunar uma moto como essa é que, diferente das motos de rua, o quadro, motor e suspensões são superdimensionados para o uso em asfatlto mesmo nas competições, ou seja, um nível muito mais elevado de desempenho. Andar em uma máquina como essa é pura curtição, pois a estrutura rígida com suspensões firmes e um “motorzão” que empurra muito, é bom demais, e com as rodas aro 17 e pneus esportivos então nem se fala. Além de tudo, o freio dianteiro ficou absurdo, até nas frenagens limites nas entradas de curvas, o RL é natural, com a traseira subindo facilmente. Fora isso, temos um visual de babar, com pintura especial e tudo que tem direito.

Ficha Técnica

Publicidade

Rodas – em liga leve com 17 polegadas, com 3,5″ de largura na dianteira e 4,25″ na traseira. Freio – disco dianteiro flutuante da V-Max com suportes feitos em alumínio. Rabeta – de Yamaha R6, modificada. Pedaleiras – estilo esportiva em alumínio. Escape – exclusivamente para este modelo, com ponteira sob a rabeta Pintura – especial em preto com grafismos prata

Freio dianteiro

Freio traseiro

Cilindro mestre do freio

Publicidade

Banco de R1

Escape de alumínio

Farol Acerbis

Pedaleira de alumínio

Visual agressivo