A chuva que caiu neste domingo, 20 de maio, o parque de diversões Beto Carrero World, em Penha (SC), não foi capaz de estragar os grandes duelos na pista, válidos pela quinta etapa do Campeonato Mundial de Motocross. Pelo contrário, aos olhares dos mais de 20 mil espectadores que se aglomeraram nas arquibancadas e camarotes, os pilotos superaram seus limites e obstáculos do traçado. Quem se adaptou rapidamente à lama foram o francësChristophe Pourcel, na MX1, e o britânico Tommy Searle, na MX2, que conquistaram o Honda GP Brasil de Motocross.
Entre os brasileiros, Jorge Balbi Júnior, na MX1, e Marçal Muller, na MX2, foram os principais nomes e finalizaram o somatório das corridas na 19ª e 18ª posição, respectivamente.
O Campeonato Mundial de Motocross segue para França, em Saint Jean d’Angely, nos dias 2 e 3 de junho.
MX1 – Depois de comandar os treinos, Antonio Cairoli (Red Bull KTM Factory Racing) não conseguiu desempenhar um bom papel nas corridas. Acostumado a andar na ponta, o italiano foi o oitavo no geral. Mesmo assim, manteve a liderança da categoria, agora com 203 pontos.
1ª BATERIA – O piloto Christophe Pourcel (CP377 Monster Energy Pro Circuit Kawasaki) fez o holeshot e disparou na frente. Tranquilo, o francês conquistou a vitória com mais de 1min30s para segundo colocado David Philippaerts (Monster Energy Yahama). “Tive problemas durante os treinos de ontem e mudei totalmente minha moto. Não sabia como iria ser hoje. Hoje deu tudo certo e consegui vencer a primeira bateria, mesmo com a pista complicada por causa da chuva”, comenta o campeão da etapa.
Rui Gonçalves (Honda World Motocross) teve bom início de prova e até chegou andar entre os ponteiros. Apesar de alguns erros, o português concluiu em quarto, atrás de Gautier Paulin (Kasawaki Racing Team). Depois de 35 minutos mais duas voltas, o goiano Wellington Garcia fechou em 18º. Balbi foi o 21º.
2ª BATERIA – Tanel Leok (Rockstar Energy Suzuki World), da Estônia, fez o holeshot, mas perdeu a primeira colocação ainda nas voltas inicias para Christophe Pourcel. Ainda na largada, Cairoli sofreu uma queda e saiu bem atrás. Balbi era o brasileiro com melhor desempenho: 12ª posição.
Na sexta volta, Christophe foi ultrapassado por Xavier Boog (Kawasaki Racing Team), que seguia na ponta quando passou a ser pressionado por Clement Desalle (Rockstar Energy Suzuki World). Xavier se defendeu e conquistou a vitória. Desalle foi segundo, seguido por Chirstophe. Balbi foi o melhor piloto nacional ao finalizar em 16º.
MX2 – Entre todos os pilotos da etapa, Tommy Searle foi o que melhor se adaptou às condições da pista. Com duas boas largadas, o britânico se manteve na ponta em mais de 90% das voltas e conquistou as baterias. “Eu sei que não sou o melhor piloto na lama, mas sabia que precisava fazer boas largadas e ser inteligente. Tentei ao máximo me concentrar para errar o menos possível e fui feliz. Tentei manter minha visão longe da lama e quando minhas luvas encharcaram consegui trocá-las”, destaca Searle.
Já o líder da categoria, Jeffrey Herlings (Red Bull KTM Factory Racing), da Holanda, teve um fim de semana de altos e baixos. O holandês terminou a primeira bateria apenas na 12º colocação, mas se recuperou na posterior, com um terceiro lugar.
1ª BATERIA – Searle assumiu a liderança ainda na volta inicial e a manteve até a oitava, quando parou no pit lane para trocar de luvas. Christophe Charlier até assumiu o posto, mas durou apenas uma volta. Searle voltou com gás total e recuperou a posição. Charlier foi segundo, seguido de Jeremy van Horebeek (Red Bull KTM Factory Racing) e Max Anstie (Honda Gariboldi – Esta).
Na 15ª posição, Hector Assunção era o principal brasileiro quando abandonou a prova na quarta volta. Foi então que apareceu a figura de Marçal Muller, que segurou bravamente a 16ª colocação.
2ª BATERIA – Jose Butron roubou a cena foi ao andar entre os ponteiros. O britânico Searle venceu a bateria. Butron foi segundo e pela primeira vez subiu ao pódio da competição ao terminar em terceiro o somatório. Dos brasileiros, apenas Endrews Armstrong e Marçal Muller largaram. Ao final fecharam em 19º e 20º, respectivamente.
A quinta etapa do Mundial de Motocross é uma realização da Romagnolli Promoções e Eventos, FIM, Youthstream, Beto Carrero World e XYZ Live. O Honda GP Brasil de Motocross tem patrocínio Honda, Governo do Estado de Santa Catarina, Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte, e Fundesporte. Co-patrocínio Mobil, Yamaha e Pirelli, apoio da Confederação Brasileira de Motociclismo, revista da Moto! e Dirt Action.