A Harley-Davidson mostrou duas pequenas motos elétricas com desempenho similar ao de uma125cc e preço relativamente acessível.

As motos elétricas estão no centro de uma nova estratégia da Harley-Davidson. Ao menos é o que podemos concluir até agora. Durante as tradicionais comemorações de aniversário em Milwaukee, nos Estados Unidos, a marca apresentou dois novos protótipos por meio da LiveWire, sua divisão dedicada à mobilidade elétrica. Os modelos, ao que tudo indica, são voltados principalmente ao público jovem e urbano, e prometem desempenho semelhante (ou um pouco menos!) ao de motos a combustão de 125cc.

Harley-Davidson: aposta em pequenas motos elétricas urbanas - Divulgação
Harley-Davidson aposta em pequenas motos elétricas – Divulgação

Sobre as pequenas motos elétricas

A expectativa é que ambos os modelos sejam lançados por menos de US$ 10 mil — cerca de R$ 55 mil na conversão direta. Não que esteja barato, mas de toda forma, essa faixa de valor posiciona as novas motos elétricas da Harley como uma opção de entrada no segmento, sendo um pouco mais acessível e ao mesmo tempo, alinhada às tendências de sustentabilidade e praticidade para o uso diário.

Apesar de ainda serem protótipos, os modelos apresentados reforçam o compromisso da montadora com o futuro eletrificado. A estreia oficial pode acontecer durante o EICMA 2025, o tradicional Salão de Motos de Milão, programado para novembro. Até lá, a Harley-Davidson continuará analisando a recepção do público e refinando os projetos com base nas sugestões coletadas.

Detalhe do protótipo elétrico para trilhas leves - Divulgação
Detalhe do protótipo elétrico para trilhas leves – Divulgação

Para uso urbano e trilhas leves

O primeiro modelo revelado pela LiveWire foi projetado para o uso urbano. Ainda sem nome definido, a moto elétrica pesa aproximadamente 113 quilos, tem assento a 76 cm do solo e acelera de 0 a 48 km/h em três segundos. A velocidade máxima é de 85 km/h, desempenho comparável (aproximado) ao de motos a combustão de 125cc.

A bateria dupla é um dos destaques: oferece até 160 km de autonomia e pode ser facilmente removida para troca. A recarga completa leva cerca de três horas usando um carregador externo padrão. Esses números reforçam o apelo das motos elétricas da Harley-Davidson como soluções práticas para deslocamentos curtos e médios nas cidades.

Já o segundo protótipo foi desenvolvido com foco em estradas de terra e trilhas leves. Mantém a base estrutural da versão urbana, com chassi em treliça de aço e garfo dianteiro invertido. No entanto, a suspensão traseira possui curso mais longo, o que melhora a absorção de impactos em terrenos irregulares. Os pneus específicos para off-road completam o conjunto adaptado.

Protótipo elétrico para uso urbano - Divulgação
Protótipo elétrico para uso urbano – Divulgação

Além do aspecto técnico, a LiveWire adotou uma abordagem colaborativa para desenvolver as novas motos elétricas. Durante o evento, a marca incentivou o público a sugerir cores, acessórios e até funcionalidades de software, por meio de enquetes nas redes sociais e do site oficial.

Essa estratégia de cocriação visa aumentar o engajamento dos consumidores e garantir que os modelos finais atendam melhor às expectativas do público. Segundo a empresa, a participação ativa dos usuários pode contribuir para evitar erros de projeto e acelerar a aceitação no mercado.

Harley-Davidson aposta em pequenas motos elétricas - Divulgação
Harley-Davidson aposta em pequenas motos elétricas – Divulgação

Previsão de lançamento

A produção em série ainda não foi confirmada, mas tudo indica que o anúncio oficial tem grandes chances de acontecer durante o EICMA 2025, em Milão. A escolha do evento não é por acaso: trata-se do principal palco mundial para lançamentos de motos e mobilidade.

A proposta de manter o preço abaixo dos US$ 10 mil é um movimento estratégico para disputar espaço com outras marcas que oferecem motos elétricas acessíveis. Ainda não há previsão para início das vendas ou chegada ao mercado brasileiro, mas um possível interesse global pode acelerar o processo de homologação em outros países.

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Jornalista, web designer, desenvolvedor web e editor ao mesmo. Já fui radialista, publicitário e até metalúrgico metaleiro. Acabei entrando e abraçando o mundo 2 rodas por influencia do meu irmão mais velho.
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