Dimensões compactas, motor arrefecido a líquido, uma naked que pode superar os 100 cv de potência. A Bronx é uma daqueles modelos da Harley que rompem paradigmas dentro da empresa, mas que infelizmente foram engavetados há algum tempo. Porém, o jogo parece ter virado.
Informações que circulam no exterior dão conta de que a Harley-Davidson renovou a patente do nome Bronx. Seria mais um produto rompendo com as tradicionais custom da marca, assim como aconteceu com a big trail Pan America, que ganhou vida e está à venda em muitos mercados, incluindo o nosso.
Harley retoma o nome da naked Bronx
De acordo com publicações especializadas, a Harley renovou os direitos de marca registrada do nome Bronx. A medida foi provavelmente uma resposta à Lei de Modernização das Marcas Comerciais, recentemente revista na América do Norte. A mudança por lá visa facilitar a retirada das nomenclaturas não utilizadas no registro federal e impedir que empresas as reutilizem.
Com isso, a fabricante dá sinais de que o projeto da naked esteja apenas atrasado, em vez de cancelado. A Harley Bronx deveria ter sido a primeira moto a aproveitar a nova configuração reduzida do motor Revolução Max V-twin, com 975cc. No entanto, as coisas mudaram e agora essa usina alimenta o recente lançamento Nightster – uma custom, para surpresa de zero pessoas.
A versão de maior capacidade do V-Twin, com 1250cc, equipa a Pan America e a Sportster S, chegando a entregar 150 cv de potência. Tudo isto fazia parte do plano “More Roads” lançado pelo CEO deposto Matt Levatich. Pois bem, o tempo passou e a pandemia chegou, e tudo isso foi substituído pelo “Rewire” do novo chefão Jochen Zeitz.
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O que aconteceu com os planos da Harley?
O plano More Roads to Harley-Davidson visava revigorar os negócios nos EUA, acelerar o ritmo de crescimento internacional e, claro, dar lucro aos investidores. Com isso, iniciou-se o desenvolvimento de motocicletas mais acessíveis e de menor cilindrada (250 cc a 500 cc) para os mercados emergentes asiáticos.
Isso responde o porque vemos com frequência, modelos em teste ainda sendo flagrados em parceiras como a QJMotor. A Haley também pretendia apostar nas motos elétricas, coisa que realmente aconteceu com a LiveWire, agora uma marca que promete um catálogo elétrico inteiro.
Além disso, os americanos projetaram o lançamento de quatro motos, baseadas em plataformas de motores semelhantes. As referidas Pan, Sportster e Nightster. Somente a Bronx ficou pelo caminho… Isso porque a marca lançou em 2020 a nova estratégia Rewire (Religar).
Foi o plano diante da crise internacional causada pela pandemia. Mais conservador, a iniciativa busca agora focar em mercados onde a marca já tem presença consolidada, o que reduziria os custos de desenvolvimento de novos produtos.
Desde então a Harley deixou a presença direta em países como a Índia. No Brasil, a marca presou em focar suas motos como produtos premium, reajustando preços e retirando de linha modelos de entrada como a Iron 883. Agora, a mais acessível por aqui é a Low Rider S, encontrada nas lojas por aproximadamente R$ 109.700.