A Honda Biz 125 é uma evolução da Biz 100, cub desenvolvida e produzida no Brasil desde 1998. O modelo foi pensado especificamente ao nosso mercado e hoje é um dos mais populares nas ruas do país. É sobre a evolução do projeto, a Biz 125, que vamos falar aqui.

Honda Biz 125

A Biz 125 foi lançada em 2005, sete anos após a chegada da Biz 100. Com o motor maior, de 124,9 cm³ a potência da Biz saltou de 6,43 para 9,1 cv (9.000 rpm) e o torque subiu de 0,71 kgf.m para 1 kgf.m a 3.500 rpm.

Primeira geração da Biz 125 posando para fotos do nosso teste. Mesmo carburada, moto rodou mais de 40 km/litro

Além disso, a então nova Biz 125 tinha novo visual. Seu design era mais moderno e pontiagudo, com linhas e piscas incorporados ao escudo frontal.

Biz 100 de 1998, a ‘mãe’ da Biz 125

No ano seguinte, em 2006, chegava a Biz+. Topo de linha, era a única versão com freio a disco na dianteira e rodas de liga leve. Dois anos depois, a as exigências do Promot III puseram fim à era carburada, levando o modelo a adotar a injeção eletrônica.

Biz 2008 já tinha injeção eletrônica, mas ainda mantinha o visual da primeira geração

Segunda geração

Em 2011, a Honda mudou mais uma vez naquele que havia se tornado um de seus projetos de maior sucesso. Na ocasião foi apresentada a segunda geração da Biz 125, com novidades no visual e sob as carenagens.

Sem grandes novidades, segunda geração da Biz 125 chegou em 2011

Um dos destaques era do motor, que passava a ser bicombustível. Na estética, as setas traseiras descolaram da lanterna e o conjunto óptico frontal foi redesenhado com alterações sutis, bem como todo o design da cub.

Terceira geração

A terceira (e atual) geração da Biz 125 chegou em 2017, já como modelo 2018. Aliás, ela celebrava os 20 anos da Biz no Brasil, que, como já dissemos, é o mercado ao qual ela foi projetada.

Painel digital, tomada 12v, compartimento maior, novo gancho para sacolas, rodas de liga. A terceira geração da Biz chegou como 2018, deixando simplicidade para a Biz 110i

Uma série de pequenas evoluções marcam o modelo. Entre elas, a adoção de painel digital, abertura do banco integrada à ignição e tomada 12v no portaobjetos do escudo frontal. Aliás, com o novo design as carenagens ficaram maiores, mais volumosas, e receberam novos conjuntos de farol, setas e lanternas. Ainda, o compartimento sob o assento ficou maior e surgiram os freios combinados (CBS).

‘Dá para viajar com uma Biz 125?’. Pergunte ao cidadão que rodou com uma até a Bolívia! O link da reportagem está no início do texto

Biz KS, Biz ES, Biz+, Biz EX… e, enfim, apenas Biz

Desta forma, a Biz 125 já está há 17 anos nas concessionárias. Ao longo do tempo a cub esteve disponível em diversas versões, como KS (com freio a tambor e partida a pedal), ES (partida elétrica), EX (rodas de liga-leve, partida elétrica e freio a disco na dianteira) e Biz+. Atualmente, é oferecida apenas na ‘Biz 125’, acompanhada de sua versão simplificada, a Biz 110i.

Pontos positivos da Biz 125

Praticidade é o ponto alto da Biz 125. Com baixa manutenção, facilidade de pilotagem (especialmente pela ciclística e embragem automática) e bons equipamentos é natural que ela seja um dos veículos mais vendidos do Brasil. Ano passado emplacou mais de 130 mil unidades (junto da 110i), ficando atrás apenas da CG 160.

Sucesso de vendas, Biz já coleciona mais de 3 milhões de unidades comercializadas no Brasil

Aliado a tudo isso, a cub é econômica. Em nossos testes ela sempre fez mais de 40 km/litro mesmo na primeira geração, alimentada por carburador – relembre.

Pontos negativos

Não existem veículos perfeitos, mas a Biz 125 não possui complicações crônicas. A maioria de seus pontos negativos não são problemas, mas sim características de veículos urbanos, pequenos e leves. Entre eles está o desempenho limitado em rodovias (especialmente ao rodar com garupa) e pequeno curso das suspensões, com 100 mm na dianteira e 86 mm atrás – pouco acima do padrão dos scooter.

Antes de unificá-la como ‘Biz 125’, Honda apresentou o modelo em várias versões: KS, ES, EX, Biz+.

Claro, é preciso lembrar que há uma ampla gama de Biz 125 usadas no mercado. Quem optar pelas versões mais baratas poderá acabar abrindo mão da segurança do freio à disco, bem como da conveniência da partida elétrica. Além disso, até 2007 o modelo era alimentado por carburador e, por consequência, menos econômico.

Com a mesma plataforma e uma série de simplificações, a Biz 110i assumiu o posto de entrada para a família

Honda Biz 125 vale a pena?

Se vale a pena ter uma Honda Biz 125? Se sua missão poupar tempo o trânsito e rodar com economia, sim! A Biz cumpre muito bem seu papel. É fácil de conduzir, confiável, repleta de comodidades (desde o característico compartimento sob o assento até a ‘nova’ tomada 12v).

Já o preço de uma Biz 125 varia muito, de acordo coma versão e ano em questão. Segundo a FIPE, o preço médio praticado pelo mercado inicia nos R$ 4.054 da KS ano 2006 e vai até os R$ 10.902 de uma 2020. Uma zero quilômetro custa, em média, R$ 12.455.

Para saber mais, ver a ficha técnica ou opinar sobre a Honda Biz 125, acesse o Guia de Motos!

Ficha técnica Honda Biz 125

Motor
Tipo 4 tempos, 1 cilindro
Cilindrada 124,9 cc
Arrefecimento Ar
Combustível Gasolina / Etanol
Potência Máxima: 9,2 cv a 7.500 rpm
Torque Máximo: 1,04 kgf.m a 3.500 rpm
Alimentação: Injeção Eletrônica PGM FI
Partida: Elétrica
Transmissão: 4 velocidades
Suspensão e rodas
Suspensão dianteira: Garfo telescópico / 100 mm
Suspensão traseira: Braço oscilante / 86 mm
Chassi: Aço
Pneu Dianteiro: 60/100 -17M
Pneu Traseiro: 80/100 -14M
Dimensões e capacidades
Peso a seco: 100 kg
Comprimento: 1894 mm
Largura: 714 mm
Altura do Banco: 753 mm
Distância entre Eixos: 1264 mm
Capacidade do tanque: 5,1 litros
Preço (FIPE, janeiro de 2021)
2006 KS R$ 4.054,00
2021 125i Flex R$ 12.591,00

Guilherme Augusto
@guilhermeaugusto.moto>> Jornalista e formado em Relações Públicas pela Universidade Feevale. Amante de motos em todas suas formas e sons. Estabanado por natureza