Esqueça a CB 300R que esteve à venda no Brasil de 2009 a 2015, polêmica por problemas mecânicos. Desse modo, falamos aqui da nova geração da street da Honda, apresentada no EICMA de 2017 e disponível em diversos mercados desde então – mas ainda não no brasileiro, infelizmente.
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O modelo adota o conceito visual New Sports Cafe, que já conhecemos nas CB 1000R e 650R, e faz bom uso da eletrônica. Assim, sua única semelhança com a ‘nossa’ CB 300 está no nome. O projeto inteiro é inédito, do disco de freio ao painel digital, do farol em LED ao motor arrefecido a líquido que produz 31 cv.
Honda CB 300R Neo Sports Cafe
Dentro do conceito Neo Sports, a CB 300R faz uma clara referência à 1000R. Curta, com o banco (bipartido) avançando o limite da rabeta e um longo suporte para placa e setas. Além disso, o escapamento em formato cônico e as carenagens do tanque a aproximam da irmã maior da família.
O visual neo clássico combina com a lista de componentes eletrônicos. Assim, há painel digital completo, iluminação Full LED e freios a disco Nissin. O conjunto também se destaca pelas suspensões, com garfo invertido na dianteira.
Já o motor, por sua vez, é um monocilíndrico de 286 cm³. Arrefecido a líquido, conta com um grande radiador e um câmbio de 6 marchas. A potência máxima é de 31 cv a 8.500 rpm, enquanto o pico de torque 2,80 kgf.m chega aos 7.500 rpm. A moto pesa 143 kg em ordem de marcha, considerando todos os fluídos.
Dessa forma, a CB 300R tem a missão de oferecer tanto uma pilotagem divertida em uso esportivo quanto econômica nas cidades. Assim, a Honda afirma que ela percorre ‘pelo menos’ 30 quilômetros com um litro de gasolina, gerando autonomia de 390 quilômetros com seu tanque de 13 litros.
Nova CB 300R no Brasil
Aqui, a CB 300R se encaixa no mesmo rol de modelos como Yamaha Ténéré 700 e Honda Rebel 500. Um grupo formado por motocicletas com uma série de fatores que poderiam levá-las ao sucesso no Brasil, mas que, por algum motivo, não são trazidas pelas montadoras.
Nos Estados Unidos, a CB 300R tem preço sugerido de 4.950 dólares, algo perto dos 25 mil (desvalorizados) reais. Assim, caso viesse, ela se posicionaria como uma opção mais moderna (e potente) que a CB Twister e mais econômica (e barata) que a CB 500F.
Além disso, a Honda teria como principal concorrente a monocilíndrica BMW G 310 R, de quem se aproxima na proposta e preço. Desse modo, a BMW, que gera 34 cv, é avaliada pela FIPE em R$ 22.150.
Claro, outras naked poderiam disputar o interesse do consumidor. Há ainda KTM 390 Duke, Yamaha MT 03 e até Kawasaki Z400. Porém, esse projeto da Honda tem pegada mais urbana, econômica, sem focar em desempenho – contrariando as citadas aqui. Se ela viesse, seria ótimo. Se ela viesse…