Refinamentos e modificações em pequenos detalhes fazem da Honda CB500 X uma moto ainda mais atual. Notadamente o farol em LED e a nova traseira, com lanterna transparente de LED transforma o que já era bom em algo melhor ainda. Na apresentação dos novos modelos, feita em junho de 2016 mostramos todas as alterações em cada uma das versões das motos que compartilham a mesma mecânica. Motor, chassi, rodas são comuns em todas as quinhentas twin da onda, mas na CB 500X, além da roupagem que determina seu estilo, a suspensão também recebe alterações.
Naquela ocasião o test ride foi na pista e a moto estava mais preparada para esse tipo de condição. A suspensão estava mais dura, a frente não afundava tanto nas frenagens. Nessa unidade de teste, percebemos a moto mais acertada para o uso diário do que aquela que experimentamos na pista, isso quer dizer que ela não estava com o set-up original.
Os pneus são bastante adequados para uso no asfalto, pouco apropriados então para terra. O uso de motos bigtrail na terra normalmente se faz de forma muito esporádica e por isso, a maioria das motos dessa categoria se especializa no uso estradeiro já que elas se destinam a um uso mais aproximado de uma Touring. A diferença é que a suspensão tem características para maior conforto e durabilidade nas ruas e estradas brasileiras (muitos buracos). A Honda chama essa classe de motocicletas de sua linha como Crossovers.
No caso particular dessa 500 twin, o tamanho e peso reduzidos, deixam-na muito apropriada para uso urbano, sem abrir mão do uso nas estradas. Resulta em uma moto muito versátil. Agora, o uso foi em ruas e estradas normais e ela se mostrou muito mais acertada para esse tipo de uso, provocando menos cansaço no uso diário, não mostrou a mesma esportividade apresentada naquela oportunidade, mas agora se apresenta mais ajustada à sua proposta.
Sentando na moto já se percebe a maior altura do para brisa. O guidão permite uma posição confortável e a baixa altura do banco, pouco comum numa bigtrail, permite uso tranquilo para pessoas de menor estatura. Apesar disso a posição das pedaleiras não força as pernas daqueles que tem “chassi” maior e oferecem um posicionamento um pouco mais para frente do que o comum porque ela divide as pedaleiras com as outras versões da família CB 500.
Ao ligar o contato o painel mostra todas as funções disponíveis enquanto a moto faz a rápida rotina de check up. Dando a partida o ronco do motor dois cilindros reproduz aquele som característico das twins Honda. Mesmo com as alterações destinadas a se ajustar à segunda (e atual) fase do PROMOT4, ela mantém o bom desempenho, ganhou em autonomia e conforto. O tanque tem um litro a mais e o para-brisa mais está mais alto e com ajuste, o que ajuda nas grandes viagens. Na saída, o motor perdeu um pouco de rapidez na resposta no início do curso do acelerador, em baixa rotação, mas ganhou fôlego nas altas rotações e com isso melhorou a aceleração.
Conforto é a palavra que melhor define essa moto. Muitas horas de pilotagem não vão te cansar e a suspensão trabalha com muita dedicação, respondendo às menores imperfeições do asfalto, passando menos impactos ao piloto. Em contrapartida, aquela pegada encontrada na pista do test-ride não está mais lá. Com geometria relativamente rápida, essa moto pode responder com bastante presteza aos inputs do guidão, mas para uma resposta mais rápida e sem nenhum movimento secundário, o setup da suspensão deve ser alterado. Para isso, a regulagem de pré-carga das molas pode lhe ajudar na configuração mais esportiva, se você quiser.
A Honda CB 500X 2017 está melhor, mais bonita e mais aventureira. Economia é uma outra palavra que adiciona bom aspecto a ela também e com um litro a mais no tanque (total 17,5 litros), pode fazer mais de 400 km com um único abastecimento, isso porque o consumo ficou entre 20 e 25 km/litro. Além disso, você acaba a viagem inteiro, benefício resultante do grande conforto que ela oferece. O preço é R$ 28.071,00 (tabela FIPE, out/16).
Ficha Técnica Honda CB 500X
Motor |
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Tipo | Dois cilindros paralelos, DOHC, 8 válvulas arrefecido a líquido |
Cilindrada | 471 cc |
Diâmetro e curso | 67 mm x 66,8 mm |
Razão de compressão | 10,7 : 1 |
Potência máxima | 50,4cv @ 8500 rpm |
Torque máximo | 4,55 kgf.m @ 7000 rpm |
Capacidade de óleo | 3.2 litros |
Alimentação | Injeção eletrônica – PGM FI |
Capacidade do tanque | 17,5 litros (c/ reserva) |
Partida | Elétrica |
Transmissão |
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Transmissão primária | Engrenagens |
Embreagem | Múltiplos discos em banho de óleo |
Câmbio | Seis velocidades constantemente engrenadas |
Transmissão final | Corrente selada |
Chassi |
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Tipo | Dupla barra periférica em tubos de aço, seção traseira destacável |
Dimensões (C, L, A) | 2095 mm x 830 mm x 1360 mm (para-brisa baixo) 1390 mm (Para-brisa alto) |
Distância entre eixos | 1420 mm |
Rake | 26,5 º |
Trail | 108 mm |
Altura do assento | 810 mm |
Altura do solo | 170 mm |
Peso bruto | 196 kg |
Peso seco | 183 kg |
Suspensão |
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Dianteira | Garfo telescópico convencional, Ø 41mm, pré-carga ajustável |
Traseira | Prolink monoshock com ajuste de pré-carga em 9 posições, com balança de braços duplos em tubos de aço seção quadrada |
Rodas |
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Tipo | Alumínio fundido de raios múltiplos |
Aro dianteiro dimensão | 17 X MT3.5 |
Aro traseiro dimensão | 17 X MT4.5 |
Pneu dianteiro | 120/70ZR – 17M/C |
Pneu traseiro | 160/60ZR – 17M/C |
Freios |
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ABS | Dois canais |
Dianteiro | Disco tipo margarida, Ø 320 mm e pinça deslizante de dois pistões |
Traseiro | Disco simples tipo margarida, Ø 240 mm, pinça simples deslizante |
Sistema elétrico |
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Instrumentos | Velocímetro digital, Tacômetro digital em gráfico de barras, Hodômetro parcial duplo, Medidor do nível de combustível digital, Medidor do consumo de combustível digital |
Faróis | Sistema em LED, 2 x 4.8W baixo, 12W alto |
Alternador | 23,4 A em 2000 rpm |