A Honda CG completa 45 anos no mercado brasileiro em 2021. Toda a história iniciou em 1976 e desde então tinha características e buscadas até hoje: preço acessível, resistência e economia de combustível.
Até os dias de hoje, a Honda CG segue como referência no país. Ao longo dos anos, vários foram as gerações, assim como as motorizações, passando dos 125 cc, 150 cc até os 160 cc atuais. Vamos conferir alguns modelos que fizeram história.
Veja também:
- Mais de 40 anos de evolução da Honda CG
- CG 125 1976, a precursora da economia
- Honda vende uma CG 160 a cada 40 segundos. Entenda
1 – Honda CG: a primeira 4T brasileira
Quando a linha de produção da fábrica da Honda entrou em atividade, em Manaus, foi a CG 125 o produto estreante. Também na época, 1976, foi o modelo a primeira moto a ser produzida em solo nacional com motor de 4 tempos.
O CG só não foi a precursora em linhas gerais, porque a Yamaha RD 50 chegou dois anos antes, mas com motor ainda 2 tempos. Voltando à Honda, a pioneira contava com propulsor de 124 cm³, que gerava 11 cv a 9.000 rpm e 0.94 kgf.m a 7.500 rpm. O sistema elétrico era de 6 Volts e o câmbio de 4 marchas.
Visualmente essa primeira Honda, feita para o Brasil, seguia o design padrão da marca na metade dos anos 1970. As linhas eram suaves e arredondadas, o que rendeu o apelido de ‘CG Bolinha’ anos mais tarde. O conjunto tinha destaques cromados, como no farol redondo, no painel com mostradores analógicos e nos piscas.
2 – A primeira moto do mundo movida a etanol
Em 1981 a Honda foi pioneira novamente, desta vez incentivada pela do petróleo. Devido a isso, a fabricante lançou a CG 125 movida a etanol. Foi a primeira moto do mundo a utilizar esse tipo de combustível. Na época, o chamado álcool era novidade mesmo para os automóveis.
Para roda,r a CG tinha um sistema de alimentação de gasolina, para a partida a frio. O reservatório ficava sob o banco e garantia que o motor desse a partida de forma ágil. A potência máxima e torque se mantiveram sem praticamente nenhuma alteração, frente ao movida à gasolina.
Na mesma época a Honda implementou o câmbio de cinco marchas. Mas essa novidade chegou só mesmo no modelo a gasolina, dois anos depois. A ideia do etanol foi um estudo recorrente, mas como se nota, o modelo a gasolina seguiu como a principal.
3 – Honda ML 125 – A “CG de luxo” com freio a disco
Mesmo na década de 70, a Honda CG já se apresentava como um produto de sucesso. Com isso, a marca japonesa decidiu expandir a gama do modelo. Assim, em 1977 chegava ao mercado a ML 125.
Na prática, era um modelo mais refinado, mesmo com mudanças bastante pontuais e com evoluções que passariam quase despercebidas nos padrões atuais. O principal diferencial era um simples freio a disco na dianteira – e ainda com acionamento mecânico.
A ML 125 também ganhava acabamento e grafismos diferentes da CG padrão. A versão era uma econômica mais com requintada, conforme a fabricante, uma versão “maxi luxo”. No mesmo período, a Honda seguiu experimentando e surgiu também a considerada “esportiva” Turuna.
Ainda nos anos 70, a concessionária autorizada Moto Jumbo, se juntou na construção de variações da CG. Tratava-se de suprir uma demanda, ter um modelo para competir com a Yamaha TT. Assim nasceu a fora-de-estrada FS 125.
4 – Honda CG: primeira moto do mundo bicombustível
Pioneira novamente, a Honda foi a primeira a desenvolver uma motocicleta bicombustível. O motor flex para motos foi criado especialmente para o Brasil. E esse trabalho ganhou forma no Japão, mas com a participação de engenheiros daqui.
O projeto teve como objetivo criar um propulsor com menor impacto ao meio ambiente. Algo que o etanol, com fonte natural e renovável, pode oferecer sendo disponível em grande escala no país.
Assim, em 2009 chegou ao mercado a CG Titan 150 Mix. Já com propulsor de 150 cc, a monocilíndrica entregava 14,2cv a 8.500rpm e 1,32 kgf.m a 6.500rpm com gasolina. Com etanol eram 14,3cv a 8.500rpm e 1,45 kgf.m a 6.500rpm.
5 – Honda CG 150 EX BR – A moto do 7×1
Mas nem só de pioneirismo e grandes conquistas viveu a Honda CG. Não que a fabricante tenha pisado na bola com essa próxima da lista. Ou melhor, a bola fora foi mesmo da Seleção Brasileira de Futebol…
Já com mais de 10 milhões de unidades vendidas, e com a proximidade da Copa do Mundo, a Honda decidiu criar uma edição especial da CG em alusão ao evento. Infelizmente, ao invés do título dos donos da casa, a competição ficaria marcado pelo 7 a 1 do jogo entre Alemanha e Brasil.
E foi assim que em 2014 chegou ao mercado a CG 150 EX BR. O modelo trazia pintura predominante em amarelo com detalhes azuis, ao estilo do fardamento da seleção brasileira.
A moto tinha como base a versão EX da CG, a top de linha, com rodas de liga leve, freio dianteiro a disco e partida elétrica. Essa série foi limitada a apenas 1.800 unidades. Mas com o desfecho do torneio mundial, tendo o Brasil sofrido o fatídico 7×1, o modelo certamente não tem hoje nenhum apelo, a não ser pelo seu conjunto completo.
Bônus – Honda CG é a moto mais vendida do país
Ao longo dos 45 anos em que está no mercado nacional, o mais recente modelo é tão importante quanto as suas antecessoras.
A sequência de sucesso da moto se deve também aos modelos mais recentes. Prova disso é que atualmente a Honda CG chegou a marca de 13,5 milhões de unidades produzidas e comercializadas. Assim fica fácil manter o posto atual, de veículo mais vendido do Brasil – considerando todos os carros, motos, caminhões e ônibus.