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Já temos presentes nas ruas das cidades brasileiras uma grande quantidade de pequenos scooters. O PCX chega com 150cc onde a grande maioria é de 100 a 125cc, alguns 300cc e menos ainda acima disso. Por isso, está bem definida no mercado a sua ambientação. Entre a maioria dos pequenos scooters é notório o problema que acarreta o tamanho das rodas, por causa da maior possibilidade de encontrar buracos que “engulam” toda a sua circunferência. A consequência é um impacto maior e grande possibilidade de gerar instabilidade.

O Honda PCX tem 150cc mas parece que tem mais

O Honda PCX tem 150cc mas parece que tem mais

Quanto maior a roda menor essa possibilidade e menores consequências acarretam na qualidade da pilotagem.
Cubs (motonetas) e mesmo alguns scooters procuram usar rodas maiores e também uma construção mais sólida, com estrutura central, por onde fica a plataforma plana para os pés nos scooters tradicionais.

PCX é bom de curvas e tem boa estabilidade

PCX é bom de curvas e tem boa estabilidade

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O Honda PCX se enquadra nessa definição de scooter com estrutura central com rodas maiores, (aro 14″) o que melhora muito a sua ciclística, porque fica muito mais estável. As outras vantagens dessa construção se nota no grande compartimento sob o banco para capacete ou bagagem, banco grande , confortável e o estilo de um veículo moderno, atualizado em design, mas principalmente com tecnologia que sobressai a todos. É o primeiro veículo brasileiro equipado com o sistema “stop – start”. Trata-se de um sistema que desliga o motor quando o veículo está parado para economizar combustível e diminuir as emissões de gases poluentes.

Painél completo para um scooter tem na luz verde "A" o monitor do sistema "para - anda"  que quando selecionado no punho direito desliga o motor quando para e liga novamente ao acelerar para sair

Painel completo para um scooter tem na luz verde “A” o monitor do sistema “para – anda” que quando selecionado no punho direito desliga o motor quando para e liga novamente ao acelerar para sair

Quando você para o PCX, em três segundos o motor se desliga automaticamente, enquanto ficar parado num semáforo, por exemplo. Apenas quando o farol abre e o piloto acelera, o PCX dá a partida, sem nenhum ruido de motor de arrenque e imediatamente segue acelerando normalmente. Isso acontece porque o mesmo equipamento que carrega a bateria, enquanto o motor está em funcionamento, serve de motor de arranque para dar a partida, quando a moto para por mais de três segundos.

O CVT é um sistema de polias móveis que mudam a relação de transmissão continuamente

O CVT é um sistema de polias móveis que mudam a relação de transmissão continuamente

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Quando você sai com ele, percebe a embreagem automática iniciar o movimento e assim que a transmissão engata, ela passa a ganhar velocidade mas o motor permanece quase sempre na mesma rotação. O sistema de transmissão automática, tipo CVT, mantém o motor na melhor rotação, em termos de torque e potência. Assim, ele também fica na faixa de RPM mais eficiente, em termos de economia de combustível. O resultado impressiona. Média de 35 Km/litro no percurso de nosso teste. O nosso percurso não é nem um pouco “amigável” em termos de economia de combustível. Trânsito intenso, cheio de anda-para (o sistema que desliga o motor faz diferença) fizemos o percurso de 207 Km, com 5,37 lirtros de gasolina (média de 38,57 Km/litro).
Enquanto isso, o piloto vai sofrendo as consequências dos buracos. Os muitos buracos nas vias que constam do nosso percurso de testes para motos e scooters pequenos.

Postura confortável para o piloto

Postura confortável para o piloto

Parece que o desenvolvimento da suspensão do PCX foi feito para as vias de paises mais bem tratados em termos de pavimentação das ruas. Apesar do bom tamanho das rodas, em velocidades até abaixo das normais, o condutor sofre bastante com o pequeno curso e o set-up duro das suspensões, dianteira e traseira. Uma “dica” que atenua um pouco os efeitos da buraqueira é usar o apoio para as costas. Forçando um pouco os pés contra a plataforma e apoiando as costas, se atenua um pouco o efeito da buraqueira.

Suspensão dura não tem regulagem de pré carga das molas

Suspensão dura não tem regulagem de pré carga das molas

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Apesar de chacoalhar bastante, o conjunto se mostra bastante estável e não realiza nenhum movimento parasita. O chassi faz muito bem o seu trabalho, mesmo com os impactos que a suspensão deixa passar.

É compreensível o problema, consequência do “compromisso” que existe na concepção dos scooters. O motor fica acoplado ao sistema de suspensão, fazendo o papel da balança traseira nas motos convencionais. Acarreta disso a grande massa (motor e transmissão) que fica sujeita aos trancos inerentes ao movimento da suspensão, e o “compromisso” de abrir espaço para bagagem onde estaria um motor de moto gera problemas ao funcionamento da suspensão. A grande massa não suspensa reage com grande inércia aos movimentos da roda quando sofre um impacto. Esse impacto é transmitido ao piloto, invariavelmente.
Agrava o problema no PCX a agregação de tantos sistemas “high-tech” ao motor. Arrefecimento líquido e os componentes do sistema “stop-start”. Implica em mais massa ao conjunto propulsor.

Mas quando você sai das vias locais e pega uma boa avenida, ou mesmo rodovia ela mostra suas melhores qualidades. O motor empurra bem e ao chegar em 80 Km/h no velocímetro (ela tem 10% de erro a mais nesse instrumento) ela começa a crescer o motor. Um melhor aproveitamento para velocidade máxima é obtido com um mapeamento especial para essas condições.

O motor é muito compacto, deixando bastante espaço para bagagem - Arrefecimento a líquido e injeção eletrônica ajuda nas emissões e mantém boa performance

O motor é muito compacto, deixa bastante espaço para bagagem – Arrefecimento a líquido e injeção eletrônica ajuda nas emissões e permite otimização da eficiência para boa performance

O resultado é que ela chega aos 110 Km/h (ou 100Km/h reais) com facilidade e pode manter por longo tempo nessas condições. Sobe e desce rampas, conseguindo uma média de velocidade muito boa para um scooter dessa categoria. Aos 110 Km/h reais (120 no velocímetro) o sistema de corte de segurança evita maiores velocidades, que até seria possível em descidas. Porém a ciclística já está perto do limite e então esse corte nos parace bem acertado, para maior segurança.

O PCX tem estrutura central no chassi tubular, bom esterço na direção para agilidade no trânsito, trail generoso e distância entre eixos regular permite boa estabilidade em velocidade, coisa rara em scooters pequenos

O PCX tem estrutura central no chassi tubular, bom esterço na direção para agilidade no trânsito, trail generoso e distância entre eixos regular permite boa estabilidade em velocidade, coisa rara em scooters pequenos

Em termos de dirigibilidade o PCX também se mostra acima da média. Tem a mesma agilidade dos pequenos scooter de rodas menores e mais curtos, por causa da grande amplitude de esterço do guidão. Geometria inteligente, com grande angulção do eixo da direção, (rake) asociada à uma regular distância entre eixos e pouca largura do corpo do scooter permite manobras rápidas e com muita agilidade, sem perder em dirigibilidade em velocidades maiores. Uma boa qualidade para trafegar entre o mar de carros de uma grande cidade.

No freio combinado da Honda o pistão central da pinça dianteira funciona junto com o freio traseiro para melhor equilibrar a frenagem

No freio combinado da Honda o pistão central da pinça dianteira funciona junto com o freio traseiro para melhor equilibrar a frenagem

Freios são os famosos freios combinados da Honda. Três pistões na pinça dianteira onde dois são acionados pelo sistema de freio dianteiro e o traseiro atua junto com o tambor traseiro, o pistão central da pinça dianteira, de forma que se acionado somente o traseiro o dianteiro freia junto, de forma combinada. Diâmetro de 220mm no disco dianteiro e tambor de 130mm na traseira dão boa força de frenagem e uma modulação compatível.

Enfim, o PCX veio preencher uma lacuna que existia entre os pequenos scooters e os de média cilindrada. Como nas motos street, 150 cilindradas permite trafegar com um pouco mais de desenvoltura nas rodovias, sem abrir mão da economia e agilidade no trânsito. Diferencial nesse caso fica por conta do sistema “stop – start”, injeção eletrônica e arrefecimento líquido. Promete sucesso porque afinal, já está na hora de nossos governantes tomarem vergonha e manter uma qualidade melhor no calçamento das nossas vias. Não são só os scooters que sofrem. Todo deslocamento da produção do país fica comprometido porque provoca um excesso de manutenção em todo tipo de equipamento de transporte viário.

 

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Tabela de consumo