As motos 4 cilindros parecem que estão com os dias contados. Regulamentos de emissões de ruídos e gases mais rigorosos estão mudando o mercado. Talvez você não tenha percebido, mas essa transformação já começou – e mandou vários modelos icônicos para a aposentadoria.
Por que motos 4 cilindros estão chegando ao fim?
As fabricantes estão sempre evoluindo seus produtos. Nessa constante, reduzir custos de produção é uma das leis dentro do mercado. Sendo assim, com a novas tecnologias, a indústria tem optado por conjuntos mais racionais frente ao clássico e extravagante motor 4 cilindros.
Somado a isso, as normas de emissões e consumo têm apertado cada vez mais o cinto de fabricantes. Assim, mais e mais as motos 4 cilindros tem se tornado coisa do passado. Com exceção de algumas superesportivas de nicho, marcas estão optando por motores menores.
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Hornet, XJ, GSX – modelos do passado
Muitos brasileiros ficaram chocados ao descobrir que a nova Hornet lançada na Europa não é mais uma moto 4 cilindros. Por lá, o modelo que ressuscitou o nome é movido por um propulsor de 755cc, 2 cilindros em linha, OHC. Com 92 cv, é um motor poderoso, leve~e eficiente. Mas não tem o apelo emocional dos 4 cilindros e seu ronco inconfundível.
Falando na Hornet, o Brasil já havia visto um caso semelhante de “downsizing” muito antes, com a sua rival Yamaha XJ. Lançada no país em 2004, 10 anos depois a moto 4 cilindros saia de linha no Brasil. O motivo? A chegada da Yamaha MT 07, com seu motor de dois cilindros em linha – entregando quase a mesma potência!
Mais recentemente, foi a Suzuki que mudou as coisas. Ao invés de uma atualização da GSX-S 750, a nova representante da marca no segmento passa a ser a bicilindrica GSX-8S. Além disso, na Europa, a grande GSX-R1000 já deixou o mercado em função das mais recentes normas de emissões.
Por lá, a nova norma de homologação Euro 5+ está colocando um fim nos grandes e antigos motores 4 cilindros. A marca que optar em não realizar uma grande atualização – as vezes inviável financeiramente para o projeto – vai ficar sem o produto no mercado.
Nesse sentido, modelos como a referida GSX-R1000 e Yamaha R1 já estão se retirando das opções de motos 4 cilindros homologadas para rodarem nas ruas. Enfim, parece que os grandes motores serão cada vez mais raros nas ruas!