A Suzuki pretende continuar a explorar todo o potencial dos combustíveis! Uma abordagem ousada, visto a exigência mundial, cada vez maior, em reduzir o número de emissões. Seria ela uma inimiga das motos elétricas? Confira o que diz a marca.
Posição da Suzuki sobre as motos elétricas
A Suzuki afirma que deve adotar uma abordagem multifacetada para atingir as metas de baixa emissão. Contudo, não deve investir todas as fixas nas motos elétricas. A marca pretende realizar investimentos em tecnologias de combustível sintético, bem como investimentos na propulsão de hidrogênio.
A princípio, essa postura continuará pelo menos até a próxima década. Segundo Shinichi Sahara, Gerente de Departamento de Planejamento de Design de Motocicletas da Suzuki, essa será a abordagem para motocicletas de maior capacidade.
Ou seja, enquanto nas pequenas scooters a marca vai utilizar motores elétricos alimentados por bateria, nas motos com maior deslocamento será diferente. Para as grandes máquinas a empresa já trabalha nos referidos motores a hidrogênio e combustíveis neutros em carbono.
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GSX-R1000 – o futuro e o passado
O anúncio sobre os planos da Suzuki foi realizado durante o “Team Suzuki Carbon Neutral Challenge” que aconteceu junto da corrida das 8 Horas de Suzuka. Ainda durante o evento, a equipe competiu com uma GSX-R1000R experimental, que empregava uma gama de tecnologias sustentáveis.
A moto protótipo incluiu óleo de motor de origem biológica da Motul, um escape de corrida sob medida da Yoshimura com um conversor catalítico. Além disso, tinha pneus Bridgestone feitos de material amplamente reciclado. Por fim, rodava com gasolina com 40% de base biológica.
Contudo, é improvável que muitos detalhes vistos desse projeto cheguem na produção em massa. Porém, com exceção, elementos como os combustíveis sintéticos, provavelmente chegarão às motos cotidianas.
Por outro lado, a marca já confirmou que atualizar a GSX-R1000 seria inviável com base apenas no custo – apesar do sucesso da versão experimental nas 8 Horas de Suzuka. Segundo a direção da Suzuki, se não for economicamente realista para os clientes, não há como produzir essa motocicleta.
Após uma linhagem de 21 anos, a GSX-R1000 ganhou seu fim da linha na Europa e no Japão, em função dos novos regulamentos de emissões Euro 5. Entretanto, a moto permanece disponível em outros mercados ao redor do mundo, inclusive no Brasil.