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O índice de acidentes caiu 5,6% em 2008 e o de mortes, 15% em relação ao ano anterior

Os R$ 5 bilhões de investimentos para melhorar o tráfego e aumentar a segurança dos usuários nos 22 mil km de estradas no Estado de São Paulo proporcionaram uma redução nos índices de acidentes e mortes por acidente em 2008. Balanço da Secretaria de Estado dos Transportes mostra uma queda de 5,6% no índice de acidentes nas estradas estaduais em relação a 2007. No ano passado, foi registrado um índice de acidentes (IA) de 1,34 contra 1,42 do ano anterior.

O índice de mortalidade, que representa os acidentes com vítimas fatais, apresentou uma queda de 15,1%, saindo de 3,86 em 2007 para 3,28 em 2008. Em números absolutos, 2.216 pessoas morreram em acidentes em 2008 contra 2.416, em 2007. Ou seja, foram poupadas, pelo menos, 200 vidas. O índice de acidentes é calculado pela relação entre número de acidentes, quilômetros de estradas e volume diário de veículos nas estradas, usando como base da unidade a cada 100 mil veículos.

Apenas em 2008, foram investidos, pelo Departamento de Estradas e Rodagens – DER, R$ 2,8 bilhões em obras rodoviárias de pavimentação e duplicação, de recuperação de estradas vicinais e estaduais e na patrulha rodoviária. A Dersa – Desenvolvimento Rodoviário S.A.- investiu, com a construção do Rodoanel Sul e obras viárias, R$ 1,9 bilhão e, as concessionárias, R$ 729 milhões.

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Os bons resultados em segurança nas estradas se devem ao intenso trabalho realizado pelo Governo do Estado, por meio do DER, da Dersa e das empresas concessionárias do Estado, tem feito nas vias estaduais. Além de uma melhor qualidade na pavimentação, a sinalização tem sido uma prioridade e o pronto atendimento a qualquer vítima também é uma preocupação constante. “Quando pensamos em obras e em manutenção de estradas, temos como prioridade a segurança dos motoristas e das pessoas que circulam próximo à rodovia”, afirma o secretário de Estado dos Transportes, Mauro Arce.

Os investimentos em estradas não são pontuais e temporais, mas refletem um trabalho ao longo dos anos. Para se ter uma idéia, o número de Unidades Básicas de Atendimento (UBAs) cresceu de duas em 1999 para 40 em 2008. Hoje, elas atendem mais de 400 mil pessoas por ano em 8 mil quilômetros de rodovias. Além disso, o Estado conta com o telefone 0800 para que a pessoa possa pedir socorro de onde estiver. E os atendimentos cresceram muito. Em 2001, 144 mil pessoas telefonaram para o serviço. Em 2008, foram 5,5 milhões: um aumento de 38 vezes nas ligações.

Aliás, investir em cuidados com as estradas pode se reverter em economia para áreas como a de pronto-socorro às vítimas. Com a diminuição dos acidentes em 2008, é possível afirmar que o Estado de São Paulo economizou R$ 400 milhões que seriam gastos com socorro das vítimas. No total, segundo estudos realizados com base nos dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), os custos com acidentes em 2008 foram de R$ 3,3 bilhões.

Acidentes mais comuns
Os choques entre veículos e objetos fixos ou sem movimento é o mais comum, representando 27,2% dos casos de acidentes em 2008. A colisão traseira vem, em seguida, com 17,6% e a colisão lateral, em terceiro com 13,6%. O horário com maior índice de acidentes é das 18h às 19h, exatamente quando a luminosidade é precária por causa do crepúsculo e o movimento é grande.

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Uma das grandes preocupações da Secretaria dos Transportes é a questão dos atropelamentos, que chegaram a 1.749 somente em 2008. Felizmente, houve uma queda de 6,6% no número de vítimas fatais nesse tipo de acidente em relação a 2007. Há uma divisão quase igualitária entre as formas como as vítimas de atropelamento se encontravam nas estradas. Os pedestres representam 51,7% dos acidentes e os ciclistas, 48,3%. Por isso, o Estado conta com 268 passarelas por toda sua malha viária espalhadas exatamente nos locais onde são mais necessárias.

Os índices dos últimos dez anos mostram que esses bons resultados não são um fato isolado, mas parte de uma série de medidas que tem consolidado um número menor de acidentes. Em 1998, foram registrados 718,1 acidentes (a cada 100 mil veículos); em 2008, esse número caiu para 434,7 acidentes, uma redução significativa de cerca de 40%. Em relação ao número de vítimas fatais (a cada 100 mil veículos), no mesmo período, a queda registrada foi ainda maior, passando de 28,2, em 1998, para 12,4 em 2008, redução de 56%.