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Foto: ZeroX - Bitenca

Foto: ZeroX - Bitenca

Tenho uma XT 660 e gostaria de saber qual relação usar na moto para dar mais final, sendo que to usando a relação original,15×45. Gostaria de saber se tem outra relação pra colocar ou o que fazer. Obrigado!!! Rogério, 30, Franca, SP.

R: Rogério, a montadora faz uma avaliação da melhor relação final para o uso que o departamento de marketing determinou para a moto. Se o seu caso específico for diferente dessa avaliação mude a relação, com um pinhão 16, (se couber na carcaça) mas veja. A fábrica identifica a velocidade máxima possível de ser atingida com a potência do motor na rotação de pico. Nessa rotação eles verificam qual a força de atrito com o ar e etc. que o motor pode vencer e adiciona uma pequena reserva para eventuais subidas e outras condições. Essa é a velocidade máxima que o motor consegue com sua potência e não haverá relação final que possa mudar essa condição. Portanto, há uma relação ideal para que a potência do motor seja aproveitada ao máximo e a fábrica fornece a moto com a relação original muito próxima desse ideal. Ela nunca vai subir ao se aumentar a desmultiplicação (menos voltas no motor para uma na roda). Por esse motivo, só haverá ganho na velocidade final se a resistência ao movimento diminuir, como um vento a favor, descida, ou se houver uma alteração da curva de potência em relação às rotações do motor. Quer dizer que na moto original dificilmente a velocidade final melhora, só se a fábrica errou nessa avaliação, coisa difícil..
Outra coisa. Há uma tendência em acreditar que as motos trail tenham a relação final “curta” por causa das condições “off-road” que determinam taxas de aceleração superiores. Mas isso não é verdade nas motos modernas, pois nessas os câmbios já têm um escalonamento apropriado para esse tipo de uso, ou seja “on road” tanto quanto “off-road”. A última marcha será sempre para a relação ideal de velocidade máxima “on” e a penúltima será utilizada na máxima velocidade “off”, na maioria dos casos. Poderá ser até utilizada a última marcha no “off”, mas em poucas ocasiões, de condições ideais.Abraços.

Sobre o carta dos leitores: 24/9/2009 – Tendenciosos e Estalos embaixo.Vocês colocam como explicação ao Jeferson de Cuiabá, que o foco da CB300 R não é a esportividade, mas agora lhes pergunto, o R no nome é o que? Não estou criticando, é uma dúvida, pois pra mim era de Racing, e com isso a final importa, e muito. Teria outro significado o R do nome dela? Abraços, Felipe, 22, Cruz Alta RS.

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R: Felipe, claro que o “R” remete à esportividade, mas na Honda as super-esportivas normalmente recebem a sigla RR. O significado das letras utilizadas nos nomes das motos tem seu sentido verificado pelas pesquisas feitas pela marca. De fato, o resultado da empresa em identificar o nome da moto com a imagem que seu departamento de marketing pretende depende mais do enfoque dado nas campanhas e assim o significado das letras pode ser de certa forma “fabricado”. Abraços.

Sabemos que tanto a i.e quanto os modelos flex ou mix estão avançando sobre os novos modelos da Honda de baixa cilindrada. Já passamos por Biz, CG e agora a Bros. Será que podemos esperar esse mesmo feito nas 300cc?? Obrigado! Tony, 26, Recife, PE

R: Tony, isso aconteceu com os automóveis e acho muito provável que ocorra também entre as motos. Claro que as fábricas vão se aproveitar ao máximo da demanda do veículo nas condições atuais até que não tenham mais jeito e sejam forçadas a oferecer o sistema flex como argumento decisivo de venda. Outras marcas devem acompanhar a tendência também, como ocorreu nos automóveis, veremos. Abraços,

Amigos, gostaria de algumas dicas e conselhos. Hoje levei minha Bandit 650 07/07 para fazer a inspeção veicular e fui reprovado. O nível de COc ficou em 7,30 % e o limite é 7,00 %. O rapaz repetiu a análise, perguntou se a moto ficou muito tempo parada e a acelerou três vezes, conforme o procedimento do aparelho, ele informou. Só uso em finais de semana, ela tinha ficado uns 10 dias parada, mas andei cerca de 15 km até o centro de inspeção, então deve ter chegado aquecida lá. Está com gasolina texaco plus no tanque, tem 7000 km, acabei de fazer a revisão dos 6K (trocaram velas, filtros e td). Pergunta: vale levar de novo na concessionária para verificar se há algo errado ou uma viagem vai fazer ela respirar melhor? abraços e parabéns pelo notável trabalho. Fábio, 27, São Paulo, SP

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Fábio, há vários enfoques a abordar. Se a gasolina ficar estacionada por algum tempo, os compostos mais voláteis “escapam” da mistura e a concentração dos hidrocarbonetos aumenta como resultado de uma combustão incompleta. (CO). Outra coisa é o ajuste da marcha lenta que pode estar com pouco ar. O retorno à concessionária e um reajuste do TPS (sensor de posição do acelerador) pode melhorar a relação ar/gasolina para uma proporção mais próxima do ideal, 14:1. Equivale a deslocar todo o mapa da injeção para mais ar, o que pode prejudicar em determinadas situações, deve ser feito na concessionária. Outra coisa é a válvula PAIR que pode não estar injetando o ar em quantidade suficiente para completar a combustão. Um pequeno aparelho está sendo testado pelo Motonline que monitora a mistura e informa o piloto em tempo real a situação da injeção. Vamos ver como se comporta e assim que tivermos os resultados publicaremos. Pode ajudar bastante os motociclistas paulistanos numa hora como essa. Em todo caso boa sorte, foi por pouco acho que com um pequeno ajuste você passa.