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Foto: Idário Café / Divulgação

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Espanhol, 34 anos, dono de três títulos mundiais de moto no Rally Cross Country e dois no Rally Dakar. Para enriquecer o currículo, Marc Coma vem pela terceira vez ao Rally Internacional dos Sertões tentar superar seus adversário e conquistar seu primeiro título em terras brasileiras.

Em cima de uma KTM 690 Rally e levando consigo o número 1, Coma falou sobre as dificuldades encontradas no Sertões, o status que a competição brasileira tem adquirido no cenário do off road mundial e sobre seus principais adversários, apontando o brasileiro José Hélio como o homem a ser vencido nesta 18ª edição do segundo maior rali do planeta.

Confira abaixo a entrevista concedida pelo piloto espanhol.

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O que faz do Rally dos Sertões uma competição especial?
MARC COMA- Muito difícil por causa da distância, muitos dias, e as condições do terreno brasileiro são muito exigentes para o piloto e para a moto. São etapas de 500 quilômetros, em todo tipo de terreno. Para você ter uma idéia, apenas uma etapa do Mundial tem 500 quilômetros. No Sertões, isso é apenas um dia. O Mundial é completo, cada etapa tem uma característica distinta: dunas gigantes em Dubai e na Tunísia, a navegação extremamente difícil na Sardenha… E o Sertões reúne todas elas, tem um pouco de cada uma. O Jalapão, por exemplo, é diferente de todas. Além disso, sempre há muito calor em todas as etapas.

Qual é a parte mais difícil do rali?
MARC COMA-O Sertões é uma prova muito completa. Em 2009 tivemos problemas mecânicos e isso atrasou a nossa classificação. Mas quando estamos ao redor do Jalapão é a parte mais difícil, mas as outras também são importantes.

E o que há de tão difícil na região do Jalapão?
MARC COMA-Na minha primeira participação, em 2006, minha moto quebrou o câmbio lá e demorei quatro dias para voltar a São Paulo.

Muita gente reconhece o Rally dos Sertões como a melhor preparação para o Dakar. Você concorda com isso?
MARC COMA-O Dakar é a corrida mais importante do ano. Todo o nosso trabalho está focado nele. Mas temos que reconhecer que o Sertões está crescendo muito nos últimos anos e é o rali mais importante do Brasil. Além disso, o Sertões está abrindo suas fronteiras, e isso está sendo reconhecido lá fora.

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E a concorrência ao título? São muitos adversários?
MARC COMA-A concorrência é muito forte, sem dúvida. E tem crescido muito nos últimos anos. O Zé Hélio tem muita experiência, conhece bem a logística toda, está no país dele. Ele é o alvo, o piloto que todos querem vencer. Sempre há um grupo de pilotos mais forte, mas o Zé Hélio é um pouco superior a todos.

Sua moto traz novidades para o Sertões deste ano?
MARC COMA-Continuo com a 690 KTM Rally, para este rali é um pouco grande, mas é a que eu uso no Campeonato Mundial, e a mesma do Dakar. Digo que ela é grande para o Sertões porque este é um rali técnico, sem tantos trechos de alta velocidade, como acontece por exemplo no Dakar. Aqui os trechos são mais travados, sinuosos, com muitas lombas, exigindo técnica e boa navegação. Por isso ela é um pouco grande para este tipo de competição específica, mas isso não representa tanta dificuldade.

Sobre o 18º Rally Internacional dos Sertões: Com patrocínio de Petrobras, Gillette Desodorantes e Camargo Corrêa, a 18ª edição do Rally dos Sertões conta com o apoio dos Estados de Goiás, Tocantins e Ceará e do Ministério do Esporte através da Lei de Incentivo ao Esporte. O evento ainda conta com supervisão da FIM (Federação Internacional de Motociclismo), da CBM (Confederação Brasileira de Motociclismo) e da CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo).