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O Engenheiro Chefe do fornecedor oficial de pneus de MotoGP resume a 14ª jornada no circuito MotorLand Aragón.O Grande Prémio de Aragón viu disputar-se a sua segunda edição, o que deu aos pilotos e equipas que competiram na prova do ano passado, bem como à Bridgestone, o benefício da experiência.

Masao Azuma – Engenheiro Chefe, Bridgestone Motorsport

Masao Azuma – Engenheiro Chefe, Bridgestone Motorsport

 O fim-de-semana de corrida teve um início pouco usual quando os treinos de sexta-feira foram adiados para a manhã de sábado na sequência de uma falha de energia na região e que deixou o circuito sem electricidade. As condições na sexta-feira e sábado estiveram muito quentes, mas no dia da corrida o céu nublado e o vento forte fizeram baixar as temperaturas. Mesmo assim, Casey Stoner assinou novo recorde da pole e novo recorde do traçado a caminho da vitória à frente de Dani Pedrosa e Jorge Lorenzo. O desgaste dos pneus era ponto importante para a corrida e uma boa gestão das borrachas e afinação eficiente foram particularmente importantes.

O que pode dizer do desgaste dos pneus na corrida?
“O desgaste dos pneus foi claramente um factor crucial na corrida, mas dentro do esperado. O desgaste dos pneus foi mais rápido para uns que para outros, como seria de esperar, mas por exemplo vemos que o Casey, apesar dos seus tempos por volta terem baixado a meio da corrida, tal aconteceu de forma consistente.

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“A este elevado nível do motociclismo a selecção dos compostos dos pneus é sempre um equilíbrio entre prestações de aquecimento e durabilidade ao longo da distância da corrida. Maximiza-se uma em detrimento de outra de outra. Esta época os pilotos têm pedido especificamente pneus com melhor capacidade de aquecimento para melhoria da segurança nas primeiras voltas e mostraram-se contentes por sacrificarem um pouco a durabilidade por isto, e foi exactamente isso que vimos no domingo.”

“Os tempos por volta indicam que a prestação de aquecimento dos nossos pneus foi muito boa hoje, mesmo com a temperatura da pista 13ºC mais baixa que no GP de Aragón do ano passado. O Casey rodou abaixo do anterior recorde logo na segunda volta da corrida, enquanto o seu novo recorde do traçado foi estabelecido na quarta volta e os dez pilotos mais rápidos assinaram as suas melhores voltas nas primeiras seis passagens pela meta, pelo que não se pode pedir muito mais em termos de prestação de aquecimento dos pneus. E, como já disse, o reverso desta medalha é a redução da prestação do pneu vai depois cair porque a durabilidade não é tão boa.”

“O asfalto e as condições de Aragón também encorajam o desgaste dos pneus – o circuito começou por estar muito sujo na sexta-feira e o desgaste foi muito elevado nessa altura, uma vez mais como esperado. Conforme foi ficando limpa ao longo do fim-de-semana o desgaste melhorou, mas durante a corrida ainda havia sujidade fora da trajectória, o que fez com que os pilotos que estavam envolvidos em lutas tenham sofrido mais com isto porque tiveram que sair da linha ideal para atacarem ou defenderem. O desgaste dos pneus no domingo não foi um problema, foi apenas um factor de tudo o que disse.”

Porque é que houve um passado em frente nos compostos médio e extra duro?
“Sabemos do ano passado e das nossas análises continuadas do circuito e das suas características que a durabilidade do pneu frontal seria crucial, especialmente em travagens fortes nas curvas em descida e que boa resistência ao desgaste e durabilidade seriam importantes. Os compostos médio e extra duro têm temperaturas de funcionamento semelhantes, pelo que podem ser usados nas mesmas condições, mas escolhemos os slicks de composto médio pela sua melhor aderência, o que funcionou bem para o Álvaro e a Suzuki, e o composto extra duro para melhor estabilidade e nível de desgaste. Tendo em conta as condições, estes foram os preferidos pela maioria dos pilotos para a corrida.”

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