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Quando me casei, 1 ano e 2 meses atrás, minha vida tomou novos rumos. Casa nova, família nova, carro novo, porque não adicionar o valor de uma motocicleta nova?

Liberdade sobre duas rodas, ir e vir sem prestar contas aos árabes do petróleo ou aos governantes e seus pedágios! Estava me sentindo o próprio Steve MacQueen.

Decidi optar por um modelo de baixa cilindrada, para pegar o estilo de pilotar, aprender a cair e especialmente a não cair. Olhei todos os modelos 125 e 250 existentes no mercado e acabei optando pela pseudo-custom Suzuki Intruder 125.

De início ponderei : barata, leve, confortável, ficará muito bonita quando eu a equipar.

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Isto feito a moto ganhou um ar de moto grande, todos ficavam me olhando em semáforos e estacionamentos. Talvez pela novidade: porque raios alguém equipa uma mera 125cc com ‘dogkiller’ e ‘sissybar’ ?

A seguir decidi ampliar o conforto adaptando pedaleiras avançadas no ‘dogkiller’, o que me permitia andar por longos períodos alternando entre pernas esticadas ou pernas dobradas, conforme meu gosto.

Após notei uma deficiência crônica na iluminação; o farolzinho com lâmpada de 35W era insuficiente para ser uma luz que me guiasse. Assim, com auxílio de um amigo mecânico, adaptei logo 2 faróis auxiliares de 55W cada um, facilitando muito o viajar de noite.

De pronto notei o espírito custom da moto, nunca fiquei sem bateria nesses 1 ano e 2 meses de paixão, e o sistema elétrico suportou sem problemas a bem-feita instalação dos faróis.

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A seguir decidi o impensável, viajar ao Rio de Janeiro com uma 125cc no mais puro estilo ‘easy-rider’, sem pressa de chegar, sem data para retornar, sem caminho certo …

Para a viagem preparei uma bolha, também chamada de pára-brisa. Escolhi o único de policarbonato vendido no pais, pela maior segurança em comparação aos de acrílico, comprei também alforjes de couro para levar as ‘Eliozices’ e as ‘Esposices’, mas notei que eram um prato cheio à bandidagem, pois com um leve puxão podiam ser removidos!

Adaptei um suporte de aço e comprei um cadeado de notebook, isso mesmo, uma peça de informática! pois são feitas de aço inox, longa o suficiente para dar a volta em todas as malas, com trava reforçada e só abre com uma desconhecida chave tipo O.

Fui e voltei nessa minha primeira estrada longa, como havia saído de casa : incólume; exceto pelos novos e velhos amigos que a estrada me trouxe e as inesquecíveis paisagens e emoções vividas … especialmente para um casal recém-casado.

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A motinho por ser 125 não decepcionou em nenhum instante, respeitadas as dimensões e características dela, e as condições da estrada. O espírito dela é estradeiro, mas o motor é urbano. Realmente sinto tristeza por não poder comprar uma Intruder 250cc zero quilômetros, menos ainda a lendária Intruder 400cc, vendida no final dos anos 70, começo dos anos 80.

Hoje pretendo comprar uma 250cc mas me desfazer desta Intruder tem sido um dilema, ressaltando que pelo visto não haverá separação, exceto se for de modo litigioso.

Espero que este singelo texto sirva como guia para novos pilotos de moto e aventureiros que têm certo medo de pegar estrada com suas motos, seja uma simples Hunter 90 ou uma poderosa multi cilíndrica.

Quem for comprar uma moto nova, recomendo, comece devagar, com uma cilindrada baixa; e para pegar estrada com conforto e segurança, aconselho uma de 250cc.

Com duas rodas, céu azul e estrada limpa, lá vou eu! … Carpe diem !