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Superbike Series, foto de Vinicius Fonseca / Rush Motorcycles

As corridas da Superbike Series, com entrada franca ao público nas arquibancadas e a 30 reais para os que quiserem circular pelo padock e ver de perto máquinas e pilotos, mostram um reencontro do público brasileiro com o motociclismo. Com provas para muitas  categorias, vem aumentando consideravelmente também o número de pilotos e equipes em ação. E o destaque está nas motos da categoria 600 cilindradas, como as Kawasaki, Yamaha, Honda e Triumph, praticamente as mesmas que andam nas ruas, travando na pista a disputa mais acirrada da série.

Dudu Costa Neto (Kawasaki) o líder do campeonato, e Eric Granado (Triumph).

Começando pelas motos, nesta temporada temos o domínio das Kawasaki 600. Nada que não possa mudar, na dependência do lançamento de novos modelos das fábricas, ou no desenvolvimento delas pelas equipes. Entretanto, essa possibilidade do desenvolvimento pelas equipes é menor, pois a essência da categoria é ser amadora, com o menor custo possível.

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Dudu Costa Neto (Kawasaki) o líder do campeonato, e Eric Granado (Triumph).  Vinicus Fonseca / Rush Motorcycles

A maior equipe da Superbike Series é  a Mobil Rush Racing Team, com cinco pilotos e que na terceira etapa assumiu a liderança com o veterano Dudu Costa Neto. Nela há três Kawasakis, uma Honda, uma Yamaha e também uma Triumph, que na verdade não está disputando o certame, embora seja vencedora de várias corridas longas. Ela vem usada no programa de treinos no Brasil de Eric Granado, que está correndo no campeonato espanhol de 125 Especial, com uma Aprilia.

Como nas demais equipes, o ponto central da preparação dessas motos para entrar na pista fica no acerto eletrônico do motor, além da susbstuição de carenagens, inversão das marchas no pedal e uso obrigatório de pneus iguais, de patrocinador, por todos os concorrentes.

Esse acerto eletrônico, feito no que também pode ser chamado de “centralina”, muda a potência, o torque e principalmente a sua “entrega” nas faixas de rotação dos motores. Não é coisa simples, como eram as “carburagens” nos motores mais antigos, pois a injeção eletrônica requer mão de obra, equipamento e programas de computador especializados.

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Há várias opções desses programas, como o italiano “Rapid Bike”, entre os preferidos das pincipais equipes. E alguns fabricantes, caso da Kawasaki, têm seus programas para times da marca.  A Mobil Rush Racing Team tem usado até agora o Rapid Bike, sob a orientação do famoso preparador Fernando Del Franco, mais conhecido nas pistas e entre os motociclistas de rua como o “Boi”. Ele é tão requisitado que tem um box de alto nível técnico montado nas corridas, para atender outros pilotos com a sua equipe especializada.

Esse gerenciador eletrônico de motores da Kawasaki, já usado por algumas outras equipes na Superbike Series brasileira, será a opção da Mobil Rush Racing Team para suas Kawas no desenvolvimento para as próximas provas, conta o preparador Boi. O programa não é vendido pelas concessionárias e as equipes o tem comprado do departamento de competições da marca nos Estados Unidos.

O líder Dudú Costa Neto, que é também instrutor de pilotagem de corridas, está à frente no campeonato basicamente pela sua regularidade, sempre no pódium após as provas. Sua expectativa sobre o desenvolvimento das motos é moderada, frisando que agora com mais essa opção de gerenciamento eletrônico vão poder comparar parâmetros e resultados – por isso a equipe continuará usando os dois sistemas, até porque o Rapid Bike é usado também nas Honda, Yamaha e Triumph da Mobil Rush Racing Team. Quanto à expectativa por vitórias e liderança no campeonato, Dudu opta pela praxe ao opinar: “corridas são corridas, eu só acho alguma coisa depois da bandeirada.”