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O IV Fórum Abraciclo – Mobilidade & Segurança em Duas Rodas, realizado recentemente, em São Paulo, com mediação do jornalista especializado Geraldo Simões (Tite), discutiu no painel “Brasil Busca a Segurança em Duas Rodas a importância de uma boa educação de trânsito e a prudência na condução da motocicleta, um veículo que já se tornou fundamental para vários serviços de utilidade pública.

Cezinha, Hugo Leal, Samuel Ometto e Geraldo ¨Tite" Simões, em debate no IV Fórum Abraciclo

Cezinha, Hugo Leal, Samuel Ometto e Geraldo Tite Simões, em debate no IV Fórum Abraciclo

Samuel Ometto, coordenador da Unidade Rápida de Atendimento por Motociclistas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) da cidade de São Paulo, afirmou que o uso da motocicleta trouxe um grande benefício aos serviços de saúde pública, a partir de 2009. “Somente em São Paulo são utilizadas 38 motolâncias (motocicletas para primeiro atendimento de socorro), com pilotos qualificados em prestar assistência e socorro às vítimas e desde o início do uso das motolâncias, nenhum de nossos motociclistas-socorristas sofreu acidente grave em circulação pelo trânsito, devido, em grande parte, ao treinamento especializado que recebeu”, explicou.

Ele explicou que, hoje, é possível prestar atendimento rápido para quem sofre uma parada respiratória, por exemplo, ou outros problemas clínicos. “Em resumo, graças ao atendimento feito com a moto, é possível aumentar as chances de sobrevivência das pessoas, devido à mobilidade que ela nos oferece, adentrando lugares em que a ambulância não tem fácil acesso”.

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Segundo o presidente do Carpe Dien, um dos maiores motoclubes do Brasil, Cezar Augusto de Oliveira, o Cezinha, desde que haja um treinamento eficiente para qualificar os condutores e o uso de equipamentos adequados, a pilotagem se torna mais segura. “Os integrantes do clube estão devidamente preparados para pilotar em rodovias com segurança, mesmo em longas distâncias, e, acima de tudo, fazem isso com prazer”, comentou o presidente. Ele relatou que, além de receberem as orientações e instruções no curso de conduta realizado gratuitamente, todos utilizam os equipamentos de segurança necessários para uma boa condução. “O que precisamos é reduzir a carga tributária que incide sobre os equipamentos de segurança, para que os motociclistas de todas as classes sociais tenham acesso a itens de qualidade e eficácia”, acrescentou.

Também participante do Fórum, o deputado federal Hugo Leal apontou sua atuação na tentativa de mudar o Código de Trânsito Brasileiro para adaptá-lo à realidade vivida hoje nas grandes cidades. “Quem compra uma motocicleta para substituir o transporte público, em seguida obtém a habilitação, mas não está preparado para enfrentar os desafios do trânsito”, afirmou o deputado.

Hugo Leal é a favor da segmentação, por faixa de cilindradas, da categoria “A” da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), onde estão os motociclistas. “Hoje, existem diversos modelos de motocicletas e cada um possui sua peculiaridade. A condição de pilotagem de uma motocicleta de baixa cilindrada, por exemplo, é bem diferente em relação à de alta cilindrada. Não tem como preparar um bom condutor sem que ele seja treinado na categoria de veículo que ele irá utilizar”, finalizou.

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