Entre tantos lançamentos e novidades para o ano que está começando, reservamos um tempo para um merecido adeus. Afinal, a Suzuki GSX-S 750, um dos maiores sucessos que a marca já trouxe ao Brasil, oficialmente deixou o mercado. Uma moto marcante e importante demais para sair pela porta dos fundos. Por isso, vamos relembrar sua história de êxito, adrenalina e o som do poderoso motor 4 cilindros.
Suzuki GSX-S 750 saiu de linha
A despedida da GSX 750 era prevista desde o lançamento da GSX-8S. Assim como ocorreu como as Yamaha XJ6 e MT-07, uma tetracilíndrica saiu de linha para dar lugar a uma naked desenvolvida sob conceito mais moderno, resultando numa moto 2 cilindros, mais leve, versátil e de fácil manutenção. Não dá para culpar a Suzuki, são sinais dos tempos que vivemos.
A GSX-8S chegou ao Brasil em meados de junho de 2024 e, inicialmente, os dois modelos dividiram espaço nas concessionárias da marca. Entretanto, a 750 não está mais no catálogo da JTZ, marcando o fim das vendas no Brasil.
Um pouco da história da Suzuki GSX 750
A GSX-S 750 era baseada na lendária GSX-R 750, projetada para as pistas ainda nos anos 1980. O modelo foi lançado em 1985, buscando oferecer desempenho próximo de uma 1.000 cc em uma configuração mais compacta. Assim, a moto trouxe quadro inovador de alumínio que reduzia o peso em cerca de 8 kg em relação aos modelos da época. Equipado com um motor de quatro cilindros refrigerado a óleo, entregava 106 cv de potência e pesava 179 kg a seco.
A GSX-R 750 foi pioneira ao introduzir um conceito de motocicleta “Race Replica”, levando tecnologia de corrida diretamente para as ruas. Seu slogan, “Tecnologia e desempenho de pista por um preço acessível”, resumia bem a proposta que a tornou um sucesso mundial.
Em 1985, ela venceu provas no campeonato de superbike nos Estados Unidos e se destacou no campeonato inglês, consolidando sua reputação como uma “máquina de vencer”.
Esse sucesso nas pistas não apenas aumentou sua popularidade, mas também fortaleceu sua imagem como a moto ideal para quem buscava emoção e performance na condução. A GSX 750 logo se tornou objeto de desejo de muitos motociclistas brasileiros, especialmente a partir da década de 1990.
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Família 750 Brasil
A GSX-R 750 ganhou notoriedade no Brasil especialmente com o modelo 1996, popularmente conhecido como SRAD, em referência ao sistema de injeção direta de ar (Suzuki Ram Air Direct). Esse recurso aprimorou a performance ao aumentar a eficiência do motor em altas velocidades, consolidando a moto como uma das favoritas entre os motociclistas brasileiros fãs de velocidade.
Com o avanço dos anos, a Suzuki GSX 750 continuou a evoluir, sem perder sua essência de esportividade e inovação. A introdução da injeção eletrônica em 2000 foi um marco importantes para garantir que o modelo permanecesse competitivo em um mercado cada vez mais disputado.
Em 2004, o modelo passou por uma redução de peso, chegando a apenas 163 kg a seco, similar às motos de 600cc, mas evidentemente, com mais potência. A última grande mudança foi em 2011, quando a linha recebeu uma reformulação que incluiu melhorias no motor, no design e na parte ciclística. A versão de 2015 foi comercializada por aqui até 2016, quando entra em cena a naked GSX-S750. O modelo havia sido apresentado no Salão de Milão e começou a ser vendida no Brasil em outubro/ novembro do ano seguinte, em 2017.
História da GSX-S 750 no Brasil
Derivada GSX-R 750 Srad, a naked GSR 750 chegou ao Brasil em 2013. Tinha o mesmo motor da esportiva, com quatro cilindros em linha, 749 cm³, arrefecimento a líquido e duplo comando no cabeçote (DOHC). Entregava bons 106 cv a 10.000 rpm e 8,16 kgf.m a 9.000 rpm.
Em 2018, chegava sua evolução. A GSX-S 750 nasceu para ser um sucesso no Brasil. Com visual atualizado, novas tecnologias e o mesmo DNA das pistas, a naked surpreendia pelo desempenho entregue pelo motor de 114 cv e 8,2 kgf.m de torque.
Este êxito se refletiu em números, afinal o modelo foi a moto Suzuki mais vendida do Brasil em vários calendários. Além disso, seu design inspirou modelos menores da Suzuki e marcas parceiras, como a DR 160, modelo mais vendido da Haojue em território nacional.