As principais marcas de motos apontam para um futuro descarbonizado, com isso, investem pesado no desenvolvimento da sua frota de elétricas. No entanto, as eletrificadas não são uma unanimidade, especialmente pela estrutura básica de serviço de abastecimento e limitações de projetos.
Por isso, alternativas de combustíveis renováveis com zero emissão de carbono dividem espaço e uma moto a hidrogênio parece ser uma opção interessante. O assunto é tão relevante que despertou o interesse da Bosch, que planeja investir uma quantia bilionária para o desenvolvimento de uma infraestrutura de produção de hidrogênio. Confira!
Bosch e a moto a hidrogênio
A marca alemã especializada na produção de ferramentas e equipamentos de engenharia aposta na expansão dos veículos movidos a hidrogênio. Uma aposta de risco, visto que eles ainda estão em fase de desenvolvimento. Mas para a Bosch, a ideia é que até 2030 carros e motos a hdrogênio já estejam circulando em diversas regiões do mundo.
Em entrevista ao Le Repaire Des Motards, Rolf Najork, membro do conselho da Bosch afirmou que “no caminho para um futuro neutro em termos climáticos, devemos permitir que as indústrias de uso intensivo de energia mudem para energia renovável. O hidrogênio será um elemento-chave na segurança do abastecimento.”
A ideia é que apenas mudando o tipo de combustível utilizado, os países poderiam aproveitar a sua estrutura de abastecimento já existente. Além disso, a queima do hidrogênio emite ar quente e vapor de água, ou seja, poluição zero. Já em termos de desempenho do veículo, o hidrogênio pode oferecer a mesma autonomia de um combustível não renovável.
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Investimento bilionário
A Bosch planeja desembolsar a quantia de 1 bilhão de euros (mais de R$ 5,3 bilhões), para desenvolver uma infraestrutura de criação de combustível. Sendo assim, a marca vai colocar em operação o primeiro ciclo de hidrogênio de acoplamento setorial na sua fábrica líder da Indústria 4.0, em Homburg.
A princípio, a ideia é criar um sistema capaz de compactar o hidrogênio, armazenar e posteriormente distribuir entre as estações de serviço de hidrogênio. Por fim, a Bosch planeja instalar 4 mil estações desse modelo em diversas regiões do mundo até 2030.