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Quando mais vemos marcas recentes apostarem no segmento eletrificado, mais nos perguntamos quando veremos uma moto elétrica da Honda – ou de outras gigantes, como Yamaha – no Brasil. Este é o anúncio que muitos aguardam para enfim migrarem para as elétricas.

Se ainda não têm opções por aqui, as duas fabricantes oferecem várias motos elétricas no exterior, especialmente no Japão. E é de lá que vem produtos como o PCX híbrido, um modelo que gostaríamos de ter no Brasil.

 

PCXe, uma moto elétrica da Honda

O scooter PCX híbrido foi apresentado no Salão de Tóquio, ainda em 2017. Um ano depois, o modelo já estava à venda no Japão. Foi o primeiro da categoria com motorização movida a gasolina e eletricidade, produzido em série no mundo.

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Modelo chegou ao mercado japonês em 2018

Seu funcionamento utiliza o motor de partida como um propulsor elétrico auxiliar, alimentado por uma bateria extra de íons de lítio. Esse auxílio é dado a usina de 125 cc movida a gasolina. Isso faz com que o modelo tenha resposta mais rápida ao acelerador e desempenho superior.

Esse ‘gás’ extra dado motor dura cerca de quatro segundos. Mas já o suficiente para oferecer mais torque quando exigido nas arrancadas. De acordo com a Honda, a nova tecnologia faz com que o sistema “Idling Stop” seja acionado em tempo menor do que no modelo convencional.

Sistema elétrico permite economia a mais potência para arrancadas

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No Brasil, o PCX é movido apenas a gasolina e tem motor de 150 cc. Neste modelo convencional o Idling Stop desliga o motor quando ele está em marcha lenta, por mais de 3 segundos, religando automaticamente ao ser acelerado.

Aqui o scooter 150cc da Honda tem potência de 13,2 cv a 8.500 rpm e torque de 1,38 kgf.m a 5.000 rpm. Lá fora, o PCX híbrido oferece 12 cv a 8.750 rpm e 1.2 kgf.m a 6.500 rpm – claro, junto do reforço de 1.4 cv a 0.44 kgf.m de torque do motor elétrico.

Nos demais aspectos gerais, o scooter PCX híbrido não difere da versão que já conhecemos no mercado brasileiro. O modelo tem luzes de LED, sistema Smart Key e freio ABS na roda dianteira. Uma das diferenças notadas foi o acabamento do banco.

Aliás, a bateria de íons de lítio fica acomodada debaixo do assento, mas alocada na parte de trás. Com isso, o compartimento não teve seu espaço comprometido e ainda é possível guardar um capacete fechado no espaço.

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Scooter híbrido é mais econômico

O scooter PCX brasileiro tem bons números de consumo, fazendo cerca de 47,5 km/litro em trechos urbanos e 35 km/litro em rodoviários. Mas o japonês híbrido vai além.

O PCXe promete rodar até 55,4 km/litro! Isso com dois ocupantes, mas a uma velocidade média de 60 km/h.

PCX híbrido chega apenas na opção de cor em branco

Mas o modelo estrangeiro tem ainda dois níveis de assistência do motor. Um modo que proporciona condução confortável – com assistência moderada e grande economia de combustível. Além do modelo ‘esportivo’ mais forte para um passeio mais ou mesmo pequenos trechos de estrada.

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Quando a moto elétrica da Honda vem ao Brasil?

No Japão, o modelo chega apenas na cor branca, custando 448.800 ienes, cerca de R$ 16.600 em conversão direta. Assim, é cerca de 30% mais caro que o modelo a gasolina, vendido lá por 357.500 ienes (R$ 13 mil).

Modelo manteve o espaço sob o banco

Enquanto isso, no Brasil o PCX a gasolina tem preço público sugerido de R$ 16.740 – em sua versão topo de linha. Infelizmente, a Honda nunca trouxe um de seus modelos elétricos ao país, algo que não tem data divulgada para mudar.

 

Fernando Santos
Jornalista amante do mundo da moto, vivendo destinos e sons. Ávido por novidades e crescido com o cheiro de motor dois tempos. [email protected]