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A pequena autonomia – distância que a moto percorre sem precisar abastecer ou carregar – tem sido o ‘calcanhar de Aquiles’ das motos elétricas. Os modelos mais simples sequer aguentam 100 km. Então é possível viajar com uma moto elétroca?

No que depender da Experia, sim. O modelo é produzido pela italiana Energica e tem motor, bateria e chassis inéditos. Assim, a ‘Green Tourer’ (numa alusão ao tradicional termo Grand Tourer) promete conforto e rodar mais de 400 km sem precisar de uma tomada.

Moto elétrica para viajar 

A Energica é nada menos que a atual fornecedora de motos do campeonato elétrico da MotoGP, a classe da MotoE. Com isso, parece que a fabricante tem potencial real para oferecer uma sport touring elétrica. Ou como a marca promove, uma ‘ Green Tourer’.

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O projeto ousado da moto é chamado de Experia e tudo isso é possível por conta de uma nova bateria com capacidade de 22,5 kWh. Essa unidade pode dar a motocicleta uma autonomia entre 208 e 420 quilômetros. Tudo isso dividido em modos de pilotagem, claro.

No modo Extra Urbano, a moto oferece 208 km de autonomia, no Combinado são 256 km e no modo Cidade são até 420 quilômetros!  Em números, o propulsor elétrico rende potência mínima de 80 cv e máxima de 102 cv e tem de 11,5 a 91,7 kgf.m de torque. A velocidade máxima é limitada a 180 km/h.

moto eletrica para viajar

Moto da Energica tem visual que remete a colega italiana Ducati Multistrada

Tudo isso é controlado por 4 modos de condução, Eco, Urban, Rain e Sport; além de regenerativos High, Medium, Low e Off. O monitoramento é feito pelo novo display de TFT com 5 polegadas.

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moto eletrica na motogp

Energica modelo Ego Corsa sendo guiada pelo brasileiro Eric Granado, a motocicleta do campeonato da MotoE

Pronta para viagem! 

A Energica Experia conta com bateria que pode suportar até 24 quilowatts de energia de carregamento, via plug CCS. Segundo a fabricante, o tempo de carregamento no carregador rápido é de apenas 40 minutos – de 0 a 80%. Tudo isso agregado ao novo chassi – um híbrido de aço tubular e placas de alumínio – criado para economizar peso, no entanto ainda são 260 kg ao total.

Moto elétrica para viajar promete grande autonomia e velocidade no carregamento das baterias

Na traseira vemos o braço oscilante de alumínio, parafusado ao suporte de mola central. Na frente está o garfo invertido. Ambas as suspensões são da ZF Sachs com 150 mm de curso (ajuste completo na frente, pré-carga e retorno na traseira). Os aros 17 de alumínio são calçados pelos pneus Pirelli Scorpion Trail II, de 120/70 na dianteira e 180/55 na traseira.

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moto eletrica com autonomia para viagens

Moto elétrica Energica Experia vem com kit completo de malas para viagem

Quanto custa a moto elétrica para viagens

Na edição de lançamento, a Green Tourer vem com um conjunto completo de malas e suportes, com capacidade total de 112 litros. Tem carenagem que promete proteção contra intempéries, manoplas aquecidas e cavalete central. A moto ainda tem duas práticas portas USB junto ao painel e compartimento à prova de água com fechadura.

 

Uma Africa Twin topo de linha, com câmbio DCT e todos os acessórios do Travel Pack (incluindo até bolsa de tanque) é mais barata que a moto para viajar da Energica…

 

Ou seja, a nova moto elétrica para viajar é bem equipada. O problema está no preço. Na Europa, custa 25.590 euros (R$ 131 mil em conversão direta), mais que o dobro da igualmente interessante Yamaha Tracer 9 (11.800 euros). Uma Africa Twin, com câmbio DCT e todos os acessórios possíveis, sai por 22.740 euros.

Fernando Santos
Jornalista amante do mundo da moto, vivendo destinos e sons. Ávido por novidades e crescido com o cheiro de motor dois tempos. [email protected]