0A moto híbrida pode ser uma alternativa econômica e com maior autonomia. Modelos como a Yamaha Fluo e a Kawasaki Ninja 7 Hybrid destacam-se na evolução tecnológica. Mas será que essas motocicletas realmente entregam o que prometem?
Moto Híbrida é realmente mais econômica?

A moto híbrida surge como uma alternativa que une desempenho e sustentabilidade, combinando motores elétricos e a combustão. Essa tecnologia pelo menos a curto prazo solucionar um dos maiores problemas das motos 100% elétricas: a baixa autonomia. Além disso, a proposta de economia de combustível e redução de emissões de poluentes reforça seu apelo, mas ainda há dúvidas sobre sua viabilidade prática e aceitação no mercado.
Nos últimos anos, algumas fabricantes de motos têm investido em modelos híbridos, cada um com suas particularidades e estratégias tecnológicas. Entre elas, as gigantes japonesas, Yamaha, Kawasaki e Honda, que trazem inovações que variam desde scooters urbanas até modelos esportivos de alta performance. Apesar de algumas limitações iniciais, a promessa de economia de combustível e ser ambientalmente responsável chama a atenção dos consumidores.
Por outro lado, o segmento ainda enfrenta desafios. A adaptação a novas tecnologias, o custo de produção e a aceitação do público são pontos cruciais para determinar se as motos híbridas irão se consolidar como um marco ou apenas mais uma tentativa de inovação no setor.
Yamaha Fluo 2026: Simplicidade e Eficiência
A Yamaha Fluo 2026 entra para a história como a primeira scooter híbrida fabricada no Brasil. Com design atualizado e um sistema híbrido leve chamado Power Assist, este modelo oferece suporte elétrico adicional em situações de maior esforço, como subidas ou ultrapassagens. Associado ao sistema Stop & Start, o conjunto promete economia de até 12% no consumo de combustível em comparação à geração anterior.
O motor a combustão da Fluo perdeu potência para atender às novas normas ambientais, mas o suporte elétrico compensa essa redução, mantendo o desempenho equilibrado. Essa abordagem parece ser uma solução eficiente para scooters urbanas, onde a praticidade e a economia são prioridades.
Há alguns dias, a Yamaha apresentou na Índia um modelo tipicamente urbano, no melhor estilo da Fazer. Mas nesse caso, os dados de consumo e autonomia não foram revelados. De todo jeito, a forma de trabalho é semelhando ao da Fluo, ativando mais torque em momentos necessários e trabalhando em conjunto com o sistema Stop & Start.
Honda e Sua Experiência com a PCX Híbrida
A Honda, uma das líderes globais em inovação, apresentou há alguns anos a PCX híbrida. Esse modelo chegou ao mercado com uma promessa ousada: consumir até 55 km/l, graças à combinação de um motor a combustão de 125 cc e um motor elétrico auxiliar.
Buscamos o modelo, mas ao que tudo indica, não consta mais no portfólio da Honda. Uma pena, mas esperamos que com esse “empurrão” da Yamaha, a Honda volte a pensar um pouco mais nos modelos híbridos.
Kawasaki Ninja 7 Hybrid: Potência e Tecnologia
Já a Kawasaki ousou um pouco mais que suas compatriotas. Em 2023 a marca lançou a Ninja 7 Hybrid, uma moto esportiva que une desempenho e eficiência. Com um motor bicilíndrico de 451 cc combinado a um motor elétrico, a Ninja 7 entrega uma potência combinada de 69,5 cv com o auxílio da função e-boost. Essa configuração proporciona uma arrancada equivalente a motos de 1.000 cc, destacando-se no mercado como uma das híbridas mais avançadas tecnologicamente.
Além disso, a Ninja 7 incorpora o sistema Stop & Start, que desliga o motor em paradas para economizar combustível e reduzir emissões. De acordo com a Kawasaki, o consumo desse modelo é comparável ao de motocicletas de 250 cc, tornando-a uma escolha para quem busca desempenho com economia.
O modelo faz parte da linha Kawasaki na Europa e seu preço é de 9.990 Euros, em Portugal. Na conversão direta em janeiro de 2025, em torno de R$ 62.300.
As motos híbridas, portanto, oferecem uma alternativa interessante para o futuro da mobilidade em duas rodas, unindo desempenho mais aceitável e sustentabilidade. O mercado global sinais de adesão, vamos ver se o Brasil seguirá essa tendência nos próximos anos.