O mercado de entregas segue em crescimento em todo o país. A cada dia surgem novas plataformas com diferentes vantagens e propostas, aumentando a demanda por profissionais que não tenham medo de encarar o trânsito da cidade ou o sol quente. Pessoas prontas para trabalhar como motoboy.
Entretanto, nem todos conseguem ingressar na profissão já com uma moto 0km – ainda mais diante dos consideráveis aumentos que elas tiveram no último ano. Por isso criamos uma lista com moto para delivery usadas e baratas, mas igualmente aptas para rodar muito e gastar pouco.
Moto para delivery: as novas estão mais caras
Ainda nesta semana falamos sobre os aumentos recentes nos preços das motos. Pegamos as líderes de cada categoria e comparamos o valor médio cobrado pelas concessionárias em uma zero quilômetro em setembro do ano passado e no mesmo mês de 2021.
Quem dera o aumento fosse apenas os 8% que a inflação registrou em 2020. A diferença média ficou na casa dos 20% e não poupou nenhuma marca ou estilo, todos estão mais caros. Por isso, comprar uma moto usada ou seminova está cada vez mais atrativo – ainda que o crescimento na procura também tenha as deixado mais caras. Os preços citados aqui foram extraídos da FIPE em setembro de 2021.
Moto para delivery: opções usadas e baratas |
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Modelo | Categoria | Preço FIPE |
CG 150 Cargo Flex ESD 2013 | Street | R$ 7.706 |
Pop 110i 2016 | Street mais nova | R$ 6.658 |
Neo 115 2011 | Scooter | R$ 5.012 |
Crosser ED 2014 | Trail | R$ 8.143 |
Intruder 125 2011 | Custom | R$ 5.536 |
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1 – Moto para delivery usada: a inevitável Honda CG Cargo
É impossível fazer uma lista de motos para trabalhar com entregas e não citar a Honda CG. Além de moto mais vendida do país, ela é figura sempre presente nas mãos de motoboys de Norte a Sul do país. E o motivo, claro, é a economia e facilidade de manutenção.
E ainda há a Cargo, pensada exclusivamente ao uso profissional. Tem um robusto suporte para bauleto que pode suportar até 20 kg e mais alguns itens de série que ajudam no corre, como cavalete central. A Flex ESD 2013 ainda tem partida elétrica, freio dianteiro a disco e possibilidade de rodar tanto com gasolina como etanol, de acordo com o que estiver mais em conta na bomba.
Prós: Robustez; economia; cavalete central e bagageiro reforçado
Contras: Disponível apenas na cor branca; banco apenas para uma pessoa, ainda que retire o bagageiro
Consumo médio: 40 km/litro (gasolina)
2 – Pop 110i, para quem não quer uma ‘moto velha’
A Pop 110i é a moto mais barata do Brasil há algum tempo. Por isso é uma opção para quem quer uma usada para fazer entregas mas não topa um modelo mais velho e com mais quilômetros no currículo.
A 2016 é o primeiro modelo da 110i, que trouxe a importante injeção eletrônica. Assim, a motinho ficou mais esperta e econômica. Sua potência subiu de 6,17 cv e 0,74 kgf.m de torque para 7,90 cv e 0,90 kgf.m. Além disso, modou o painel, filtro de ar e carenagens, deixando a pequena mais ‘gordinha’.
Prós: Preço, facilidade de manutenção; poucas carenagens plásticas; baixo consumo
Contras: Tanque de apenas 4,2 litros; desconfortável para pessoas altas; visual e painel simplistas
Consumo médio: 46,3 km/litro (veja o teste)
3 – Scooter barato para delivery: Yamaha NEO 115
Muitos que procuram uma boa moto para delivery estão se redendo aos scooter. São leves, econômicos, automáticos, práticos. Um de seus problemas mais comuns, porém, é o preço. Afinal, via de regra são mais caros que as street de potêcia equivalente.
E é aí que entra o trunfo do NEO 115. A primeira geração dos scooter Yamaha (que nada tem a ver com o NEO 125 atual) é confiável, graças principalmente às rodas grandes. De quebra tem ciclística ‘de moto’, como as CUB. Também tem bons freios e em 2007 recebeu uma importante atualização no visual. Seu motor gera 8,3 cv de potência e 0,8 kgf.m de torque.
Prós: Ciclística ‘de moto’ com rodas de 16″; mais facilidade para engolir buracos; visual entre os modelos 2008 e 2012
Contras: Tanque pequeno de 4,8 litros; alimentação por carburador; consumo elevado para a cilindrada
Consumo médio: 31 km/litro
4 – Moto para delivery: a versátil Yamaha Crosser
Elas são ágeis e versáteis, sem medo de cara feia, tempo ruim, estrada de terra e asfalto esburacado. Por isso, talvez as trail sejam as melhores motos para trabalhar com delivery. E se for confiável, econômica e barata é melhor ainda.
A Yamaha Crosser preenche todos estes requisitos. Como bônus ainda tem bom nível de acabamento e painel com contagiros. Além disso, o conjunto mecânico entre uma 2014 e uma zero quilômetro é praticamente idêntico. Porém, aconteceram alguns recall para solucionar problemas pontuais nos primeiros anos, fique atento se a unidade em questão passou por eles.
Prós: economia; conforto; rodas grandes (19″ e 17″); suspensão de longo curso; bom nível de acabamento
Contras: passou por alguns recall; não possui relógio no painel; plásticos desgastam com certa facilidade
Consumo médio: 38 km/litro (veja o teste)
5 – Para trabalhar com estilo: Suzuki Intruder 125
Procurando um boa moto para trabalhar com delivery por até R$ 5 mil? Calma, não precisa recorrer às CG dos anos 1990 ou primeira geração da YBR. Há outras opções.
Entre elas está a Suzuki Intruder 125. Famosa por ser a primeira moto de muitos, por dar origem a inúmeros projetos de customização e por ser usada no uso profissional – até pelo Correios – esta é uma guerreira nacional. Prefira as produzidas de 2007 a 2011, pois no ano seguinte ela perdeu alguns cavalos de potência em virtude do Promot3. Veja seu review completo aqui.
Prós: facilidade de encontrar peças; estilo; economia; robustez
Contras: nível de vibração do motor; falta de injeção eletrônica; velocidade limitada em rodovias
Consumo médio: 35 km/litro (relembre o teste)