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Foto: Acervo Bitenca

Foto: Acervo Bitenca

Buenas, tudo bem? Prezados, Estou precisando de uma orientação, pois sinto que minha motocicleta não está com a dianteira totalmente alinhada. Nas curvas ela parece não responder aos meus comandos e quando por exemplo estou entrando na curva de repente ela joga de uma vez ou volta com tudo. Fica muito instável, mesmo em curvas de baixa e alta. Depois que cai e foi trocada a begala e talz a moto nunca mais foi a mesma. O serviço foi realizado em uma autorizada, mas nunca ficou bom. Até reclamei que não ficou alinhado, mas já viu né. ノ um desrespeito no pós-venda total. Enfim, preciso de indicação de oficina especializada em alinhamentos. Se possível na zona sul de SP. Muitíssimo Obrigado, desculpe pelo texto extenso e parabéns pelo trabalho. André Gouvêa Toledo(23), São Paulo, SP

R – Obrigado André, apenas preciso de mais detalhes: Marca e modelo da moto, condições dos pneus, como responde ao andar em linha reta, tipo você pode ficar no meio do banco ou é forçado para o lado para equilibrar ao tentar soltar as mãos? Sentando na moto com ela parada, olhando para as bengalas: elas estão simétricas? e o guidon está perpendicular à roda dianteira e paralelo às duas mesas? Se puder me responder a essas perguntas poderei lhe dar um diagnóstico mais preciso, abraços.

Pensei na hora em escrever tanto que acabei esquecendo de dar mais detalhes….A moto é ums GS 500 2007/2008. Após a queda e conserto na concessionária percebo que não está como antes. Andando em linha reta soltando as mãos e ficando bem no meio do banco sinto que a moto vai em direção para a direita e tenho que jogar o corpo levemente para a esquerda para alinha-la. Aparentemente olhando as bengalas, guidon e mesa está tudinho alinhado. Mas pedi para um amigo me ajudar, pois pensei que poderia ser algum trauma da queda. Mas segundo ele, “achou” que a bengala da direita (sentado em cima da moto) parece estar mais na frente do que a esquerda, mas não consegui reparar isso. A moto está praticamente zero, com suas características originais e com apenas 3.500 km….os pneus sempre calibrados corretamente.

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R – Então André, com esse sintoma é claro de que algo continua errado, provavelmente com a frente da sua moto ainda. Mesa inferior torcida é o mais comum. Há quem desentorte mas o mais certo é você ir na oficina de sua confiança e mandar verificar. Explique que a moto está puxando para a direita. Isso é o indicador do defeito, não ande nessa situação perigosa, exija que seja consertado. Abraços

Li uma resposta vossa sobre as motos MZ 250 e acho que houve um engano, pois as MZ foram fabricadas no Brasil de 84 a 87 no RS como segue: MZ Brasil Em 1984 a FBM firmou um acordo com a fábrica MZ (Motorradwerke Zschopau ), da então Alemanha Oriental (DDR), com tecnologia  das extintas DKW. Os brasileiros, acostumados à tecnologia japonesa, de Honda e Yamaha, viram-se diante de uma moto com tecnologia antiga, 2t, refrigerada  a ar, com pedal de partida do lado esquerdo, pouco potente (21CV), contudo com uma fama mundial de resistência extrema e pouca manutenção. O modelo alemão, ETZ 250, era estranho, em termos de design, para o gosto dos brasileiros, mas o modelo nacional, batizado de MZ 250 RS, era bem resolvido nesta questão. Apesar dos esforços da FBM, a penetração mercadológica do modelo foi pequena.  Em 1986, a FBM passa a denominar-se MZ Simson do Brasil. Neste mesmo ano, lança uma versão “De Luxe”, a MZ 250 RSJ, com melhorias estéticas, e especula-se, mecânicas, estas nunca confirmadas pela fábrica. Paulo Colomby(43), Camaquã RS

R – Caro Paulo, Nos anos 80 no Brasil ainda não havia instituído o sistema CKD como é utilizado hoje nas indústrias de motocicletas. Naquela época, algumas motos eram ditas “nacionais” porém com um índice ínfimo de componentes e mão de obra nacionalizadas. Não havia o trabalho de se fabricar e montar os conjuntos aqui e nem um bom controle na nacionalização do produto e dos componentes por parte do governo. Essas motos que você se refere nunca foram satisfatoriamente nacionalizadas, por isso demos o enfoque na matriz alemã que exportou esses modelos ao Brasil. Infelizmente a história de alguns “fabricantes” como a FBM com a MZ e Zanella, e a Motovi com a Suzuki e Harley Davidson entre outras, não tiveram condições de arcar com as responsabilidades de montar um bom produto que fosse condizente com as necessidades do mercado. Quem levou a coisa a sério está aí até hoje.
P.S. Eu fazia testes para revistas especializadas na época e tive a experiência de levar para casa de pick-up um amigo que veio fazer trilha em
São Paulo vindo de Campinas com uma daquelas Zanella zero Km. O patim de freio quebrou dentro do cubo traseiro e a roda não saía e nem virava nem a pau.

Cuidado em lubrificar a corrente com spray. Em uma resposta sobre usar lubrificante em spray na corrente, o Bitenca disse para cuidar pra não melecar o chão, colocando um jornal embaixo. Mas tem também um outro detalhe, muito mais importante: muito cuidado pra não sujar o pneu com óleo. Nem preciso dizer porque, né ?!! Eu uso lubrificante spray, mas sempre coloco um pano entre a corrente e o pneu na hora de borrifar. Outra coisa que devemos ter muito cuidado é com aqueles produtos pra deixar o pneu bem pretinho e brilhoso. Eu não uso e aconselho a não usar, mas se usar, jamais deixar escorrer para a banda de rodagem e sempre passar um pano seco após aplicar para tirar o excesso pois, mesmo que não escorra, a força centrífuga gerada durante a rodagem vai fazer o produto escorrer para a banda de rodagem,e aí “já era” !!!! Josué Nunes (29), São Leopoldo, RS.

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R – Boa J. Nunes, muita burrice molhar o pneu com óleo e querer sair andando, rrss obrigado.

Sou um grande apaixonado por motos e quase todos os dias visito varias vezes o motonline para ficar por dentro de tudo que acontece nas duas rodas.gostaria de que se possível me falassem um pouco sobre a yamaha gts 1000 que foi fabricada no inicio da década de 90,pois ela é muito diferente de tudo que existia e se ela foi vendida no mercado brasileiro seja por importadores independentes ou via yamaha?um abração a todos!! alexsandro alvarenga(30), Campo Belo, MG

R – Alexandro, O desenho da frente da Yamaha GTS foi feito para ser o início do fim da suspensão convencional telescópica. Porém isso não aconteceu. Nada a ver com a efetividade do projeto do chassis do engenheiro James Parker e sim porque as vendas não foram significativas como a fábrica esperava. Era uma moto muito boa com incrível dirigibilidade e ABS. O motor derivava da FZR 1000 mas o preço era alto demais, cerca de 3000 dólares mais que uma Kawasaki ZX11.