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A temporada 2017 do Mundial de MotoGP inicia apenas no dia 26 de março, com o Grande Prêmio do Qatar, mas já há rumores e burburinhos tomando o paddock. Nesta semana canais de notícias da Europa trouxeram a informação, obtida de bastidores, que a inglesa Triumph assumirá o lugar da Honda como fornecedora de motores para a Moto2, a partir de 2019.

Motor a ser empregado na Moto2 é o mesmo que está equipando a Street Triple na Europa

Motor a ser empregado na Moto2 é o mesmo que está equipando a Street Triple na Europa

Como diriam, o babado é forte, afinal a Honda cede seus motores de 600cc para a categoria desde sua criação, em 2010. Além disso, com a nova fornecedora os motores passariam por uma revolução, em modelo, capacidade cúbica e sotaque. Saem os Honda 4 cilindros de 600cc e entram os Triumph tricilíndricos de 765cc, os mesmos propulsores que equipam as novas Street Triple da marca inglesa. Nas motos ‘de uso civil’, o motor inglês gera mais potência e a entrega mais rápido, em faixas de giro menores que o propulsor japonês, com sua descarga máxima de 123cv a 11.700 rpm e 7,7 kgf.m de torque aos 10.800 giros, contra 120cv a 13,500 rpm e 6,73 kgf.m a 11.250 rpm.

Um dos motivos apontados como gerador do possível desinteresse por parte da Honda em se manter como fornecedora dos motores, o que acabou abrindo espaço para a Triumph na Moto2, é o fato da Honda CBR 600RR, modelo do qual derivam os motores usados na categoria, sair de fabricação na Europa após a Euro4 apertar os cintos na redução de emissão de poluentes. Como investir na Moto2 não seria mais ‘marketing’ resultando em vendas para a marca japonesa, ela teria decidido deixar o negócio. Outras marcas teriam sido cogitadas, momento em que a Triumph, que fabrica a esportiva Daytona 675 (em breve 765cc), teria surgido como alternativa interessante.

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Para aposentar o velho quatro cilindros de 600cc, em uso desde 2010, o tricilíndrico britânico de 765cc

Para aposentar o velho quatro cilindros de 600cc, em uso desde 2010, o tricilíndrico britânico de 765cc

Saiba mais sobre a Triumph como fornecedora para a Moto2

A informação tem circulado por vários portais europeus. O SportRider afirmou que “foi confirmado com nossas fontes que a Triumph e os titulares de direitos de MotoGP Dorna assinaram um acordo para a empresa britânica ser a fornecedora de motores de especificações Moto2, começando com a temporada de 2019”. Outros veículos, como o britânico bikesportnews e o alemão speedweek.com, assim como o inglês motorcyclenews, também noticiaram a nova parceria.

Após os contratos assinados, a Triumph terá de fornecer cerca de 200 motores para a categoria, semelhante ao que a Honda faz atualmente, além do apoio necessário para reparar e atualizar os equipamentos a cada três corridas. Todavia, o ato marca um novo estágio na história da marca britânica, que há décadas não participa de corridas do Mundial. Sua última vitória ocorreu 48 anos atrás, quando Godfrey Nash venceu o Grande Prêmio Jugoslavo, de 1969.

A informação deve ser confirmada oficialmente pela organização do Mundial de Motovelocidade em breve. Enquanto isso, ficamos a pensar se os motores Triumph se mostrarão tão ‘indestrutíveis’ quanto os Honda, pois já prevemos que levarão os protótipos a velocidades acima das atingidas com os motores atuais.

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Guilherme Augusto
@guilhermeaugusto.rp>> Jornalista e formado em Relações Públicas pela Universidade Feevale. Amante de motos em todas suas formas e sons. Estabanado por natureza