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Após instabilidade ocasionada pela crise econômica, setor apresenta números estáveis, indicando retomada do crescimento com aporte de verbas do fim de ano

Os números do mercado brasileiro de motocicletas indicam que o período turbulento no setor, ocasionado pela crise econômica mundial, ficou para trás. Segundo dados divulgados pela Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares), o terceiro trimestre do ano registrou, na produção, aumento de 9% sobre o segundo, e ligeira queda, de 2,3%, nas vendas para o mercado interno.

“Atingimos um equilíbrio depois das grandes oscilações do começo do ano. Agora é retomar o crescimento, aproveitando o aporte de verbas no mercado oriundo do 13º salário e da queda no desemprego, devido aos trabalhos temporários de final de ano”, afirma Paulo Shuiti Takeuchi, presidente da entidade.

Os números de setembro, quando comparados com o mês anterior, também apontam estabilidade. As vendas em atacado não tiveram variação, se mantendo na casa das 147 mil unidades comercializadas, e a produção teve leve aumento, de 2,3%, passando de 154.714 para 159.075 motocicletas fabricadas.

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Emplacamentos e Exportação – Os emplacamentos em setembro também tiveram ligeiro aumento, de 2%, sobre o mês anterior. Foram 139.793 novas motocicletas nas ruas, contra 136.814 em agosto.

As exportações ainda são as mais afetadas com a crise. Em setembro foram vendidas ao mercado externo 26% menos motocicletas do que em agosto. No comparativo com setembro do ano passado a queda é de 71,5%.

Projeções – Segundo o presidente da Abraciclo, o setor deve encerrar o ano alcançando números semelhantes aos de 2007.

“Esperamos comercializar 1.670.000 unidades e produzir algo acima de 1.650.000. São números próximos ao que havíamos projetado e anunciado no início do ano”, afirma Takeuchi.

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Apesar da estabilidade do mercado, os números de 2009 estão muito aquém dos registrados em 2008, quando a economia estava em plena ascensão. Em comparação com setembro do ano passado, as vendas caíram 21% e a produção 24%. No acumulado do ano as perdas chegam a 33%.