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Desde março deste ano, quando a venda de motocicletas registrou número superior a 160 mil unidades e apontava tendência de crescimento, que o mercado experimenta um dos maiores períodos de estagnação. A queda só não é maior porque fabricantes e distribuidores ainda encontram alguma margem para promoverem seus produtos. Mas o consumidor que precisa do crédito para comprar sua moto, não consegue aprovação. Apenas 15% das pedidos de crédito são aprovados, segundo informe da Fenabrave.

Os números divulgados pela Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) neste semana mostram que a venda de motocicletas “anda de lado” enquanto que a de automóveis bate recorde positivo nos últimos três meses. Neste ritmo, os fabricantes de automóveis fazem as contas para ver qual será o nível de crescimento este ano e os fabricantes e distribuidores de motocicletas fazem contas para saber quantos funcionários precisará demitir com a queda nas vendas e, consequentemente, na produção.

O setor de motocicletas, que no início do ano projetava crescimento de 5%, ficará feliz se cair menos de 10% em 2012. E os bancos e financeiras desprezam as motocicletas pois parecem felizes com os financiamentos apenas ao setor de automóveis. Talvez quando for impossível andar de automóvel nas ruas das principais cidades brasileiras, alguém se lembre dos milhões de brasileiros que dependem de tudo o que se refere à indústria de motocicletas e sua enorme cadeia de negócios. Talvez esta lembrança venha enquanto espera o motoqueiro chegar com a pizza.