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Dani Pedrosa, piloto da Repsol Honda Team

Dani Pedrosa, piloto da Repsol Honda Team

Dani Pedrosa terminou o primeiro teste oficial do ano em Sepang, na Malásia, dominando os três dias. O piloto da Repsol iniciou 2013 com motivação e empenhado em andar nesta temporada tão forte como na segunda metade de 2012. A Repsol Honda Team nunca cedeu a liderança e teve sempre o melhor registro de tempo. Satisfeito com o primeiro teste, Pedrosa está contente por estar andando de volta com a Honda RC213V em 2013 e também felicita o novo companheiro de equipe Marc Márquez.

Entrevista com Dani Pedrosa:

Três dias de testes e foste o mais rápido em todos eles. Estás contente com a forma como as coisas correram em Sepang?
Pedrosa: “Sim, estou. Conseguimos testar de novo a moto e fizemos boas análises, em particular de aspectos gerais. Estes testes são importantes para o resto da temporada. Tivemos tempo para avaliar o que queríamos porque o tempo esteve bom e conseguimos dar muitas voltas. De forma geral foi um teste positivo.”

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Como você se sente fisicamente? Sentiu alguma dor depois de voltar ao trabalho?
Pedrosa: “É normal sentir algumas dores porque após um longo período fora da moto isso vai sempre acontecer. Com a natureza específica do tipo de moto que pilotamos é inevitável ficar dolorido após a parada de Inverno, mesmo tendo a possibilidade de rodar com outros tipos de motos durante esse período. Não tem nada a ver com ter mais, ou menos resistência.”

Ao contrário do ano passado, esta temporada a capacidade dos motores manteve-se a mesma e está de volta aos comandos da RC213V. Que alterações foram feitas à moto desde Valência?
Pedrosa: “A verdade é que não houve alterações relevantes porque tivemos muito boas sensações em Valência. Tentamos alterar algumas coisas que não estavam muito bem para nos, mas de forma geral tentamos continuar a dar passos pequenos na direção certa.”

A tua principal queixa no ano passado foi a vibração, que era muita. O problema foi resolvido?
Pedrosa: “Nestes primeiros testes não nos concentramos muito em coisas como a vibração. Tentamos melhorar a frenagem e entrada de curva e peso extra foi adicionado à moto. As regras mudaram e temos menos um motor com que trabalhar este ano, por isso é importante confirmar que temos boa durabilidade de motor. Basicamente foi nisso que trabalhamos nesses três dias.”

Pelo segundo ano consecutivo verificou-se o aumento do peso das máquinas de MotoGP. Sentiu diferença com esses três quilos a mais na moto quando rodou com ela?
Pedrosa: “Sim, sente-se bem, em particular na frenagem porque é preciso mais para suportar a moto. Tentamos modificar a posição desses três quilos para encontrar o equilíbrio perfeito. É claro que temos de trabalhar ainda mais nisso. Não vou dizer como distribuímos o peso porque é segredo.”

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Alguns dos teus rivais decidiram efetuar uma simulação de corrida em Sepang. Era demasiado cedo para você fazer uma?
Pedrosa: “Bem, não tínhamos planejado simular corrida no testes. Foi o primeiro teste do ano e ainda não temos bem a certeza de que componentes vamos usar. Com a experiência que tenho não creio que necessite de me focar num teste longa nos três primeiros dias de testes.”

Há quase dois meses pela frente até ao início da época. O que pode ser melhorado na moto?
Pedrosa: “Há sempre coisas que podem ser melhoradas. Coisas que hoje pensamos que é impossível alterar são uma realidade ao fim de poucos anos. Enquanto houver vontade de seguir em frente e desenvolver a moto as ideias não vão parar. Podemos sempre melhorar.”

No final deste mês você volta a Sepang para mais três dias. Qual é o programa de trabalho?
Pedrosa: “Temos de melhorar algumas coisas no motor; basicamente aspectos de electrónica, que são importantes. Também temos de continuar a trabalhar na avaliação da durabilidade para vermos se está tudo no lugar e se é confiável.”

Você dividiu o box com seu novo companheiro de equipe, o Marc Márquez, em Sepang. Como é que ele olhou para você e para a moto de MotoGP?
Pedrosa: “Não estive muito tempo na pista com ele – apenas duas ou três curvas – mas o estilo dele impressiona mesmo. Ele sai muito da moto e até agora conseguiu grandes tempos. Quando ele esteve aqui em Novembro também já foi muito rápido.”

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Viñales e Salom começam pré-temporada fortes na Moto3™ em Valência

Maverick Viñales, piloto que compete na Moto3™

Maverick Viñales, piloto que compete na Moto3™

Maverick Viñales, da JHK T-Shirt Laglisse, iniciou bem a temporada 2013 com sua nova KTM conseguindo liderar a tabela de tempos no primeiro dia de teste da Moto3™ de Valência. Viñales, que revelou estar muito contente com a potência da KTM, marcou o melhor tempo em 1m40,715s, batendo a KTM de fábrica de Salom por pouco mais de um décimo. O diretor desportivo da Salom, Aki Ajo, disse ao motogp.com no início do dia que a KTM é uma “moto completamente nova”, e enquanto o motor já foi um pouco trabalhado, o chassis foi a principal alteração, sendo mais leve e apresentando mais possibilidades de afinação. E a KTM provou claramente ser a moto a ser batida logo no primeiro dia com Rins colocando a sua moto em terceiro, apesar de a mais de meio segundo de Viñales.

O companheiro de equipa de Salom, que também é novo na formação, Zulfahmi Khairuddin, foi o último a rodar abaixo do segundo 42, relegando Jonas Folger (Mapfre Aspar Team Moto3) e a sua Kalex KTM para quinto. Romano Fenati (San Carlo Team Italia), que iniciou a última temporada em  grande estilo no Qatar, foi o único piloto da FTR Honda nos dez primeiros ao terminar em sexto.

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Márquez: “creio que o Jorge, o Dani e o Valentino ainda estão a outro nível”
Falou o piloto sobre seus principais rivais, incluindo o companheiro de equipe

 

Marc Márquez, revelação para a temporada 2013 da MotoGP™

Marc Márquez, revelação para a temporada 2013 da MotoGP™

O estreante da categoria rainha , Marc Márquez, um dos protagonistas do Teste Oficial da Malásia, recebeu na noite passada novo galardão na Noite dos Campeões organizada pelo jornal ‘Mundo Deportivo’. O motogp.com falou com ele sobre os seus primeiros passos na categoria rainha da MotoGP™, os rivais e as expectativas em relação a uma campanha que se antevê especialmente emocionante.

Após brilhante início de pré-temporada na semana passada em Sepang, e antes de nova data de testes no mesmo traçado no final do mês, Marc Márquez viu a sua bem sucedida temporada de 2012 na Moto2™ ser novamente reconhecida. O espanhol foi um dos escolhidos entre os melhores desportista de 2012 na ‘65ª Grande Gala do Mundo Deportivo’, cerimónia que teve lugar no Palácio dos Congressos de Barcelona e que contou com mais de 1.000 convidados. “É uma honra ser um dos premiados nesta Feste do Mundo Deportivo,” explicou o piloto da Repsol Honda. “Apesar do importante ser desfrutar aos comandos da moto, estes prémios também recompensam um pouco todo o trabalho feito”.

Sobre a campanha de estreia no MotoGP™ o piloto de Cervera disse: “Em 2013 será tudo novo para mim, passo para o MotoGP e de alguma forma estou a ver as coisas e vou tentar desfrutar do ano.”

Definindo as sensações que teve em Sepang com a RC213V, o estreante explica: “Senti-me muito bem durante os três dias. Isso é muito importante, começar com o pé direito desde o primeiro dia. Já rodei um pouco melhor que o esperado, mas ainda há muita pré-temporada pela frente, temos de continuar a trabalhar e ainda tenho muito a aprender.”

Apesar de ter estado sempre entre os mais rápidos do testes, Márquez minimiza a impressão generalizada que deixou no paddock e entre os aficionados, que foi a de estar plenamente competitivo.

“Bem, entre aspas, estou totalmente competitivo, mas creio que o Jorge, o Dani e o Valentino estão em outro nível neste momento e não é a minha luta. A minha batalha é com a moto, aprender, conhecer as reações, recolhendo experiência, acumulando quilômetros e a partir daí que venham pouco a pouco os resultados. Está claro que tenho a mesma ambição de antes, mas tenho de estar consciente que no MotoGP estão os melhores pilotos e que esta moto é muito diferente da que tinha pilotado até agora e é muito difícil de entender por completo”.

Assim, não é de estranhar que o atual Campeão do Mundo de Moto2™ se concentre muito mais na pilotagem dos seus adversários, que nos resultados que conseguem nas tabelas de tempos: “Olho para as trajetórias dos meus rivais, para tentar aprender tudo o que posso. Ver como pilotam, como fazem uma trajetória, o que fazem e porque fazem. A partir daqui tentamos recolher as coisas positivas e aprendê-las.”

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