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A queda de Marc Márquez em alta velocidade durante o warm up do Grande Prêmio Hertz da Inglaterra teve uma sequela negativa para o piloto, que foi penalizado por não respeitar as bandeiras amarelas, mas também teve a oportunidade de constatar a eficácia do sistema de airbag que faz parte do seu traje de competição.

Gráfico que registra a atuação do airbag do traje de Márques durante a queda na Inglaterra

Gráfico que registra a atuação do airbag do traje de Márques durante a queda na Inglaterra

O líder do Campeonato viveu uma situação dramática no treino matinal de domingo quando caiu entre as Curvas 7 e 8 do circuito, o que resultou em luxação no ombro esquerdo. A Alpinestars facultou ontem a “radiografia” da queda do piloto da Repsol Honda. Trata-se de um gráfico elaborado com base nos dados transmitidos pelos sensores da parte superior do airbag Air Tech utilizado por Márquez. O sistema detecta uma perda de controlo, que acaba por fazer disparar os airbags 0,168 segundos antes do impacto inicial no ombro esquerdo de Marc.

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A moto de Márquez indo em direção aos fiscais que atendiam Crutchlow

A moto de Márquez indo em direção aos fiscais que atendiam Crutchlow

Os dados registam também que o equipamento de segurança ficou totalmente inflado em apenas 0,048s, garantindo que a proteção estava preparada 0,055 segundos antes do impacto. O pico da força do acidente foi de 22,55g e concentrou-se em grande parte no ombro esquerdo, como se pode ver pela linha de dados. O airbag manteve-se completamente inflado durante a totalidade da queda, assegurando assim a absorção do máximo da energia. O resto da história é conhecida: Márquez foi transportado para o centro médico do circuito, onde o ombro foi recolocado no lugar, não havendo qualquer fractura. O piloto Honda largou depois na pole position e foi protagonista de nova e emocionante batalha com Jorge Lorenzo.

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Marc Márquez

Marc Márquez

 

Foi anunciado na manhã desta quinta-feira que Márquez não vai precisar de operação, mas o incidente teve uma sequência negativa para o catalão, uma vez que a queda provocou uma situação de risco nesse ponto do traçado, onde já eram apresentadas bandeiras amarelas pelo acidente, momentos antes, de Cal Crutchlow. Ao lado da sua YZR-M1, caída no chão e rodeada de comissários de pista, o britânico estava na área de escape quando Márquez perdeu o controle a grande velocidade, com a moto cruzando a área de escape acabar batendo na moto do piloto da Monster Yamaha Tech 3.

A Direção de Prova analisou as imagens e considerou que a atuação de Márquez merecia penalização de dois pontos na sua “caderneta” por não ter reduzido a velocidade apesar das bandeiras amarelas e por ter colocado em perigo um piloto que estava atendido, bem como os comissários que prestavam essa assistência no local. Por sorte, os reflexos dos fiscais foram muito rápidos, o que evitou que mais alguém saísse ferido.

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CRUTCHLOW TERMINA FINAL DE SEMANA CASEIRO DOLORIDO E EM SÉTIMO
Três quedas seguidas minaram a resistência do piloto

 

Cal Crutchlow, Monster Yamaha Tech 3, em Silverstone

Cal Crutchlow, Monster Yamaha Tech 3, em Silverstone

Cal Crutchlow terminou o Grande Prêmio Hertz da Inglaterra em sétimo lugar. Apesar de ter sido menos que o esperado pelo piloto da Monster Yamaha Tech3, o britânico ficou contente com o resultado por conta das circunstâncias. No sábado ele garantiu presença na primeira fila do grid apesar de duas quedas no início do dia. Mais um incidente aconteceria na curva Vale, no Warm-Up de domingo, o que deixou o piloto de Coventry com dores para o início da corrida de 20 voltas.

“Francamente, estou contente com o fim-de-semana estar terminado e por pelo menos ter terminado a corrida”, começou Crutchlow. “Não foi das corridas mais fáceis da minha carreira e foi desapontante não ter tido como lutar por melhor posição; mas depois das quedas não tinha forças no braço direito e também me faltou aderência no início, com os pneus frios”.

“Infelizmente, é isso que acontece quando se cai três vezes num fim-de-semana. Não me dei tempo suficiente para fazer várias voltas e afinar bem a moto. O único ponto positivo que podemos retirar é que fomos mais rápidos que no ano passado – mas isso é claramente menos do que esperávamos quando chegamos na pista na quinta-feira”.