Publicidade

Jorge Lorenzo acabou sendo o grande vencedor no dia em que Marc Márquez podia ter sido campeão antecipado de MotoGP™; o atual Campeão do Mundo venceu a 50ª corrida da carreira no Grande Prêmio Tissot da Austrália, corrida em que todos os pilotos foram obrigados a trocar de moto por causa da baixa resistência dos pneus. Márquez não obedeceu ao limite de voltas para a parada obrigatória para a troca de motos e acabou levando a bandeira preta, penalidade que pode lhe custar o campeonato.

O Grande Prêmio da Austrália foi cheio de surpresas

O Grande Prêmio da Austrália foi cheio de surpresas

Entenda: Os fabricantes de pneus alertaram à direção de corrida que os compostos dos pneus não suportariam o número de voltas inicialmente previstos para o GP australiano. A solução encontrada foi a de encurtar a corrida para 19 voltas e obrigar a troca de moto, e consequentemente dos pneus, até no máximo na 10ª volta. Por ser a troca de motos uma coisa nova na MotoGP™, já se antevia uma prova emocionante, mas não era possível prever tudo o que aconteceu.

Com a punição de Márquez, Lorenzo reduziu em 25 pontos a diferença que tinha para o líder do campeonato

Com a punição de Márquez, Lorenzo reduziu em 25 pontos a diferença que tinha para o líder do campeonato

Publicidade

Lorenzo (Yamaha Factory Racing) esteve muito bem ao apagar das luzes de largada e saltou da pole para a liderança da corrida, com o rival e líder da classificação Márquez, da Repsol Honda Team, colado na sua roda traseira, tendo ainda Dani Pedrosa na terceira posição. Os três espanhóis travaram uma batalha intensa na primeira metade da corrida, com os pilotos apresentando um ritmo alucinante.

Márquez esteve sempre à espreita de uma oportunidade para assumir a liderança, mas nunca conseguiu. Enquanto isso, Pedrosa foi o primeiro a entrar para a obrigatória troca de moto na nona volta, e foi aqui que tudo começou a se decidir. Lorenzo entrou nos boxes na volta seguinte, a última que era permitida aos pilotos, e retornou depois à pista mantendo a liderança. Enquanto isso, Márquez, que podia ter-se sagrado Campeão do Mundo e feito história no dia de hoje em Phillip Island, ficou na pista por mais uma volta, o que foi uma falha da Repsol Honda Team.

O jovem catalão só fez a troca da moto na 11ª volta e retornou à pista em terceiro depois de ligeiro toque em Lorenzo na saída dos boxes. Márquez ainda recuperou a segunda colocação quando Pedrosa lhe cedeu a posição em penalização por ter excedido o limite de velocidade no pit lane, mas acabou pouco depois recebendo a bandeira preta e ser desclassificado por ter feito uma volta a mais que o permitido com o mesmo jogo de pneus.

Trapalhada de Márquez pode lhe custar o campeonato, que estava praticamente assegurado

Trapalhada de Márquez pode lhe custar o campeonato que estava praticamente assegurado

Publicidade

O desfecho acabou por dar uma vitória tranquila a Lorenzo, a primeira em Phillip Island, e por ter reduzido a diferença de pontos entre o segundo colocado para o líder para apenas 18 pontos, quando faltam ser disputadas apenas duas provas. Pedrosa foi o segundo e também teve acesas as suas aspirações ao título.

Enquanto isso, um pouco mais atrás, Valentino Rossi (Yamaha Factory Racing), Cal Crutchlow (Monster Yamaha Tech3) e Álvaro Bautista (GO&FUN Honda Gresini) levavam a cabo um acirrado duelo. O que inicialmente era a luta pelo quarto posto, converteu-se na briga pelo mais baixo degrau do pódio a partir da 14ª volta, altura em que Márquez se retirou da corrida. Depois de Rossi ter ultrapassado Crutchlow nos boxes, o britânico respondeu na pista para voltar a se impor ao transalpino. Contudo Rossi não baixou a guarda e assim que Crutchlow espalhou em uma curva, o nove vezes Campeão do Mundo aproveitou para saltar para o terceiro posto, isso a três voltas do final da corrida. O trio manteve-se sempre muito colado, mas até o final não ocorreram mais trocas de posiçâo e Bautista teve de se contentar com o sexto posto, atrás do italiano e do inglês.

Mais atrás, Nicky Hayden (Ducati Team), Andrea Iannone (Energy T.I. Pramac Racing), Andrea Dovizioso (Ducati) e Randy de Puniet (Power Electronics Aspart) completavam o Top 10. Contudo, o colega de equipe do gaulês De Puniet, Aleix Espargaró, venceu a categoria pela segunda temporada consecutiva depois de ter terminado o Grande Prêmio da Austrália na 11ª posição. Colin Edwards (NGM Mobile Forward Racing), Yonny Hernández (Ignite Pramac Racing), Héctor Barberá (Avintia Blusens) e Danilo Petrucci (Came IodaRacing Project) completaram colocações pontuáveis, enquanto o homem da casa Bryan Staring (GO&FUN Honda Gresini) foi outro piloto desclassificado, pelo motivos da desclassificação de Márquez.

O Campeonato do Mundo prossegue dentro de uma semana na casa da Honda, no Twin Ring Motegi com o Grande Prêmio do Japão.

Publicidade