A Yamaha segue desenvolvendo novas tecnologias e, inevitavelmente, reduzindo o espaço para outras. Agora, a fabricante pode aposentar da MotoGP seu motor que obteve inúmeras glórias no passado e até chegou a modelos de produção, como as famílias R (esportivas) e MT (nakeds). Sim, o crossplane pode deixar as pistas.

Yamaha mudar motor na MotoGP

A Yamaha está buscando uma nova visão para a MotoGP. E para isso, a marca pretende ter uma nova arquitetura de motor para a competição. Em resumo, a empresa anunciou esta semana que tem trabalhado em uma novíssima unidade, que deve substituir o seu glorioso sistema crossplane.

Yamaha MotoGP

Sistema crossplane pode estar com os dias contados na MotoGP

Segundo o chefe da equipe Yamaha, Lin Jarvis, um novo protótipo de pista com a novidade pode chegar em meados de 2025. Isso significaria que, provavelmente, a Yamaha já está de olho nos novos regulamentos da categoria, para 2027.

Contudo, até o momento, a marca não declarou em que passo exatamente está, mas informa trabalhar dentro do cronograma próprio de planejamento. Enfim, o novo motor projetado já está sendo testado, mas ainda não em uma motocicleta.

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Buscando melhores resultados, Yamaha pode por fim ao sistema que migrou das pista para as suas motos de rua

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Fim do crossplane nas ruas? 

O crossplane nasceu como uma tecnologia para as pistas. Mas como a marca gostou tanto do resultado que hoje o sistema é um diferencial de várias usinas usadas nas linhas R e MT, como as nakeds MT 07, MT 09 e claro, a grande R1.

Trata-se de um virabrequim onde são fixadas as bielas com a defasagem de 90° entre si. Na hora do funcionamento, à medida que um pistão fica no ponto morto superior, o pistão de outra extremidade fica no ponto morto inferior, sendo que os dois pistões do centro estão na metade do caminho.

Assim, quando visto lateralmente o funcionamento dos pistões, o conjunto gera um formato de cruz, daí nome crossplane. Por fim, diferente das pistas, o sistema deve continuar a ser visto nas motos de ruas por um bom tempo. Entretanto, seja qual for a nova tecnologia substituta, em breve na MotoGP, ela pode ajudar a criar uma nova geração para a R1 – já que a esportiva está saindo de linha na Europa.

Fernando Santos
Jornalista amante do mundo da moto, vivendo destinos e sons. Ávido por novidades e crescido com o cheiro de motor dois tempos. [email protected]