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A Ronda Ostensiva Com Apoio de Motocicletas, conhecida pela sigla (ROCAM), completa em 2022 seus 40 anos de trabalho. O programa de policiamento do Estado de São Paulo utiliza a moto como meio de deslocamento e ação. Ao longo do tempo, a corporação ganhou destaque, assim como as suas viaturas sobre duas rodas. Vamos conferir os principais modelos de motos que já equiparam a Rocam.

Motos da Rocam

A Rocam foi criada em 5 de novembro de 1982, no 1º Batalhão de Polícia de Choque (ROTA) da Polícia Militar do Estado de São Paulo. A principal finalidade era auxiliar no combate à criminalidade. Para uma melhor efetividade, nada mais adequado que um veículo ágil e rápido, a moto. Nessa época, o Batalhão contava com 134 policiais militares, doze viaturas Volkswagen Gol (modelo lançado pouco antes, em 1980) e 100 motocicletas Yamaha RX 180.

rx 180 foi a primeira das motos da Rocam

A primeira moto da Rocam foi a Yamaha RX 180, no distante ano de 1982. Naquela época eram 130 policiais, alguns carros e 100 motocicletas

Em 7 de abril de 1986, a ROCAM foi transferida para o 2º Batalhão de Polícia de Choque. A partir daí, passa também a executar, além das atividades próprias de policiamento ostensivo, o controle de distúrbios civis. Além disso, coloca no roteiro o policiamento externo de eventos artísticos, desportivos e culturais.

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Honda XL 125 Duty 1989 em serviço – Foto: Associação Adeasp

Ainda nestes primeiros anos, foram utilizados outros modelos de motocicletas. Alguns deles foram a pequena e prática Honda XL 125 Duty e também a Agrale Elefantre, uma versão brasileira das motos italianas da Cagiva. De 1994 a 2000, foram utilizadas a Honda NX 350 Sahara e posteriormente a Honda NX4 Falcon.

agrale entre as motos da rocam

A Rocam sempre teve bons equipados e usou as melhores motos disponíveis no seu trabalho. A Agrale Elefantre, ágil e potente, esteve no grupo nos anos 1980

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Rocam usa XT 660, XRE 300 e mais

A medida em que o mercado de motocicletas evoluiu no país, as máquinas utilizadas pela Rocam também. Ainda no final de 2011, a Rocam recebeu 320 unidades da Honda XRE 300, em um total investido de um R$ 5,3 milhões na época.

Em 2016, a Polícia Militar do Estado de São Paulo recebeu 314 novas motocicletas, todas Yamaha XT 660, que foram divididas entre os diversos Comandos de Policiamento sobre duas rodas. Já em 2017, foram entregues 86 unidades da big trail da Triumph, a Tiger 800 XCx. 

xt 660 é famosa moto da rocam

A XT 660 é uma das mais famosas motos já usadas pela Rocam. Depois de sua aposentadoria o grupo passou a usar as também trail Triumph Tiger

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O mais recente aporte foi a chegada de 600 motocicletas Yamaha Lander, no início deste ano. Motos que serão utilizadas em programas como a Rocam. Além da pintura tradicional da ronda ostensiva, estão instaladas a sirene/luzes, bauleto e proteções laterais. O restante fica a cargo do treinamento e habilidade do agente sobre a moto. Falando nisso, vamos conhecer mais a Rocam.

Quem participa da Rocam?

Os policiais da Rocam possuem experiência prévia em patrulhamentos – na área operacional – por pelo menos dois anos. No entanto, não basta ter apenas habilidades na condução de motos e habilitação de categoria A.

Se um voluntário deseja se tornar um Rocam – além de atender a todos os requisitos da vaga pleiteada – precisa realizar um estágio, com duração mínima de três meses. Além de ter domínio da motocicleta, também é preciso ter conhecimento de legislação, do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e sobre patrulhamento.

Ao final do estágio é realizado um teste, bem mais complexo do que o realizado para a habilitação de motos nos Centros de Formação de Condutores. Mais específico também que a o da aplicado para autorização de conduzir motocicletas, da polícia militar. Sim, é preciso também de um documento de autorização.

Não por acaso, apenas uma pequena parcela – do efetivo de mais de 81 mil policiais – hoje faz parte da Rocam. Um programa especializado e que teve êxito, sendo expandido no país. Por fim, atualmente a ideia é adotada por outras instituições policiais, em diferentes estados do Brasil.

Fernando Santos
Jornalista amante do mundo da moto, vivendo destinos e sons. Ávido por novidades e crescido com o cheiro de motor dois tempos. [email protected]