O mundo vive um período de transição dos veículos movidos a combustíveis fósseis para elétricos, incluindo as motos elétricas. Por isso governos de países assumem o papel de oferecer uma infraestrutura pública de abastecimento. E é aqui que entra o investimento bilionário do Reino Unido.
Motos elétricas no Reino Unido
O Reino – composto de Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte – tem como objetivo produzir apenas elétricos a partir de 2030. Por isso, o governo vai investir 1,6 bilhão de libras esterlinas – o equivalente a R$ 9,7 bilhões – em infraestrutura para a criação de 300 mil pontos de carregamento de veículos elétricos ao redor do território.
O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnsson, já havia anunciado em 2020 o plano “Revolução Industrial Verde”. Os destaques são os investimentos em energia limpa ao transporte público elétrico, carros e as motos elétricas. O trabalho irá contar com um investimento de cerca de £12 bilhões – R$ 73 bilhões -.
Não só a localização dos pontos de abastecimento é levada em consideração, a qualidade desses postos também entrou na pauta do anúncio. Dessa maneira, operadoras serão legalmente obrigadas a fornecer uma taxa de confiabilidade de 99% em seus pontos de carregamento rápido, como também informações em tempo real dos preços, formas de pagamento e localização.
Motos elétricas: O veículo do futuro
Embora o plano de transição englobe todos os tipos de veículos, as motos elétricas se destacam no quesito mobilidade. Cada vez mais, os scooters e motos eletrificados se tornaram uma opção viável para a locomoção em curtas distâncias.
No ano de 2019, o CEO da Niu Technologies, Yan Li, afirmou em uma entrevista à CNBC que os scooters elétricos são o futuro da mobilidade urbana. Tendo em vista essa perspectiva de mercado, Yan afirmou que a China já estava fazendo investimentos massivos nesse mercado. “O mercado chinês para scooters elétricas é 100 vezes maior que qualquer outro lugar do mundo”, disse Yan Li.
Empresas como a Ifood, que utiliza as motos como o principal veículo de entrega, estão fazendo parcerias com fabricantes de elétricas, numa coesão de mercados que tende a aumentar nos próximos anos. Logo após a expansão do mercado de deliverys provocada pela pandemia, essas empresas terão que se adequar às novas diretrizes ecológicas.
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A parceria entre o público e o privado
Por fim, o governo britânico também falou sobre a importância da união entre os setores. “Já conhecemos o tamanho do desafio climático que temos pela frente, e a descarbonização do transporte está no centro da nossa agenda. É por isso que estamos garantindo que o país se adeque aos veículos elétricos para as futuras gerações até o final desta década. Revolucionando nossa rede de carregamento e colocando o consumidor em primeiro lugar”. Afirmou Grant Shapps, secretário de transportes do Reino unido.