A Honda está celebrando 50 anos de atuação no Brasil. De 1971 para cá, produziu mais de 27 milhões de motocicletas e, por isso, nada mais justo do que lembrar algumas motos Honda que ajudaram a escrever a história das duas rodas no país.
Honda celebra 50 anos de Brasil
Antes, um pouco de história. A marca chegou aqui numa de suas ações de expansão pela Europa e Américas. Iniciou suas operações com um escritório em São Paulo, quando importava motos do Japão. Cinco anos mais tarde, em 1976, veio a fábrica de Manaus (AM), que logo se tornaria a maior da marca no mundo fora do Japão.
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O resto da história você já conhece. Em pouco tempo a empresa ganhou mercado e, por uma série de motivos, conquistou um market share único no mundo, vendendo cerca de 8 em cada 10 motos no país. Assim, prestou sua contribuição incontestável para que o mercado de motos brasileiro tivesse a grandiosidade que possui hoje.
Motos Honda – modelos que jamais serão esquecidos
Não é fácil criar uma lista de motos Honda que marcaram o país. Foram muitas. Projetos desenvolvidos especialmente ao nosso mercado, produtos globais que tiveram um sucesso supreendende, motos que marcaram gerações. Por isso, é claro, vários modelos ficaram de fora.
A Turuna é a uma das que não podemos deixar de mencionar. Foi a primeira street da marca a receber uma gota de esportividade. Também houve a CB 450SR, com visual de fera mas motor dócil; e a valente Sahara 350. Méritos ainda à Falcon, sonho de consumo de muitos entre os anos 1990 e 2000.
Entre vários sucessos de vendas, poucas superaram a valente e econômica Pop, assim como a CBX 250 Twister. Foram tantas… e aqui temos mais algumas, em destaque.
1 – CG 125, a mais popular das motos Honda (1976)
Impossível abrir a lista de motos Honda sem o modelo mais ligado ao Brasil, a CG 125. Nasceu como um produto genuinamente nacional em 1976 e logo se tornou um sucesso nas concessionárias. Desde então, recebeu 9 gerações numa silenciosa revolução que foi muito além de seus motores de 125, 150 e 160 cilindradas. Conheça esta história de 45 anos aqui.
2 – A primeira ‘moto grande’ nacional, a CB 400 (1979)
Filas de espera nas concessionárias, listas de prioridade, crianças se empurrando por espaço diante das vitrines. Todos queriam ver – e preferencialmente ter a sua – CB 400, apresentada no final de 1979.
E argumentos não faltavam. Era a primeira moto ‘grande’ nacional, com direito a motor de dois cilindros, design moderno, rodas Comstar, aro de alumínio, 40 cv de potência e top speed de 170 km/h (reais, claro). Logo se tornou um símbolo de poder em meio ao pobre mercado brasileiro, ainda fechado para importações. Deu origem a outros clássicos, como a CB 400 II, CB 450, a CB 450 SR.
3 – Precursora nas trail, a XL 250R (1982)
Quem não se lembra daquela foto de divulgação da XL 250R ‘na lua’ com a Terra de fundo? O modelo foi o primeiro trail da marca por aqui e logo se tornou símbolo de status – num período em que motos de média ou alta cilindrada era raríssimas nas ruas.
Fez sucesso pelas suspensões de longo curso e com direito a Pro-Link atrás. Outro componente alvo de elogios era o motor, de 248 cm³ e que entregava 22 cv de potência para encarar qualquer situação. Assim, a ‘XLona‘ abriu caminho para a bem sucedida gama de uso misto da marca, que ainda inclui nomes como XLX 250R, XLX 350R, NX Sahara e XR 250 Tornado.
4 – A icônica CBX 750 – Sete Galo (1986)
Se a CB 400 já foi capaz de aquecer o interesse do brasileiro por motos, de fazê-lo sonhar com passeios e viagens, faltam adjetivos para ilustrar o impacto que a CBX 750 causou por aqui.
Eram 4 cilindros, 16 válvulas, 82 cv e fôlego para acelerar perto dos 10.000 rpm, superando os 200 km/h em sexta marcha. Sem falar no ronco inconfundível que saía pelo escape ou do visual, alinhado com o que a Honda tinha de melhor em todo o mundo à época. Logo se tornou uma lenda, que perdurou nas lojas até 1995, com a CBX 750 Four Indy.
5 – A custom Shadow 600 (1995)
A Shadow é outra das motos Honda que marcaram o país. A VT 600 a primeira custom a ser nacionalizada, com produção em Manaus, a partir de 1997 – tamanha foi sua aceitação no mercado nacional.
Era movida por um motor com 2 cilindros em V, arrefecido a líquido, de 583 cm³, que entregava 39 cv e 5,1 kgf.m de torque. O visual, claro, era no clássico estilo americano, com rodas raiadas, assento baixo, tanque em formato de gota e muitos cromados. Anos mais tarde cedeu lugar à Shadow 750 – reembre sua história, ficha técnica e mais.
6 – Biz, a Cub do Brasil (1998)
Com quatro milhões de motos vendidas, a Biz é um sucesso incontestável no país. A Brazilian’s Cub surgiu como substituta da C-100 Dream, a primeira cub da marca por aqui e, como o nome sugere, foi desenvolvida especialmente ao nosso.
Trouxe consigo uma série de pequenas inovações, como o espaço sob o assento para acomodar o capacete e pequenos objetos, as rodas com tamanhos assimétricos (aro 14 atrás e 17 na frente), embreagem automática e câmbio rotativo. Tudo aliado ao melhor design dos anos 1990, suave e com cores de gosto duvidoso. Veja o review da Biz de primeira geração e a história da família.
7 – CRF 230F, onipresente no fora de estrada (2006)
Concluímos a nossa lista de motos Honda com outro ícone. A CRF 230 foi lançada no mercado nacional em 2006 para alegria de uma legião de amantes do off road que não aguentava mais adptar motos antigas para usar nas trilhas. Como a Honda já produzia a CRF para exportação desde 2002 surgiu a ideia de vendê-la aqui também.
Não é exagero dizer que ela logo se tornou um sucesso, afinal teve quase 200 mil unidades produzidas. Entre os pilares do êxito estava a resistência do conjunto e o desempenho do motor de 223 cm³, 19,3 cv e 1,9 kgf.m de torque, além, claro, da ótima aceitação no mercado de novas e usadas. Foi aposentada este ano, deixando caminha livre à irmã CRF 250F.