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Se existe um segmento que vem crescendo forte no mercado de motos do país é o das scooter. Em constante expansão no Brasil desde 2016, segundo a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) ele emplacou mais de 90 mil unidades só em 2019 – representando mais de 8% do total de motocicletas vendidas por aqui no ano passado.

Lançado em 2018, um ano se passou e até o momento nada do Forza chagar

Lançado em 2018, um ano se passou e até o momento nada do Forza chagar

Mas e o Forza 300? Apesar do grande potencial que o nicho de scooter apresenta no território nacional, ainda não temos à nossa disposição todos os modelos que gostaríamos, como, por exemplo, o bem resolvido scooter médio da marca japonesa. Mas, quem sabe mais cedo ou mais tarde ele também dê as caras por aqui, né?

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Honda Forza 300

Portanto, lançado no início de 2018 na Europa, o Honda Forza 300 chegou com design arrojado e bem equipado, diga-se de passagem. Desta forma, o scooter trouxe itens como controle de tração e para-brisa eletronicamente ajustável.

Além disso, outro destaque é o painel. Com mostradores analógicos e uma tela digital ao centro, ele possui computador de bordo, com funções como consumo instantâneo e autonomia. Ainda, fazem parte do pacote os faróis de LED e a Smart Key – que permite dar a partida sem precisar tirar a chave do bolso.

 

Modelo tem base na SH300i

Ademais, as semelhanças do Forza 300 com o SH300i nacional não param no Smart Key, afinal ambos utilizam basicamente o mesmo conjunto mecânico. Deste modo, os modelos adotam o motor monocilíndrico de 279 cm³, que gera 25 cv a 7.000 rpm, equipado com câmbio CVT.

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Entretanto, existe uma pequena diferença no torque (provavelmente fruto da questão de ajuste à gasolina que contém etanol no Brasil), fazendo com que o Forza 300 renda 2,72 kgfm a 5.750 rpm, enquanto o SH 300i oferece 2,70 kgfm a 5.000 rpm.

Com linhas mais suaves (e o polêmico para-brisa), o SH 300i compartilha a mesma base do Forza 300, mas nunca foi sinônimo de boas vendas no Brasil

Com linhas mais suaves (e o polêmico para-brisa), o SH 300i compartilha a mesma base do Forza 300, mas nunca foi sinônimo de boas vendas no Brasil

Outro elemento distante entre os scooters são as rodas. Enquanto o Forza conta com aros de 14 polegadas na traseira, com pneu 140/70, e de 15 polegadas na frente, calçando pneu 120/70, no SH 300i as rodas são de 16 polegadas e utilizam os pneus 110/70 na dianteira e 130/70 atrás.

Para-brisas acionado eletronicamente pode ser ajustado ao longo de 140 mm

Para-brisas acionado eletronicamente pode ser ajustado ao longo de 140 mm

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Ademais, ainda em setembro do mesmo ano o modelo teve seu desenho industrial registrado no Brasil pela Honda, no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Naturalmente, o fato alimentou grande expectativa pela venda do produto por aqui, mas o registro serviu apenas para marcar terreno e proteger sua propriedade intelectual, sem qualquer movimento que indicasse que o Forza chegasse ao nosso mercado.

Forza 300 oferece tomada e espaço suficiente para dois capacetes integrais sob o assento

Forza 300 oferece tomada e espaço suficiente para dois capacetes integrais sob o assento

XMAX, Citycom e o segmento dos scooter médios

No Brasil, o Forza 300 encararia um segmento em crescimento e que se destaca por apresentar boas opções ao consumidor. Vale lembrar que a Yamaha também está de olho nele, tanto que lançou por aqui o XMAX 250, no início deste ano.

De fato, este é um nicho bastante interessante, formado por motociclistas que buscam um veículo para o trânsito urbano e desejam unir todas as comodidades de um scooter (como câmbio automático e uma infinidade de porta-trecos) com potência acima da encontra nos modelos menores, de 125 ou até 160 cilindradas.

Até o momento, o líder de vendas do nicho é o Dafra Citycom, com 1.232 unidades comercializadas no ano passado. Em segundo está o Kymco Downtown (1.177 ) e em terceiro o Honda SH 300i (991).

Desta forma, equipado com motor arrefecido a líquido e que gera 27,8 cv e 2.8 kgf.m de torque, a 7.750 e 6.500 rpm, ele também agrada consumidores pelas rodas em alumínio de 16″, amplo compartimento sob o assento, funcional escudo frontal e tomada 12V. É considerado pela Dafra o seu ‘scooter mais premiado’.

E o Forza 300 no Brasil, daria certo?

Então, o Honda Forza 300 é vendido no continente europeu por cerca de 5.825 euros (equivalente a R$ 33.600 mil em conversão direta), enquanto SH 300i custa um pouco mais, aproximadamente 5.850 euros. Para uma previsão superficial de qual seria o preço do Forza 300 no Brasil, vale lembrar que o SH custa R$ 20.990 aqui, nos levando a crer que o ‘irmão’ teria preço similar, na casa dos R$ 20 a R$ 22 mil. Se viesse, claro.

 

Caso nossa previsão monetária se confirmasse, o Forza 300 estaria num patamar muito competitivo com seus principais concorrentes. Afinal, o Yamaha XMAX tem preço sugerido de R$ 21.990 e o Kymco Downtown parte de R$ 23.900. Já o Citycom S 300i, com ABS, está em promoção com seu preço reduzido para R$ 18.490 já com frete incluso, numa agressiva ação da Dafra.

Além disso, o Forza em específico poderia ajudar a Honda a se tornar líder do segmento, missão que o SH 300i, com visual menos agressivo e a polêmica (e enorme) bolha, apresenta dificuldade para cumprir. Desse modo, aguardemos a vinda de mais um scooter ao nosso mercado.

Guilherme Augusto
@guilhermeaugusto.rp>> Jornalista e formado em Relações Públicas pela Universidade Feevale. Amante de motos em todas suas formas e sons. Estabanado por natureza