Publicidade

Uma motociclista portuguesa tem chamado atenção nas redes sociais com uma Honda CB 500 personalizada bem maneira. Conheça Tânia Castanheira, uma entusiasta do universo das duas rodas que movimenta a cena feminina de motos no país ‘mais brasileiro’ da Europa.

CB 500 de primeira safra, ano 1994

Tânia se assume uma apaixonada por motos desde os 16 anos. Ela já teve pequenas de 50 cilindradas, modelos de 125 cc e também motos grandes como a Yamaha XJ6. No entanto, agora é sua Honda CB 500 que ocupa a atenção da portuguesa, que cuidou de cada detalhe da motoca.

mulher roda de cb 500 personalizada em portugal

Tânia encontrou a moto na internet e tratou logo de conferir a CB 500 pessoalmente e comprou no ato. Foi amor à primeira vista

Isso porque ela é dona e também customizadora da antiga CB de visual invocado, cheio de personalidade. Sim, não se trata da moderna CB 500F novinha em folha e que ganhou apenas uma nova cor. Estamos falando de um modelo 1994, vintage, old school – ou ‘raiz’, como se diz popularmente.

Publicidade

Trata-se de uma moto em seu segundo ano de produção, afinal foi lançada em 1993 – e chegou ao Brasil somente em 1997. Mas como Tânia vive na Europa, não foi tarefa impossível encontrar um modelo da ‘primeira safra’.

cb 500 preta personalizada

O preto fosco dita o ritmo nesta CB 500 personalizada. Destaque à nova traseira, mais curta e com peças da Ducati, que em nada lembra o volumoso item original do modelo

Aliás, ela achou a moto em um marketplace do Facebook. Segundo a portuguesa, foi amor à primeira vista! O anúncio tinha sido postado à apenas dez minutos, Tânia ligou para o vendedor e foi ir ver a máquina. Destino traçado, hoje a CB é sua colega de aventuras.

Veja também:

Publicidade

Honda CB 500 by Tânia Castanheira

Esta CB 500 não se confunde na multidão. Tem visual singular. A moto permanece como foi comprada, exceto por detalhes bem pessoais aplicados no modelo. O quadro foi cortado e ganhou um banco de uma Ducati.

Número 5 foi uma ‘herança’ do antigo dono, o qual o avô era conhecido pelo ‘five’

As modificações seguem com farol e piscas de visual riscado. O antigo painel com velocímetro e conta-giros deu lugar a um pequeno e colorido display. Outro detalhe que chama atenção é o tanque de combustível. O depósito original, com capacidade para 18 litros, ganhou uma capa em pele na cor preta.

Conhecida pelos brasileiros como ‘CBzona’, a moto calçava de fábrica pneu dianteiro de 110/80. No entanto, após aquele trato, ganhou a mesma configuração de medida de que vestia na traseira. Com isso, agora ambas as rodas de aro 17 usam compostos de tamanho 130, com pneus do tipo scrambler.

Publicidade

A moto segue movida pelo motor de 2 cilindros paralelos, 4 válvulas por cilindro, DOHC, com refrigeração líquida, de exatos 498,8 cc. Uma usina que entrega potência de 54 cv a 9.500 rpm e torque de 4,5 kgf.m aos 8.000 giros, junto do câmbio de 6 marchas.

Aqui no Brasil, a CB 500 chegou para substituir a já cansada CB 450, em tempos de abertura das importações. O velho modelo levou consigo os vistosos escapes duplos, com uma saída de cada lado. Foi o fim do chamativo layout cromado. E já que eles se foram, por que a CB 500 deveria seguir também reluzente?

cb 500 antiga para viajar

Essa CB 500 é uma companheira fiel. Além dos corres do dia a dia, acompanha a motociclista em viagens por Portugal e outros países da Europa – cheia de bugigangas, claro

 

Tânia resolveu esse problema pintando ela mesmo o escape de preto. Aliás, essa cor dá o tom em toda a motocicleta e é vista também nos amortecedores e garfo. Os espelhos também seguem essa nova tendência aplicada pela portuguesa.

cb 500 anos 1990 original

Aqui uma pacata CB 500 dos início dos anos 1990 – como a #5, antes de ser customizada. Modelo foi lançado na Europa em 1993, mas chegou ao Brasil apenas em 1997

Como é a relação delas com o motociclismo em Portugal? 

A CB 500 é utilizada diariamente pela motociclista para ir trabalhar e passeios aos finais de semana. Ela tem um grupo de mulheres, as Petrolettes Coimbra, que partilham a mesma paixão por motos, pela estrada e pela aventura. Vale mencionar que ela realiza concentrações motards de norte a sul do país, desde 2010.

Petrolettes Coimbra rodam de moto pelo país e também por demais locais da Europa

Ela e seu grupo são de Coimbra, rodam com frequência na zona central e costeira de Portugal – para aproveitar a beleza das praias. Não há quem duvide disso! Mas elas não estão rodando só para apreciar a paisagem. De acordo com a portuguesa, o envolvimento das mulheres no mundo do motociclismo está crescendo a olhos vistos.

Cada vez mais mulheres estão a conduzir motos de alta cilindrada e a tirar a carta, mais até do que homens”, descreve a motociclista.

Região costeira de Portugal é um dos locais preferidos para um excelente passeio

Tânia destaca outro fato interessante. Muitas mulheres que estão tirando a carta já não são propriamente jovens. São mulheres na casa dos 40 a 50 anos de idade, que se estão a chegar à frente na concretização de um sonho: pilotar uma motocicleta!

Não por acaso, todas estão se movimentando. Para o próximo mês, Tânia e colegas planejam ir juntas ao interior da Espanha. Falando em aventura, em junho as @petrolettescoimbra devem se juntar ao Petrolettes Rällly 2022, um evento anual de motociclismo para mulheres que pretende envolver diferentes passeios em várias cidades do mundo, inclusive aqui no Brasil.

Fernando Santos
Jornalista amante do mundo da moto, vivendo destinos e sons. Ávido por novidades e crescido com o cheiro de motor dois tempos. [email protected]