Já parou para observar que existe cada vez mais mulher motociclista por aí? E isso, não é só impressão, pois a Abraciclo constatou que houve um aumento de 25% de mulheres pilotando motos nos últimos 10 anos. Agora, de cada 10 habilitados A, três são mulheres.
Mulher motociclista: segmento em alta
Assim, a pesquisa da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares também analisou a maior faixa etária presente nas ruas. Ao todo, 38% das mulheres que pilotam tem entre 31 e 40 anos, enquanto 31% dos homens estão neste grupo.
O estudo ainda apresentou quais as motos favoritas de homens e mulheres. Desta forma, foi constatado que a motoneta (principal referência do segmento é a Honda Biz) é a categoria preferida pelas mulheres, agradando 67% do público.
No entanto, para o público masculino você pensou em esportivas ou aventureiras? Se deduziu isso errou feio. De acordo com a pesquisa, o uso dos scooters é maior entre os homens com uma portagem de 72%.
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Mulher motociclista que vive do sonho
E tem mulher motociclista que não está só na vida a passeio de motoneta. Bárbara Neves, de apenas 20 anos, levou o motociclismo à sério e vive da paixão pelas duas rodas.
A jovem goiana foi a primeira mulher a integrar a equipe oficial da Honda Racing no Brasil. E não para por aí! Bárbara já é bicampeã latino-americana e tricampeã brasileira de Enduro.
Com sete anos de experiência no currículo, ela coleciona título brasileiro no Cross Country e três taças do Enduro da Independência.
A jovem competidora de Enduro confessa em sua apresentação na página oficial da Honda o quanto o motociclismo agrega para a sua vida. “O motociclismo para mim é uma verdadeira família, na qual conhecemos pessoas maravilhosas e desfrutamos de visuais fascinantes. Levarei isso para o resto da minha vida.”
Iniciando a jornada de motociclista
Esse aumento no uso da mulher motociclista é embasado em vários motivos, como busca por maior economia e empoderamento feminino. Além disso, as o público feminino está sendo melhor aceito no meio motociclístico, tradicionalmente tão masculino.
Para a editora de textos Mycaelle Sales, de 25 anos, a inspiração veio de casa. Ela conta que a mãe, Miriam de Albuquerque, sempre pilotou motocicletas e passou confiança na hora da decisão de tirar a CNH para categoria A. Dessa forma, a escolha também trará maior agilidade e economia para o seu dia a dia.
Por falar na inspiração de Mycaelle, além de pilotar por hobby, Miriam trabalhou por mais de 10 anos como motogirl para prover o sustento da casa. Desse modo, o trabalho como motogirl mostrou de perto um bom exemplo de mulher motociclista para a jovem editora de livros.
Mycaelle postava registros ao longo das aulas de moto e conta ainda que finalizou todo o processo da autoescola e que sempre foi respeitada enquanto pilotava motocicleta. Assim, escutou apenas um comentário taxando mulheres de medrosas e que não curtiam velocidade.
“A única vez que ouvi um comentário negativo foi de um rapaz que reclamou da esposa porque ela sempre pedia pra ele diminuir a velocidade ao pilotar.”
Por fim, hoje a época é outra e os costumes também. Quem sabe não promovemos um encontro entre o rapaz citado pela nossa recente motociclista entrevistada e a campeã de Enduro Bárbara? Assim, ele poderia mudar de ideia e se juntaria ao off-road com a mulherada.