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Fotos: Divulgação

Brands Hatch. A Meca da motovelocidade! Hehe.. não sei se pode ser chamada de Meca da motovelocidade, mas com certeza é um de seus maiores templos. Com grandes curvas em subidas e descidas, é uma pista cheia de emoções. É também a pista mais tradicional, e que tem o maior público do Mundial de Superbikes, neste ano, foram mais de 100.000 espectadores. No Reino Unido, as corridas de superbikes, ou TT (Tourist Trophy), são muito populares, e o BSB – British Superbikes – é um campeonato disputadíssimo, e grande fornecedor de pilotos para os WSBK e MotoGP. Troy Bayliss, Yukio Kagayama e James Toseland vieram do BSB. Para quem não sabe, é no Reino Unido, mais precisamente na Ilha de Man que é disputada uma das corridas mais tradicionais do mundo, e também uma das mais arriscadas, onde os pilotos cruzam cidadezinhas a mais de 250km/h com suas superbikes. Bom, chega de falar dos ingleses e de suas corridas, vamos ao que interessa.

O grid de largada ficou definido com Bayliss, Haga, Muggeridge e Toseland na primeira fila, seguidos por Troy Corser, Pitt, Laconi e Walker, com Kagayama e Tommy Hill fechando os top 10.

Bayliss (21) e Lorenzo (57)

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As corridas O dia começou atípico. Muito quente e seco. Mais uma vez não puderam confiar na previsão do tempo – justamente umas das instituições mais sérias da Inglaterra – que era de chuva. Com todo o calor, a durabilidade dos pneus seria uma preocupação. Mas parece que foi somente antes da corrida. Assim que as luzes se apagaram, o que vimos foi uma disputa frenética por posições em toda a fila de motos. Há muito tempo não via uma corrida com tantas trocas de posições. A primeira corrida iniciou-se com Haga assumindo a liderança, seguido muito de perto por Troy Bayliss, Corser, Muggeridge e Toseland. O inglês não perdeu tempo e em 2 voltas já era o terceiro. Karl Muggeridge, ou Muggas para os íntimos, não se deu muito bem, e em pouco tempo já havia adquirido um terreno ao lado da pista. Lá na frente, Haga e Bayliss não paravam de trocar de posições, tornando inválidos quaisquer palpites sobre quem cruzaria a linha de chegada em primeiro, ou até mesmo se algum dos dois chegariam ao final da prova, de tão forte era o ritmo imposto pelos ponteiros. Ambos cruzaram a linha de chegada, com Bayliss em primeiro, seguido de perto por Toseland, Haga Pitt e Kagayama.

A segunda corrida começou não menos frenética. Com os mesmos protagonistas da primeira em sua busca quase desesperada pelo lugar mais alto do podium. Desta vez, Bayliss assumiu a liderança na largada, seguido por Haga, Muggeridge, Corser e James Toseland fechando os 5 primeiros. Muggas resolveu se mudar de vez para Brands Hatch, comprando mais um terreno ao lado da pista, desta vez na curva Sheene. Lá na frente, Haga com sua R1 e Bayliss de Ducati 999 não paravam de trocar posições. Mas desta vez Haga se deu melhor. Conseguindo terminar a prova a apenas 186 milésimos de segundo à frente do Australiano. A Yamaha Itália deve estar muito feliz pois seu segundo piloto, Andrew Pitt completou o podium com um merecido terceiro lugar, depois de largar em sexto, perder uma algumas posições e ultrapassar Laconi, Kagayama, Corser e Toseland. Esse cara deve estar feliz até hoje!

Haga (41) e Bayliss (21)

Com o fim das duas corridas em terras britânicas, vimos o atual campeão, Troy Corser cair na classificação, e o samurai (ia dizer Ninja, mas ele anda de R1, né) Noriyuki Haga assumir a segunda colocação no campeonato, revelando-se como o homem que vai dar muita dor de cabeça ao australiano. O campeonato continua disputado, e mesmo mantendo uma boa liderança, Bayliss não pode relaxar, agora Haga está a apenas 77 pontos do líder, e Toseland, terceiro na tabela 88 pontos a menos que o australiano. Considerando que em cada corrida tem-se 50 pontos em jogo, e ainda faltam quatro corridas para o fim da temporada, é melhor Bayliss ficar esperto.

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Mais uma vez não deu pra falar muito do nosso Alex Barros. O brasileiro largou em 18°, terminando a primeira prova em 8°, e a segunda em 9°. Sinceramente não dá pra imaginar o que deve estar acontecendo. Talento ele tem, afinal ninguém consegue ficar tantos anos competindo no mais alto nível da motovelocidade mundial se não for bom. O dinheiro pode até comprar uma chance de um piloto entrar na MotoGP, mas ficar lá é outra história. Tem que ser bom mesmo. Aí fica a questão, por que é que nosso único representante na SBK não consegue andar na frente junto com o primeiro pelotão? Todos se lembram que na MotoGP, Bayliss nunca conseguiu grandes resultados, principalmente quando pilotou a RCV junto com Barros, e agora vemos o australiano dominando, com muito esforço, é claro, o mundial de superbikes, e Alex Barros em 5° no campeonato, com apenas 166 pontos, contra os 307 do líder.

A próxima corrida é em Assen, na Holanda, terra do time Winston Ten Kate Honda, de James Toseland e Karl Muggeridge (Muggas), dia 3 de setembro. A briga pelo título está cada vez mais quente. Não percam.

Resultados

Brands Hatch Corrida 1

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1 AUS Bayliss – 36’26.855

2 GBR  Toseland – 36’28.512

3 JPN Haga – 36’29.103

4 AUS  Pitt – 36’29.715

5 JPN  Kagayama – 36’36.521

Brands Hatch Corrida 2

1 JPN Haga – 36’29.709

2 AUS  Bayliss – 36’29.893

3 AUS Pitt – 36’31.951

4 FRA Laconi – 36’36.232

5 GBR Toseland – 36’36.782

Campeonato:

1 AUS Bayliss – 307

2 JPN Haga – 230

3 GBR Toseland – 219

4 AUS  Corser – 193

5 BRA Barros – 166

6 AUS  Pitt – 157

7 JPN  Kagayama – 126

8  ITA  Lanzi – 96

9 ITA  Walker – 96

10 ESP  Fabrizio – 87