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Honda CB Twister

Uma primeira olhada e até parece a mesma moto que frequentou nossas ruas nos últimos 15 anos. Nome forte, receita moderna, marca confiável. É com esses ingredientes que a Honda reconhece a necessidade de melhorar a sua representante no segmento das street de 250 cc – 300 cc, mantém a sigla CB (City Basic), dispensa o uso do tamanho do motor para usar apenas a força do nome de sucesso. Muito prazer, eu sou a CB Twister e quero recuperar os bons números de vendas no segmento acima da base para a Honda.

Desde 2001, quando foi lançada a CBX 250 Twister, passando pela sua atualização para manter-se dentro das regras de emissão de poluentes (PROMOT 3) e que recebeu o nome de CB 300 em 2009, essa classe de motocicletas street sempre teve excelente aceitação no mercado brasileiro. A outra concorrente – Yamaha Fazer – comprova esse sucesso, mas os números da representante da Honda vinham caindo ano a ano desde 2012 no segmento e era preciso estancar a sangria.

Twister e CB 300: bons números por 15 anos

Twister e CB 300: bons números por 15 anos

Novamente o aperto nas regras de emissões de poluentes (PROMOT 4, fase 2) foi uma boa oportunidade para a Honda atualizar a sua representante no segmento com maior potencial de vendas do mercado brasileiro. Lembre-se que as motos de 250 cc representam o sonho mais acessível aos milhões de consumidores que querem sair da base do mercado, onde estão as motos até 150 cc (hoje 160 cc). A CB Twister bate o último prego no caixão da CB 300 e chega em outubro ao mercado por R$ 13.050,00 (STD) e R$ 14.550,00 (c/ABS).

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O design segue o padrão do segmento e tenta mostrar uma moto maior. O visual naked remete às esportivas da marca, mas sem carenagem. Ela foi desenvolvida para uso urbano e como companheira de viagens em finais de semana. A CB Twister vem com um motor totalmente novo de 249,5 cc e que desenvolve 22,4 cv de potência. Veja a apresentação da moto, por Alfredo Guedes

As linhas modernas passam a imagem de robustez, com visual limpo e despojado, com o motor à mostra como nas motos maiores da marca. Conforto, estilo e agilidade foram os objetivos da engenharia da Honda ao projetar esse novo modelo e para isso o equilíbrio entre as características do motor e a ciclística foi um objetivo essencial. A utilização de pneus radiais foi um requisito especial para melhorar a dirigibilidade e a segurança desde o projeto inicial.

Todo desenvolvimento foi feito no departamento de engenharia de novos produtos em Manaus e sua concepção mecânica teve como premissa a praticidade e a eficiência, além de adequações às normas de emissão de poluentes que entrarão em vigor no Brasil a partir de 2016 com a segunda fase do Promot 4 (Programa de Controle da Poluição do Ar por Motociclos e Veículos Similares).

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As semi-carenagens laterais e a rabeta seguem um estilo agradável, com inspirações esportivas,  modernas e de linhas anguladas. As tomadas de ar são integradas e garantem uma personalidade única que remetem a um visual de moto maior. Uma olhada rápida e ela pode até ser confundida com a irmã maior CB 500F. O painel de instrumentos tem o estilo “blackout” e é totalmente digital. Conta com tacômetro, velocímetro, hodômetro total e parcial, relógio marcador de nível de combustível e luzes-espia de injeção eletrônica, neutro, farol alto e sinalizadores.

O tanque tem capacidade para 16,5 litros, para grande autonomia e o bocal tem sua tampa basculante como nos modelos maiores, para abastecimento mais rápido e prático. O farol e a lanterna traseira agora estão equipados com lâmpadas em LED. Mais econômicas, exigem menos do sistema elétrico e ainda possuem durabilidade superior.

Percebe-se claramente que muito tempo de desenvolvimento foi dedicado à ergonomia. Todo o projeto seguiu a meta de oferecer um produto que oferecesse uma nova experiência de pilotagem, mais prazerosa e facilitada mesmo para os pilotos menos experientes. As características fundamentais para esse objetivo estão no guidão, com posicionamento mais elevado, e no assento, com formato anatômico que fica a apenas 784 mm de distância em relação ao solo. No rápido test-ride realizado na pista da Honda em Manaus (AM), a CB Twister deixou claro que o grande conforto é um destaque da nova moto, sobretudo pelo bom posicionamento para o motociclista. Aliás, nada indica que será diferente nas ruas das grandes cidades brasileiras.

O chassi

O motor é monocilíndrico, SOHC (Single Over Head Camshaft) de 4 tempos, com arrefecimento a ar, injeção de combustível PGM-Fi (Programmed Fuel Injection) e tecnologia bicombustível FlexOne. A potência é de 22,4 cv a 7.500 rpm se estiver rodando com gasolina e 22,6 cv a 7.000 rpm com etanol. O torque é o mesmo com os dois combustíveis, ou seja 2,24 kgf.m a 6.000 rpm. Com peso total de 135 kg na versão STD (137 kg na ABS), o modelo apresenta boa relação peso / potência (6,1 kg/cv), muito parecida com a CB 300, sem contar o peso do piloto. E agora com seis marchas na transmissão, em velocidades maiores a rotação do motor permanece menor, permitindo também uma variação maior sem prejudicar na economia de combustível.

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O motor

A suspensão dianteira possui garfo telescópico com curso de 130 mm e na traseira ela é do tipo mono-amortecida e traz um amortecedor com mola dupla de 108 mm de curso, que garante maior leveza e progressividade, como numa suspensão com links, mas sem a sua complexidade que demanda mais manutenção. Os freios são a disco, com diâmetros de 276 mm na dianteira e 220 mm na traseira e há ainda a versão com sistema ABS, que evita a possibilidade de travamento das rodas.

A CB Twister chega para reconstruir a imagem ruim deixada pela CB 300 que, apesar de ter vendido bem, deixou uma grande quantidade de consumidores insatisfeitos por problemas de trincas no cabeçote entre outras mazelas menores. A primeira impressão mostra que sim, ela tem todas as condições de construir uma nova imagem na classe das street de 250 para a Honda. Oferecida nas cores preta, vermelha ou branca (STD) e apenas na cor vermelha para a versão com freios ABS, a CB Twister já está na lojas por R$ 13.050,00 (STD) e R$ 14.550,00 (c/ABS), com garantia de três anos, sem limite de quilometragem.

ficha-tecnica-honda-cb-twister

* A Honda informou em 19/10 um erro no peso da CB Twister, indicando o peso correto: 135 kg (STD) e 137 kg (ABS)

Bitenca
Pioneiro no Motocross e no off-road com motos no Brasil, fundou em 1985 o TCP (Trail Clube Paulista). Desbravou trilhas em torno da capital paulista enquanto testava motos para revistas especializadas.